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COMO ENTENDER OS CONFLITOS

Israel é o único país democrático do Oriente Médio. Suas estruturas sociais, condições socioeconômicas, infraestrutura e saneamento básico etc, podem ser comparados aos EUA.

Quase toda a sua extensão norte-sul é costeada pelo Mar Mediterrâneo, com exceção da fronteira com o Egito e, no Sul, sua fronteira termina no Mar Vermelho.

Tem ainda outros dois mares, o Mar Morto, o mais salgado do mundo, formado na maior depressão da Terra, a 400m abaixo do nível do mar. Está a leste de Israel, na divisa com a Jordânia, e tem 80km de extensão por 18km.

Tem 35% de sal, portanto é hipersalino, com quase 10 vezes mais sal que os demais mares. Sua água abriga 16 sais minerais, formados pelos macrominerais, como sódio, cálcio e magnésio; e os microminerais, como o ferro, o zinco e o iodo.

O outro mar, na verdade um grande lago mede 19 por 13 quilômetros. Localizado ao norte, seu nome mais adequado é Lago de Genesaré, pois é totalmente de água doce, proveniente do Rio Jordão. Figura como o grande e único reservatório de água do país.

DIMENSÕES DO PAÍS

Israel ocupa 22 mil km². Corresponde ao tamanho do Estado de Sergipe, o menor Estado brasileiro. Tem pouco mais de 9 milhões de habitantes, dentre eles cerca de 1.9 milhões árabes-israelenses.

Embora esteja em área ocupada desde a Antiguidade, a partir de 2000 anos antes de Cristo, foi reconhecido como Estado moderno em 1948, pelo voto Minerva do brasileiro, o gaúcho Osvaldo Aranha, então presidente da ONU.

Os hebreus aceitaram a área, atualmente formada por 60% de deserto, que passou a abrigar os 800 mil judeus. Na época, a partilha foi para os dois Estados, mas os árabes (palestinos) não aceitaram, inclusive nas propostas seguintes. Seus territórios seriam o da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

O REINÍCIO

Tudo começou com a diáspora imposta pelos romanos. Ela foi precedida pelo ataque a Jerusalém, com a destruição do Templo judaico no Monte Moriá, onde hoje estariam as duas Mesquitas islâmicas.

Restam do Templo, o segundo e construído por Herodes, o Muro das Lamentações, e sua parte mais alta, o Pináculo do Templo.

Mapa da região (CNN)
O Muro das Lamentações, ruínas da estrutura do antigo Templo dos judeus

Em 135dC ocorreu o início da diáspora, com a expulsão dos hebreus de Jerusalém, imposta pelo imperador Adriano.

Ele determinou ainda o não uso mais da definição da região como Judeia – nome regional pelo todo -, e impôs a denominação de plishtim, que em romano se refere aos filisteus e, depois, sua derivação palestina.

PALESTINOS SERIAM REALMENTE FILISTEUS?!

Ocorre que os filisteus, que não mais existiam como povos, habitaram em suas cinco cidades-reinos, a pentápolis confederada, mais ou menos na área onde hoje é Gaza (1Sm 6.16-17).

As cinco cidades-reinos dos filisteus

Sua identificação é ímpar, conforme decifram “fontes egípcias de Medinat Habu apresentam os filisteus de elevada estatura (…). Quanto à figura, são altos, de nariz alongado, raramente barbados, possivelmente indo-europeus, não semitas”.

“Quanto à veste, usam corseletes ou couraças estriadas com faixas, talvez de couro ou metal, cruzadas sobre o peito à maneira de costelas. Vestem saiote curto, tipo escocês, listado com largas bainhas e borlas” (2).

PALESTINOS OU ÁRABES?

Por outro lado, segundo historiadores, o “desfavor da tese da origem grega para os filisteus é que não há nenhum registro documentado de historiadores gregos ou de outras culturas da época que indiquem movimento expansionista naquele sentido na época dos filisteus”.

Até mesmo para o arqueologista Aren Maeir, os questionamentos incluem os dados sobre DNA quanto essa suposta presença e definição. Ao que tudo indica, incluindo a historicidade bíblica, os filisteus foram dissolvidos em meio ao multiculturalismo.

Portanto, os denominados palestinos fazem parte da miscigenação de várias origens, formadas majoritariamente por árabes, sírios, jordanianos, egípcios, e ainda do Sudão.

Mapa da Judeia, que compreendia todo Israel

Desde a destruição de Jerusalém e do Templo dos judeus pelos romanos, no ano 70dC, houve vários domínios na então Judeia, Província do Império Romano – Iudaea -, a partir de 6aC.

Em 637dC, pouco depois de Maomé estabelecer os muçulmanos (612), foi invadida pelos árabes sarracenos, sob a liderança de Omar, o califa.

Em 1099, os Cruzados conquistam a cidade, que passou a ser administrada pelo papado católico romano.

Em 1244, Saladino volta a conquistar Jerusalém, o que já havia ocorrido em 1197. Porém, de 1260 até 1517, Jerusalém foi dominada pelos mamelucos (turcos), seguida pelos otomanos, um império formado por tribos turcas, que difundiam a religião muçulmana (islã), até os ingleses de 1917 a 1947.

ACIRRAMENTO DA INTRIGA

O estopim foi lançado pelo jornalista judeu-húngaro, Theodor Herzl. Ele passou a discutir a questão de um lar aos judeus. Nasceu então o Movimento Sionista (da volta a Israel), pela criação de um Estado. O calor aumentou com o 1o Congresso Sionista, em 1897.

Financiados por judeus ricos no mundo, os hebreus já haviam comprado terras na região, e quando os árabes perceberam já era tarde.

Essa movimentação aqueceu ainda mais a situação quando, em 1917, recebeu a promessa britânica da criação de um Estado judeu.

Os árabes da região reagiram e próximo a 1930, passaram a lutar contra a criação do Estado judaico.

Por volta de 1930, o árabe radical, Hajj Amin al-Husaini, liderou um levante. Na mesma época, a população judaica havia saltado de 18% para 27%, em apenas 3 anos.

PROPOSTA NA ONU

No dia 29 de novembro de 1947, durante a Assembleia Geral do ONU, foi aprovada a partilha das terras, entre palestinos-árabes e judeus. Estes aceitaram todas as condições impostas, mas os árabes não. Em 5 de maio de 1948 foi criado o Estado judeu.

PRIMEIRA GUERRA

Daquele ano até o seguinte, 1949, os árabes se uniram contra o recém-formado Estado hebreu, que ainda não possuía meios de defesa estruturados.

Foram atacados pelo Egito, Síria, Iraque, Líbano e Transjordânia (Jordânia). Israel venceu essa e todas as demais guerras, bem como outros ataques, dentre os quais destacamos alguns.

INTIFADAS

Na denominada Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel lutou contra guerrilheiros do Fatah, da então Organização pela Libertação da Palestina (OLP), abrigados pela Síria.

Em 1973 foi a vez da Guerra do Yom Kippur, quando Israel foi surpreendido em sua festa religiosa pela união de nações árabes.

As guerras foram seguidas de rebeliões, como as Intifadas, com os palestinos armados de paus e pedras, em 1987 e 2000.

ASCENDÊNCIA DO HAMAS

Já no ano de 1987, surgiu o grupo radical e fortemente ligado ao islã, ao setor político e sob orientação militar, o Hamas. Considerado terrorista por suas ações, o Hamas não aceita o Estado de Israel e defende sua destruição.

Suas atividades agressivas ocorrem através do ataque por milhares de mísseis, a maioria interceptada pela moderna tecnologia israelense, Iron Dome.

Com atuação questionada até mesmo por palestinos, sua forma de autoritária inclui a não observação dos direitos humanos, perseguição a críticos e a opositores políticos. Seus adversários são presos e torturados.

ATAQUES REPRIMIDOS

Desde 2008, Israel manteve a sua Força de Defesa em prontidão diante dos ataques terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica.

OPERAÇÃO CHUMBO FUNDIDO

Dezembro de 2008, ofensiva contra os disparos de foguetes do território palestino.

PILAR DEFENSIVO

Novembro de 2012, defensiva contra os grupos armados em Gaza, com 1,5 mil posições, quase 20 centros de comando, e quase mil mísseis disparados contra a Israel.

GUARDIÃO DOS MUROS

Maio de 2021: os terroristas do Hamas e Jihad Islâmica lançaram 4,3 mil mísseis contra o país.

SOBREVIVÊNCIA

Mesmo sob cativeiros e exílios, por vezes expulsos da terra de seus ancestrais, os hebreus sobreviveram diante de muitos povos hostis.

Sobreviveram aos mais implacáveis, como os seis impérios mundiais: Egípcio, Assírio, Babilônico, Medo-Persa, Grego, e Romano. Nenhum deles existem mais. Porém, o povo hebreu, de forma extraordinária e única, manteve a sua cultura, religião e língua.

A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO

Por volta do anos 1250aC, os hebreus saíram da escravidão do Egito, após 4 séculos.

Nos 40 anos de peregrinação, rumo à área de hoje, a Terra (que lhes fora) Prometida por Deus, eles receberam sua primeira Constituição (a Torá), e passaram a ser organizados como povo.

Sua primeira Constituição iniciou com os Dez Mandamentos, depois diluídos em 613 leis: 248 preceitos permitidos (positivos), e 365 não permitidos (negativos). Tudo isto forma sua ética e postura de sua organização social, de um povo civilizado.

JUÍZES E REIS

Em seus 300 anos seguintes foram governados por Juízes e, depois, por reis. O segundo rei, Davi, por volta do ano 1000aC, conquistou Jebus, capital dos jebuseus, e a transformou em Jerusalém, a capital dos hebreus. A capital passou a ser difundida como “A cidade de Davi”.

PROGRESSO EM MEIO A AREIA E PEDRAS

Sua economia é pujante, forte e admirável. O destaque fica por conta do alto desenvolvimento tecnológico. Junta-se a isso sua produção agroindustrial. Por fim uma das maiores fontes econômicas está no “leite das nações”, conforme preconizado na profecia do Livro Sagrado.

Por Jesus Cristo, “o teu Salvador”, o turismo Israel tornou-se fonte poderosa de renda: “E mamarás o leite das nações e te alimentarás aos peitos dos reis; e saberás que eu sou o Senhor, o teu Salvador, e o teu Redentor, e o Possante de Jacó”, Is 60.16.

BÊNÇÃO DE ABRAÃO

“Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; e em lugar da afronta exultareis na vossa parte; por isso na sua terra possuirão o dobro, e terão perpétua alegria”, Is 61.7.

O orgulho do Estado de Israel é que as suas tecnologias podem ser usadas por toda a humanidade.

1- A Universidade de Telavive está desenvolvendo uma vacina nasal que protegerá pessoas do Alzheimer e de acidentes cérebro-vasculares.

2- O Technion, Instituto de Tecnologia (Haifa), desenvolveu exame simples de sangue capaz de detectar diferentes tipos de câncer.

3- O Centro Ichlov (Telavive) isolou uma proteína que torna desnecessária a colonoscopia para detectar câncer de cólon, com um simples exame de sangue. O câncer de cólon mata anualmente cerca de 500 mil pessoas.

4- A Acne não mata ninguém, mas causa ansiedade e insatisfação em adolescentes. O Laboratório Curlight criou uma cura mediante emissão de Raios UV – alta intensidade -, que liquida as bactérias que produzem a acne sem gerar complicações adicionais.

5- O Laboratório Given Imaging desenvolveu uma câmera minúscula em forma de pílulas que são engolidas e que transmitem milhares de fotos do trato digestivo. Estas fotos de alta qualidade (2 por segundo durante 8 horas) podem detectar pólipos, cânceres e fontes de sangramento. As fotos são enviadas a um chip que as armazena e envia a um computador. Ao final do processo, a câmera é eliminada pelo reto.

6- A Universidade Hebraica (Jerusalém) desenvolveu um neuro-estimulador elétrico (baterias) que é implantado no peito de pacientes com Parkinson, semelhante ao marcapasso. As emissões deste aparelho bloqueiam os sinais nervosos que produzem tremores.

7- O simples odor do hálito de um paciente pode detectar se um paciente tem câncer de pulmão. O Instituto Russel Berrie de Nanotecnologia criou sensores capazes de perceber e registrar 42 marcadores biológicos que indicam a presença do câncer de pulmão sem necessidade de biópsia.

8- É possível prescindir de cateterismo em muitos casos. Endopat é um dispositivo colocado entre os dedos indicadores, que pode medir o estado das artérias e prever a possibilidade de infarto nos 7 anos seguintes.

9- A Universidade de Bar Ilan estuda novo medicamento que combate vírus por via sanguínea. É chamado de Armadilha Vecoy, pois engana um vírus até conseguir sua auto-destruição. Muito útil para combater a Hepatite, e no futuro Aids e Ebola.

10- É possível que os cientistas israelenses do Centro Médico de Hadassah (Jerusalém) tenham descobertos a primeira cura de esclerose lateral amiotrófica, conhecida como Enfermidade de Lou Gehring, em um rabino ortodoxo. Stephen Hawking, famoso cientista britânico, sofria desta enfermidade e para se comunicar utilizava métodos inventados por cientistas israelenses (1).

11- O país recicla 90% de sua água residual e figura como líder mundial nessa área.

12- Tecnologia de irrigação por gotejamento, controlada por computador

Irrigação cuja intensidade da umidade é controlada por computador

(Final da década de 80, fiz reportagem na Unesp de Ilha Solteira-SP, pelo jornal Diário da Região, São José do Rio Preto-SP).

13- Não obstante seu solo ser desfavorável e pequeno, conta com cerca de 300 vinícolas. São 50 toneladas de uvas colhidas somente em 70 delas, anualmente.

14- Ainda no setor agropecuário, a média de produção do gado leiteiro supera a de outros países.

15- Israel também construiu gerador de água atmosférica, cuja tecnologia absorve água potável do próprio ar.

15- PRÊMIOS NOBEL

Quase 30% de todos os prêmios Nobel da história foi destinado a judeus.

DEUS TESTIFICA NELES!

Quando Frederico, o Grande, o rei ateu da Prússia, perguntou: ‘Você pode me dar uma prova irrefutável de Deus?’. Jean-Baptiste de Boyer, Marquês d’Argens, respondeu-lhe: ‘Sim, vossa Majestade: Os judeus!”.

Fontes: (1) – Fonte: Monica Laredo: Twitter – @MonicaLaredo2

(2) https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/15907/1/V02001-199-210.pdf

https://brasilescola.uol.com.br/amp/geografia/o-conflito-na-palestina-faixa-gaza.htm

https://www.passeidireto.com/arquivo/89539532/israel-prova-que-a-biblia-eh-a-palavra-de-deus-d-cloud

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Filisteus

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Tudo começa com os 59,5 milhões de votos a Lula. As urnas foram colocadas em xeque com a Justiça Eleitoral. Essa dúvida, além de ignorada exarou ameaças descabidas, e ainda permaneceu incólume.

Enquanto isso, Lula em sua jactância, questiona o Tribunal Penal Internacional, atitude reprovada por todos os membros do G-20. Isto é aceitável pela intocável corte brasileira?! Isso pode ‘seu’ juiz?!

Sob esse laurel, o tal ‘eleito’ não consegue ir à padaria da esquina sem ser vaiado e sofrer repulsa pública. Então onde estariam esses seus eleitores? Seriam apenas virtuais?!

Note que seus correligionários sempre ressaltaram suas tendências a passeatas e manifestações, como no caso do MST em 2014. Lá o STF estava com seus ministros presentes.

Tentaram invadir o prédio e até o depredaram, embora não tenham sido taxados de golpistas ou terroristas. Não houve esse estardalhaço de hoje. Seria por questões anacrônicas?!

CASTRAÇÃO

Seja como for, a repulsa pela real democracia, e a castração do direito de manifestação contrária se mantêm. Quem não quiser seguir o lado obscuro impresso nos tais ‘votos’, serão perseguidos e punidos. É a leitura que se faz, em fragrante maniqueísmo jurisdicional.

Lógico que atos de vandalismo deveriam ser todos igualmente punidos. Mas no caso do mínimo sinal de fumaça contra essa sociedade alternativa, do sujeito “nascido há 10 mil anos”, dos filhos da Revolução Cultural, remanescentes das drogas, ‘iluminados’ pelos Beatles, a luz ‘vermelha’ passa a piscar nos corredores obscuros do poder.

CONDENADOS POR ANTECIPAÇÃO

Os prejulgados e condenados antecipadamente como golpistas, são submetidos à ‘célere’ justiça brasileira. Instala-se um sistema lava-jato, às avessas da outra, evocado pela maior corte, como se um gigante adormecido fosse despertado.

Num relampaguear, o tal ministro figura como investigador, passa por delegado, a presidir o inquérito, em seguida, assume a função de promotor-acusador e, por fim, o de juiz, a concordar com sua própria tese.

Ora, os acusados foram condenados de forma antecipatória, nem mesmo passaram pela determinante frase de ‘acusados’ – até que se transite em julgado. Foram antecipadamente taxados de golpistas, o que, na verdade, nunca foram.

Sabe-se que “a carga do acusador é de provar o alegado; logo, demonstrar que alguém (autoria) praticou um crime” (Conjur). E é ainda somente após condenação transitada em julgado, que a pessoa passa a ser culpada e deixa de ser tão-somente acusada do referido delito.

NOVAS REGRAS

Através de uma espécie devir, tudo está sendo construído às claras e à moda marxista – “alienação política: dependência causada pela presença coercitiva do Estado, um mal necessário até que se alcance” o objetivo final.

As condenações são facilitadas pelo próprio ‘efeito boiada’, como no engodo da invasão dos prédios públicos. Sob método coletivo e colegiado pelos ministros, as condenações são também assemelhadas.

Sem a necessidade de se debruçar nos autos de forma exaustiva, passa-se a apresentar o enredo processual. Um único ministro, sob a empáfia de sua mente brilhante, posta-se na coxia desse palco de horrores inomináveis dos Mythos de Cthulhu.

GOLPE A IMOBILIZADO E SEM ARMAS

Além do não uso de armas deve-se considerar ainda a ausência do poder em sua efetiva atividade, por meio de pessoas, de seus representantes.

Conforme o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, não houve golpe nem ato terrorista, senão manifestação política.

Além de o povo da manifestação mostra-se desarmado, observa o político de esquerda, o que deixa de caracterizar golpe, existe diferença entre querer dar um golpe e efetivar o golpe. “Não podemos igualar as duas coisas”, disse

CONDENAÇÃO EXEMPLAR

Tais condenados são escolhidos a dedo, para que sirvam de exemplo de como insurgentes serão tratados. Condenados de forma sumário, unânime, policialesca, sem trégua, de caráter imediatista.

O tal golpe contra imóveis (desabitados) e móveis (imobilizados), com a total ausência da efetividade dos poderes, e ainda sem armas, busca obscurecer a visão… Tem caligem nesse roteiro! (A. Mesquita, jornalista).

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Tivemos há pouco na mídia, a reverberação da declaração da mulher de Lula, a socióloga Rosângela ‘Janja’ Lula da Silva, sobre sua religião. Tais questionamentos tornaram-se polêmicos por estarem atreladas a uma figura pública e, portanto, ordinários.

Tudo isso acabou desdobrando-se em outra indagação não esclarecida: Qual seria essa religião? Nem ela e tampouco a mídia deixou isso claro. Por quê?!

No que diz respeito ao dito constrangimento sofrido, sua própria opinião cristaliza a autenticação do mesmo ou ela não se mostraria desconfortável. Também não se teria o cuidado de ocultar o segmento religioso seguido.

CRISTÃOS SEMPRE PERSEGUIDOS

Distantes da definição sociológica ou de domínio público, os seguidores de Cristo, taxados de cristãos, pela primeira vez em Atos 11.26, de crentes (em Cristo), foram

denominados pejorativamente protestantes. Isto, entretanto, retrata a grandeza da bravura de Fé cristã.

Na França foram chamados de huguenotes, discriminativo a cristãos (protestantes calvinistas) e, depois, no Brasil, aos mesmos presbiterianos, na perseguição, por volta de 1555.

AINDA HOJE!

Atualmente a perseguição a seguidores de Cristo se registra à mostra de todos, com discriminação, tratamento desdenhado, até ignorados pela mídia, e de forma aviltante! É praticamente um verbete do Manual de Redação no domínio mental de cada ‘jornalista’, se é que podemos denominar esse profissional como tal, por ausência de imparcialidade.

Enquanto isso, seu progresso, sem que o detalhamento seja necessário, por sua influência social construtiva da ‘religião dos livros’ a precede. Vão desde a valorização do ensino, a outros atrelados e próprios, como a assistência social.

JUDEUS MARRANOS

Ainda no século 15, durante perseguição semelhante, os judeus na Espanha e Portugal foram denominados ‘marranos’ (porcos).

No caso dos cristãos, estes não se sentiram diminuídos, mas triunfantes e proclamados “bem-aventurados” ao passarem por tais situações (Mt 5.10; 10.22; 1Pd 3.14).

Em ambos os casos, não houve motivação para tal, senão simplesmente pela tentativa de cerceamento e intolerância. E note que são dois grupos de admiráveis exemplos de notabilidade de práticas de progressos, com ênfase ao conhecimento e ensino.

AS RELIGIÕES AFROS

Todos têm a liberdade sagrada, o livre arbítrio, para a tomada de decisão, qualquer que seja ela, sem ignorar que toda ação provoca reação, seja ela boa ou má, sabida de antemão ou não.

Essa liberdade humana, denominada democracia, longe dos discursos ideológicos, em geral hipócritas, faz parte da conquista humana em oposição a todo tipo de tiranias.

JANJA LULA

A mulher de Lula, até por sua posição, deve ser referência dessa liberdade. Como todo e ‘qualquer’ cidadão tem o direito ‘mais que óbvio’ (ululante) de escolher e até expor publicamente sua própria religião ou quaisquer outras escolhas.

Mas por que ela faz referência à orientação de pessoas próximas, que pedem a ela para não expor tal religião, e, após, se diz constrangida?!

“E muitas pessoas disseram para mim: ‘Você precisa apagar aquela foto’. Tem uma foto minha no Instagram com algumas imagens de orixás. Eu não vou apagar. Aquilo também me representa”, disse.

E completa: ‘Ser ligada a uma religião de matriz africana só me dá orgulho’. Ela ainda faz questão de se expor ao lado de imagens de espíritos ou ‘seus’ orixás (foto).

Mesmo assim, tanto ela quanto a mídia, que se deixa transparecer ativista, omite a religião. Não fosse algo constrangedor ela diria o nome da religião, bem como a mídia não se comprometeria em não expor o nome da ramificação específica.

CRISTIANISMO NÃO É FUSÃO DE RELIGIÕES

É importante relembrar que não estamos falando de cristianismo, mas de religiões afros, ditas espíritas. E como alguns tentam fazer ponte entre as duas representações, por meio do sincretismo, o abismo que as separam permanece o mesmo (cf Lucas 16.26).

São simplesmente antagônicas e não se trata de ausência ou não de princípios, propósitos ou por questão de sinceridade, mas de análise ao pé de suas bases doutrinárias.

Ser cristão é se manter distante de justificativas próprias ou da necessidade social de se sentir incluído como tal. Essa forma ‘associativa’ se mantém sob princípios e testemunho de compromisso e vida diferenciada, embora qualquer um tenha o direito de se tornar cristão, conforme João 3.16; Atos 2.38; 2Coríntios 5.17.

OITO OU OITENTA!

Não existe meio termo, crente morno, em cima do muro, nominal, quase, talvez, mais ou menos…, como dito por um padre.

Ele falava sobre posições duvidosas e da necessidade de conversão, o que serve para todos, incluindo-me.

QUAL É A DELA?

Não há como indicar qual seria a religião afro da atual primeira-dama. Mas não é novidade a ninguém, que as religiões de origem africana são divididas em candomblé, umbanda, quimbanda, macumba, xangô, jurema, feiticismo, vodu (de vodum, os espíritos cultuados), dentre outros segmentos menos conhecidos, mas semelhantes.

No candomblé, por exemplo, os espíritos denominados orixás, segundo a Bíblia demônios, “são deuses supremos. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para incorporar no ato do nascimento…”.

A umbanda também atua com orixás por meio de mediunidade. Essas religiões têm como espírito superior ou mestre Exu. É formada pelo sincretismo entre cultos afros, espiritismo e catolicismo romano, que mescla santos católicos a seus espíritos (orixás). Fonte https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/sincretismo-e-religioes-afro-brasileiras.

‘O ESPÍRITO QUE FICOU NA TERRA!’

“Para o cristão, Exu é o demônio pela crença de que há um bem e um mal. Mas, para um afro-brasileiro, Exu não é o demônio” (https://www.edusp.com.br/mais/exu-um-deus-afro/). “O cemitério também é morada de Exus, Pombas-giras e pretos velhos, entidades cultuadas pela Umbanda” (Andrade Junior, L. (2021). Exus, Pomba-giras e pretos velhos: o cemitério como espaço sagrado de pertencimento. Diálogos, 25(3), 8-37. https://doi.org/10.4025/dialogos.v25i3.60531).

“Os filhos de exu têm caráter ambivalente, são ao mesmo tempo boas e más com uma ligeira inclinação para a maldade, o desatino, a obscenidade, a depravação e a corrupção”.

”(…) As cogitações intelectuais  enganadoras e as intrigas políticas lhes garantem um grande sucesso na vida” (https://cabocla-jurema.webnode.com.br/sobre-a-umbanda/orixas/exu/?

Exu é a figura do Diabo, especificamente na Jurema ou Catimbó, Xangô e Umbanda, e “não existem fronteiras nítidas” entre essas três vertentes. “É por isso que a gente tem que acender uma vela para o diabo. Sim, minha gente, a gente tem de agradar a Exu para ser feliz”.

(https://www.redalyc.org/journal/2433/243364810018/html/).

Exu é ainda o senhor do sexo ou pomba-gira, identificado como mulher, companheira (não esposa), “da sexualidade sem freios e amoral” (Bastide, 1978). Coincidência ou não, 13 de junho é seu dia comemorativo, e suas cores é preto e vermelho.

SEUS CULTOS

Ao som de tambores (atabaques), essas religiões atuam por meio de despachos em encruzilhadas e cachoeiras, e fazem oferendas nas praias e mares a Iemanjá, deusa ligada, por suas origens, ao culto da fertilidade, atrelada ao prazer sexual. A divindade semelhante mais difundida é Afrodite, deusa grega do prazer (sexual), da beleza, do desejo, da sedução, e demais formas representativas de acordo com cada cultura. Iemanjá é considerada a ‘Afrodite brasileira’, também cultuada por marítimos.

SACRIFÍCIOS

“No Brasil a religiosidade de origem africana também aceita rituais com animais em oferendas aos Orixás”. Gilberto Pinheiro afirma ainda que “Curiosamente a Umbanda Esotérica não pratica tal crueldade”, mas seria a exceção em “quase todos os terreiros de Candomblé e Quimbanda que praticam tais rituais” (Sacrifício de animais em rituais religiosos – da antiguidade aos dias atuais – jornalista Gilberto Pinheiro).

OFERTÓRIO RICO EM SANGUE

Segundo a Superinteressante, “O candomblé abate bichos de diferentes portes em rituais. A umbanda não aceita a prática, mas ainda assim alguns terreiros a fazem”.

Outra parte do texto, que trata sobre a umbanda, registra o seguinte: “Mas existem muitos terreiros que, influenciados por outras religiões de origem africana, oferecem galinhas ou bodes para fortalecer entidades, em especial exus e pombagiras”.

A abertura da matéria, Tiago Cordeiro acaba sendo meio tétrico e parece retratar um banquete bárbaro…

“Usando uma faca, o sacerdote abre a garganta do animal. Na sequência, degola o bicho, que ainda se debate. Algumas partes específicas, como o coração e os genitais, são colocadas sobre um alguidar – uma bacia de barro. Esses pedaços serão oferecidos para o orixá que vai “comer”. O sangue é recolhido e utilizado para sacramentar imagens e instrumentos utilizados no terreiro. Todo o restante do corpo é aproveitado. O couro será usado para fazer atabaques. A carne vira churrasco: os terreiros fazem grandes almoços para os filhos de santo e os visitantes” (https://super.abril.com.br/sociedade/os-sacrificios-de-animais-nas-religioes-afrobrasileiras/amp/).

DISTINÇÕES

Nenhum desses cultos tem qualquer ligação ou respaldo bíblico-cristão, pois os discípulos foram ensinados a expulsarem espíritos de toda e qualquer pessoa possuída ou endemoniada, às vezes chamados de ‘casta de demônios’ (Mt 17.21).

Jesus expulsou os espíritos em Gadara, e ensinou sobre a não ligação entre o mundo humano e o dos mortos, especialmente nas questões relacionadas ao fato do impedimento de se voltar dos mortos, no caso que envolveu O Rico e Lázaro (Lc 8.26-56; 16.19-41).

BUSCAS PROIBIDAS

No Velho Testamento o povo foi exortado pelo próprio Deus a não consultar médiuns. “Não recorram aos médiuns nem bus­quem a quem consulta espíritos, pois vocês serão contamina­dos por eles. Eu sou o SENHOR, Deus de vo­cês”, Lv 19.31. A proibição se estende sobre todas as ramificações espíritas: feitiçaria, mediunidade, consulta a espíritos e a mortos, presságios, adivinhação (Dt 18.9-12).

Quando visitei África, para cobertura jornalística, usei ainda o tempo para verificar a veracidade das manifestações de tais espíritos, e entrevistei pessoas que foram vítimas de terríveis possessões.

Ainda fiz matéria jornalística no interior de São Paulo, sobre cirurgia espírita. Também frequentei centro espírita, já registrei alguns embates espirituais dentro do assunto, e estudei sobre o espiritismo, em suas diferentes vertentes.

REAFIRMAÇÃO NO EVANGELHO

Na Nova Aliança, o SENHOR Jesus e depois os apóstolos validam a mesma doutrina da Aliança Judaica. Em certa ocasião, expulsam um espírito de adivinhação (At 16.16-18), pois são formas reprovadas e e todas como provocação a Deus (2Rs 21.6).

Hebreus 9.27 fecha a questão ao afirmar que o pós-morte é o Juízo divino, e que a ordem divina estabelece a morte como única, por somente uma vez.

Ah, não tenho nenhum apreço pelas escolhas de Rosângela ‘Janja’ e Lula, por seus ideários, progressismo, e toda ideologia da esquerda e seus objetivos. Entretanto, humildemente, de forma espontânea e com amor, seja qual for suas convicções a respeito, não deixei passar a oportunidade de interceder pelos dois.

Mesquita, Antônio é jornalista, teólogo, escritor e ministro do Evangelho.

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Quem e por que diz que a Bíblia pode ter sido mudada?

Não podemos dar uma versão nova para fatos eternos” (Escritor judeu).

Fiquei perplexo com tamanha desfaçatez do famoso teólogo Bart D. Ehrman, nomeado “Maior autoridade em Bíblia do mundo”, após a leitura do seu livro O que Jesus Disse? O que Jesus não disse?: quem mudou a Bíblia e por quê?¹. Dono de uma ficha invejável: “Ph D em Teologia, pela Princeton University e dirige o Departamento de Estudos Religiosos da University Of Nort Carolina, Chapel Hill, especialista em Novo Testamento, igreja primitiva, ortodoxia e heresia, manuscritos antigos e na vida de Jesus”, Barth abusa das possibilidades e sob tom condicional, parte da inversão de visão do que é direito para forçar a interpretação inversa.

Ao abandonar a fé cristã e tornar-se declaradamente agnóstico, nesse livro ele pratica um verdadeiro malabarismo para fundamentar suas teses e tentar, a qualquer custo, desmerecer a autenticidade bíblica. Foi então que reuni provas dentro de seu próprio escrito para refutar suas ideias notadamente esdrúxulas.

Seus escritos deixaram às claras o forte desejo de provar o improvável, das probabilidades que se discute nos dias atuais, com a nítida busca pelo sucesso, a partir da revelação do novo. Em um mundo de tendência ateísta não haveria outro caminho melhor de aceitação, senão o de tentar levar a crer que as Escrituras Sagradas (dos judeus) e a Bíblia (dos cristãos), Antigo e Novo Tratamentos, a Bíblia Sagrada não passa de uma farsa.

Muitos já tentaram isso e não é de hoje que homens se levantam com o mesmo propósito. Houve épocas, que pilhas de Bíblias aqueciam labaredas de fogo, numa forte investida para a destruição das Sagradas Letras. A estratégia atual mudou de rumo, mas o objetivo ainda continua sendo o mesmo. Pior: agora a tentativa é a de fazer desacreditar na sua inspiração, pois, a partir daí, não haverá mais valor algum, não mais que folclore, como querem.

Há um esforço descomunal e vigoroso, mas não menos parcial, de desacreditar o texto sagrado, mas nenhum livro na História humana atravessou séculos sem sequer ser alterado, sempre evidenciado em todas as sociedades, como as Sagradas Letras. Isso intriga muita gente, em especial aqueles que procuram “chifre na cabeça de cavalo”, como dizia minha saudosa e querida mãe. Não vão encontrar, senão pelas falácias da teoria (não mais que teoria) da evolução.Essa tentativa busca algo semelhante às teorias evolucionistas, com o intuito de lançar descrédito e vigorar os ataques ao cristianismo.

Argumentos agnósticos

Segundo Bart, após seus primeiros estudos e envolvimento aos círculos eruditos, os primeiros passos foram os questionamentos de suas próprias convicções que “tem de ser revistas à luz do conhecimento acumulado e da experiência de vida”.

Seu primeiro questionamento, a partir do momento em que seus “estudos começaram a” transformá-lo, ele escolhera a “passagem de Marcos 2, quando Jesus é confrontado pelos fariseus porque seus discípulos, ao atravessar um campo de trigo, comeram grãos no Sábado”. Jesus passa então a mostrar aos fariseus o fato semelhante ocorrido entre Davi e seus homens, quando entram no Templo “quando Abiatar era o sumo sacerdote’ e comeram o pão da proposição, que só os sacerdotes podiam comer”. 

Bart continua a afirmar sobre um de seus primeiros trabalhos e base de outros questionamentos, afirmando que Jesus citara 1Samuel 21.1,6, onde “vê-se que Davi não fez nada disso quando Abiatar era o sumo sacerdote, mas, de fato, quando o pai de Abiatar, Ahimelec, o era. Em outras palavras, essa é uma daquelas passagens destacadas para demonstrar que a Bíblia não é infalível; ela contém erros”, afirma o famoso teólogo e escritor.

Porém, esse argumento de Bart, base para dar o suporte ao início de seu agnosticismo, atropela a cultura de época, introduzida ao texto bíblico, quando um nome ou data é alternado por outro – do pai pelo filho, por exemplo, sem absolutamente nenhum prejuízo à ideia principal. A pretensa “falha” também é gritante e pode ser detectada no primeiro esforço de busca pelo sentido da mensagem.

Conforme Bart, a afirmação do Senhor Jesus, conforme Marcos 2.3-28, destoa do texto referência no Antigo Testamento (1Sm 21.1-6), “quando Abiatar era o sumo sacerdote”, porque o sumo sacerdote em exercício era o pai de Abiatar, Aimeleque.

Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que o foco principal do texto não está atento aos fatos narrados, mas sim ao ensino de Jesus, que Bart enuncia: “Jesus quer mostrar aos fariseus que ‘o Sábado foi feito para os humanos, não os humanos para o Sábado”’.

Mesmo assim Bart tenta usar este fato para desacreditar a Bíblia, porém, conforme comentário de rodapé da Bíblia de Genebra² “… foi Aimeleque, pai de Abiatar, que deu a Davi o pão consagrado. Contudo, Abiatar certamente estava vivo e, talvez, presente quando ocorreu o incidente referido. Portanto, ‘no tempo do sumo sacerdote Abiatar’ é frase rigorosamente certa. É provável que Jesus tenha referido a Abiatar porque ele era bem conhecido como um dos defensores de Davi” (o grifo é nosso).

Fatos semelhantes ocorrem com relação a datas e nomes, conforme a questão que tomo envolvendo os reis Roboão e Zedequias. A época do reino dividido de Judá é de 345 anos (931-586), e neste período, os reis de Roboão e Zedequias governaram 382 anos?

Neste caso a dúvida se prende à questão da continuidade dos reinos. Na maioria dos casos, o reinado passava de pai para filho. Acontecia também que filhos passavam a governar paralelamente ao pai, isto é, governavam, mas o pai ainda continuava no trono. Então um entrava na contagem do outro.

Exemplo: O pai poderia estar no ano 30 de seu reinado e o filho no 3 (por ter iniciado três anos antes). Quando o pai morria, o filho passava a contar, não a partir da morte do pai, mas desde quando começara a governador com o pai (ao lado do pai). Se o pai morresse no ano 35, por exemplo, o filho já estaria no ano 38. 

Se é possível complicar, para que simplificar?

Embora reconheça a importância das cartas bíblicas, quando diz: “De fato, havia um espectro extraordinariamente amplo de literatura sendo produzido, disseminado, lido e seguido pelos primeiros cristãos, algo bem distinto de tudo o que o mundo romano pagão havia visto até então” e ainda: “Afirmo que as cartas eram muito importantes para a vida das primeiras comunidades cristãs. Elas eram documentos escritos que orientavam tais comunidades tanto em sua fé como em sua prática”, Bart usa suas próprias informações para lançar o descrédito a partir de suas insinuações, mas, se as cartas são documentos importantes e imprescindíveis à Igreja, por que deixariam que as mesmas fossem tão alteradas como ele tenta mostrar? 

Condições sociais dos cristãos

Um de seus argumentos tenta desmerecer a condição sócio-econômica dos primeiros crentes. Fato interessante que sua crítica textual não leva em conta é que “Os cristãos da Ásia Menor e da Europa preocupavam-se em ser bons cidadãos do Império romano, governo que fora tratado como intruso por muitos dos contemporâneos de Jesus na Palestina. Muitos cristãos da nova geração não eram pobres, mas abastados, mais urbanos que rurais”.³

Outro fato que diz respeito à prosperidade dos cristãos, está na intenção de Lucas levar aos seus leitores, que detém vida de classe média e urbana, com ênfase à cidadania romana de Paulo e a honrosa conduta como cidadão, por seus direitos (At 16.37-40; 22, 26; 18.14-16) e Jesus como cumpridor de seus deveres (Lc 20.25; 23.2).

Lucas fala ainda dos ricos e pobres, ligação dos cristãos com os bens temporais, o que deve ser empregado com o semelhante, e relações pessoais (12.13-43; 14.25-33; 18.22; 14.26). Por outro lado, Lucas fala de si mesmo e identifica-se aos seus leitores e admite não ser testemunha ocular dos fatos narrados, concernentes à vida de Jesus. Na mesma época, a história da Igreja circulava por todo o império por meio de escritos, por ensinadores das doutrinas cristãs em comunidades evangélicas e também por meio de pregadores.

Atos, o endereçamento a Teófilo, que indica ser um líder da época, ainda rico e em condições de fazer cópias do livro e distribuir entre os membros das comunidades cristãs. Embora não houvesse a intenção de reproduzir o texto para os demais, como uma proliferação dos escritos para leitura individual, pois o que se fazia era a leitura nos cultos para os demais, não nos parece viável que um homem com capacidades socioeconômicas avantajadas tenha dificuldade de distribuir cópias legítimas e fiéis aos originais, como “editor” tanto de Atos quando de Lucas. O estilo de Atos, com estilo helenístico, recebe ainda elogios comparáveis aos melhores escritos bíblicos, conforme Josefo, Dionísio de Halicarnasso, conforme William S. Kurtz. ³

Inspiração e fé

Uma das razões que intrigam os críticos – talvez a principal – e que os distanciam de crer na inspiração, levando-os a criar obstáculos para desacreditar a Palavra, como obra inspirada do próprio Deus, por meio da ação do Espírito Santo no homem, são os inúmeros de milagres. A ação sem lógica e explicação humana os deixa intrigados. Como verdadeiros homens e céticos têm suas dúvidas ampliadas e jamais respondidas, pois muitos fatos sobrenaturais e compreendidos somente pela fé, conforme Hebreus (…) e que a razão jamais alcançará.

Todo esse efeito cético constitui atualmente ênfase entre o homem pós-moderno, que recebe forte influência da Filosofia das luzes, movimento filosófico do século 18, com base na confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento (Iluminismo).

Será mesmo que a Bíblia não trata de temas atuais?

Bart ainda não consegue enxergar na Bíblia tratados sobre temas atuais, quando diz: “E se a Bíblia não der uma resposta a toda prova para as questões dos tempos modernos – aborto, direitos das mulheres, direito dos homossexuais, supremacia religiosa, democracia ocidental”. Ora, o que Davi fala de ser conhecido pelo Senhor ainda informe, em Salmos, dentre inúmeros outros textos, como da Lei de Moisés, que trata diretamente do assunto, bem como da questão homossexual, além de Romanos 1. 

As conquistas das mulheres tiveram como base da doutrina cristã. O Dia das Mães fora estabelecido pela igreja cristã nos EUA e o mesmo ocorreu com relação à questão dos direitos das mulheres no trabalho, com a greve para a diminuição da carga-horário, além da licença-maternidade e outras conquistas ocidentais, com base na doutrina cristã, portanto, não vistas no oriente, como o direito de descanso no primeiro dia da semana – o domingo. 

Paulo sempre citara suas cooperadoras em seus textos, Jacó, ainda no VT ouve suas esposas antes de tomar a decisão de sair do domínio do próprio sogro, e Paulo exorta a que os maridos amem suas esposas como se a si mesmos (Ef 5.25-33).

Quanto ao domínio religioso Noé profetizara no capítulo 9.25-27 de Gênesis, o que vemos hoje não só na questão do Ocidente, mas também das religiões, ao falar dos desígnios de seus três filhos, retratando a supremacia religiosa dos semitas (origem das três maiores religiões do mundo), de Jafé, com seus descendentes os indo-europeus, a supremacia sócio-econômica, dentre outras tantas relações bíblicas com a História e a própria atualidade.   

Mito da Caverna

Se a Bíblia fora tão amplamente alterada, como tenta afirmar o teólogo Bart, e que o teria levado a descrer nos escritos sagrados, por que o mesmo não ocorre hoje, quando se tem tantos meios para isso, ao contrário da época em questão?

Atualmente existem inúmeros outros elementos que servem de alavanca para as possíveis e desejadas transformações. Estes meios seriam sem limites, a comparar com os existentes nos tempos primórdios do cristianismo. Leve-se em conta as proporções e intensidade de interesse, quanto a tudo o que diz respeito à proteção e preservação do texto sagrado.

Bart adentra o Mito da Caverna de costas, pois parece-me que jamais quis pôr somente o nariz e depois entrar de costas, para introduzir-se aos poucos, porque essa jamais foi a sua preocupação, conforme analogia de sua própria construção cristã, que não passara de retórica. Embora se diz de raízes cristãs, Bart afirma que sua mãe lia a Bíblia em família certificando-se “de que suas histórias e ensinamentos éticos fossem bem entendidos por nós (sem se prender muito às suas ‘doutrinas’).”.

Ehrmam tenta claramente interpretar fatos da História sob a perspectiva de sua tese, sem ser, sequer, um minuto imparcial. Até mesmo os comentários que daria o start para outro olhar, são usados para a satisfação unilateral. Existem muitas verdades históricas descritas no livro, algumas boas de serem usadas; até mesmo as que ele usa com veemência contra a fé cristã, se usadas no sentido da indicação do texto (ao contrário), são igualmente ótimas. 

Com racionalidade tomo então seus próprios argumentos para rebater suas críticas. O oportuno comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal sobre o assunto, diz: “João termina o livro do Apocalipse com uma advertência sobre a possibilidade de perdermos nossa parte na árvore da vida e na cidade santa. Evitemos uma atitude descuidada para com este livro, ou qualquer parte das Sagradas Escrituras. Outra atitude a evitar é a de optarmos por crer somente em determinadas partes da revelação de Deus e rejeitarmos outras partes que não gostarmos (v19), ou o caso de ensinar nossas próprias ideias como se estas fossem a própria Palavra de Deus (v18). Como ocorreu no princípio da raça (sic) humana na terra, deixar de cumprir plenamente a Palavra de Deus é questão de vida e morte (ver Gn 3.3-4)”. 

Desde o Éden, Satanás manifesta-se contra tudo o que chama Deus ou se adora (2Ts 24). “E não terá respeito aos deuses de seu pai” (Dn 11.37). Satã no hebraico (demônio) tem a raiz no verbo impedir, bloquear. Na tradição judaica Satã é o “outro lado”, explica Nilton Bonder (O holismo rabínico).

Superficialidade cristã

Existem algumas máximas cristãs que apontam para a vida superficial que, por sua ausência, facilmente transformam tal superficialidade em espuma jogada às margens, para depois se dissolver e virar fumaça. A Palavra alerta para o perigo de uma vida cristã superficial e sem engajamento espiritual: “Não havendo sinais (profecia) o povo se corrompe”, e o apóstolo Paulo diz: “… o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza…” (1Ts 1.5). Esse mesmo equipamento necessário e permanente na vida do crente foi predito pelo profeta Joel: “E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça… E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”, 3.30-32. 

Assim a evidência de sinais de prodígios e operação de maravilhas acompanhavam a pregação dos discípulos (Mc 16.17), desde o “Ide” pela Grande Comissão a Igreja: “E disse-lhe: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado… Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!”, Mc 16.15-16,19-20.

E já na introdução do seu livro percebe-se uma das causas de sua pétrea defesa da pretensa obscuridade bíblica. “Nasci e cresci em um tempo e lugar conservadores – a área central dos Estados Unido da América, em meados da década de 1950. Minha criação nada teve de extraordinário. Éramos uma família normal, de cinco membros que iam à igreja sem ser especialmente religiosos. Começando pelo ano em que seu estava na 5ª série, estávamos envolvidos com a igreja episcopal em Lawrence, Arkansas…”.

Uma das travessuras de Bart, “já no ensino médio”, junto ao filho do pastor de sua igreja, envolvia charutos. Hoje ele se junta ao grupo de teólogos que discutiam Teologia batendo seus cachimbos à mesa, na Idade Média. 

Embora sua igreja fosse “socialmente respeitável e socialmente responsável” “… a Bíblia não era abertamente ressaltada”. Ele diz ainda: “Nós realmente não falávamos muito sobre a Bíblia, nem a líamos muito”.

Das informações que vão dar base para a análise de credibilidade e reconhecimento do ponto de vista de independência ou não de sua tese, com conteúdo ou não de possíveis desvios, a partir da formação de seu caráter, e que, portanto, forneceria elementos de influência em opinião futura (visto tratar-se de uma questão religiosa), temos ainda o seguinte: “Lembro-me que sentia uma espécie de vazio interior, que nada parecia capaz de preencher, que não saía muito com meus amigos (nós já tínhamos começado a beber socialmente nas festas), que namorava (começava a entrar no mysterium tremendum do mundo do sexo), que estudava (eu dava duro e tirava boas notas, mas não era nenhum crânio), que trabalhava (eu era vendedor porta a porta de uma firma que comercializava produtos para venezianas)… (…). Eu sempre achava que faltava algo”.  

O que ainda fundamenta o distanciamento da fé cristã, para deixar claro o primeiro ponto, foi a influência de Princeton. O ex-seminário presbiteriano tem história semelhante a do congênere Harvard, fundado pelo pastor John Harvard – o de formar obreiros. Ao contrário disso, embora ainda neles resistem os referenciais cristãos, os dois centros passaram a figurar como formadores de agnósticos, ateístas, materialistas e humanistas.

De tudo o que temos na exposição da incredulidade do teólogo Bart, ressalta aos olhos a exposição espetacular – própria do homem pós-moderno – de suas revelações, que acaba por desvendar as premissas, que, consequentemente, indicam causas e efeitos.

“E uma vez mais, meus amigos evangélicos me avisaram que eu não deveria ir para o Seminário de Princeton, porque, segundo me disseram, eu teria dificuldade em encontrar cristãos ‘verdadeiros’ lá. Afinal de contas, Princeton era um seminário presbiteriano, um solo não exatamente fértil para cristãos ‘renascidos’. Contudo, meus estudos de literatura inglesa, filosofia e história – para não falar do grego – tinham ampliado significativamente meus horizontes. Eu estava apaixonado pelo conhecimento, em todos os seus campos, sacro ou secular. Se aprender a ‘verdade’ significasse não mais me identificar com os cristãos renascidos que eu conhecera no ensino fundamental, que assim fosse. Meu interesse era avançar em minha busca da verdade, onde quer que ela me levasse, na confiança de que toda verdade que eu aprendesse não era menos verdade por ser inesperada ou impossível de enquadrar nos pequenos escaninhos fornecidos por minha experiência evangélica”.

O desequilíbrio, mola propulsora para o registro de extremos, é notório

Como disse meu velho e saudoso pastor, certa feita, ao tecer comentários sobre um colega de seminário, após demonstrar significativas mudanças, protagonizadas pela assimilação da filosofia da Teologia da Libertação: 

           – Ele cresceu na letra e caiu no Espírito!

É sempre bom observar as considerações de pessoas que estão do lado de fora daquilo que ocorre conosco. Dizem que as tais enxergam melhor e, por não estarem envolvidas emocionalmente com o fato, caso, ocorrência, situação ou circunstância, têm melhores juízos que nós mesmos. E é o que notaram os amigos de Bart. Eles já previam o que deveria ocorrer com aquele novel teólogo. Com certeza seus comentários diziam respeito à análise do caráter daquele jovem, talvez pela superficialidade de sua crença e de suas deficiências estruturais de fé, conforme ele mesmo aponta, em sua época do Seminário Moddy (Moddy Bible Institute): “Acho que eu o encarava como uma espécie de acampamento cristão militarizado”. Essa idéia mostra-se débil, desencontrada, e mítica, totalmente destoada da realidade da fé cristã. Ela indica ainda o arquétipo de um futuro de desconstrução, próprio dos que foram impactados pelo Iluminismo, por suas bases inseguras e instáveis. 

Erros e erros

Como o grande descobridor Bart toma Orígenes que teria falado “do ‘grande’ número de diferenças entre os manuscritos dos Evangelhos; mais de cem anos depois, o papa Dâmaso estava tão preocupado com as variedades dos manuscritos latinos que encarregou Jerônimo de produzir uma tradução-padrão; e o próprio Jerônimo teve de comparar numerosas cópias do texto, em latim e grego, para decidir qual texto ele pensava ter sido originalmente redigido pelos autores”.

Temos alguns erros que não dizem respeito à revelação e isso fica claro à medida que acaba sendo corrigidos, sem, contudo, alterar o sentido da mensagem ou desmerecer a própria inspiração. Citamos o caso de 2Samuel 15.7, que lança a dúvida entre 40 e 4 anos: “E aconteceu, pois, ao cabo de quarenta anos, que Absalão disse ao rei: Deixa-me ir pagar em Hebrom o meu voto que votei ao Senhor” (2Sm 15.7).

Algumas versões grafam 40 anos e outras 4 anos. Qual é a correta?

A explicação diz respeito aos manuscritos disponíveis à época de Almeida (século 17). Alguns poucos manuscritos (cópias datadas dos séculos 11, 12 e 14) trazem “quarenta”. Já a maioria dos manuscritos do Antigo Testamento (datados dos séculos 2 a 9) trazem “quatro”. A Revista e Corrigida (RC) baseia-se nos manuscritos disponíveis ao tempo de Almeida; a RA e a NTLH, em manuscritos mais antigos e melhor conservados.4

Revelação a Paulo

Quanto à Revelação do Senhor a Paulo parece que há controvérsia nos registros apresentados em Atos 9, 22 e 26: 

“…indo, então, a Damasco… ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim a aos que iam comigo. E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 12-15).

As dúvidas dizem respeito à participação dos companheiros de Saulo na questão da cegueira, a voz e respectiva mensagem: Eles teriam também caído, também ficaram cegos, ouviram também a voz? A idéia que se tem é que as três passagens em Atos destoam.

Enquanto ia pela estrada de Damasco, por volta do meio-dia, quando o Sol está no seu mais intenso brilho, Paulo viu uma luz do Céu mais radiante que o brilho do Sol. Brilhava ao redor dele e de seus companheiros (At 26.13) “(…) Paulo e seus companheiros foram subjugados pela luz milagrosa e caíram ao chão. Nada é dito sobre os companheiros caindo ao chão em Atos 9.4 e 22.7, nem Paulo diz qualquer coisa aqui sobre de ter ficado cego”. 3

Até aí não há nada contraditório, pois a narração repetida de um fato pode variar de acordo com as circunstâncias. Devemos considerar os objetivos de Paulo e o endereçamento de suas afirmações. É importante notar o seguinte:

1) No primeiro caso, em Atos 9, o livro narra o acontecimento. 

2) Em Atos 22, Paulo fala aos judeus e usa a visão para persuadi-los sobre a realidade do Messias, e, por fim, 

3) em Atos 26, ele anuncia a visão ao rei Agripa.

Às vezes, Paulo fala somente dele – destaca a sua pessoa – e não inclui na história os demais que estavam com ele. Isso é válido, pois o evento diz respeito a ele, tão somente. 

Em Atos 9 ocorre a revelação do Senhor a Saulo; em Atos 22 temos o discurso aos judeus; e em Atos 26, Paulo está perante o rei Agripa.

Aparentes divergências

Atos 9.7 e 22.7 – somente Saulo caiu por terra. 

Atos 26.7 – no discurso a Agripa, Paulo fala que todos caíram. 

Atos 9.7 – todos ficaram mudos, depois de ouvirem a voz, mas sem ver ninguém. 

Atos 22.9 – todos viram a luz, mas não ouviram a voz.

A questão está na divergência da construção gramatical

Atos 9.7 o grego liga-se ao genitivo – “Caso de declinação de certas línguas, que representa, por via de regra, complemento possessivo, limitativo, e algumas vezes circunstancial”.5

Atos 22.9 – tem a ver com o acusativo.

Atos 22.9 – significa ouvir a voz e entender o que se diz, enquanto a outra forma indica ouvir o som da voz, sem entender o que se diz ou o sentido da declaração.

 Carta em resposta

Em 1Coríntios 7 Paulo responde carta aos coríntios, prática comum na época e meio predominante na comunicação. Embora a carta fosse postada pela igreja, sem ter propriamente um remetente em particular, o que seria comum, caso fosse de um intelectual da época, o apóstolo, homem letrado e sábio, um verdadeiro literato, não fez nenhum comentário ao que poderia saltar-lhe aos olhos, quanto a possíveis tropeços gramaticais, ou a menos, pontos mal escritos, dúbios, mal explicados, ruim de entender ou ler etc. 

Mas, ao contrário do que Bart tenta arquitetar para desmerecer o texto bíblico, ao afirmar que as cartas e respectivas cópias eram feitas por homens incapazes, mal letrados, Paulo, em momento algum observa possíveis falhas.

Também para derrubar suas afirmações sobre cartas mal escritas, sem técnicas de construção de texto, é só dar uma olhada em 1Coríntios e perceber que a construção da carta segue uma técnica bastante avançada para a época. O apóstolo constrói uma introdução nos primeiros capítulos, com elogios aos coríntios, até chegar ao momento em que expõe o principal motivo da mesma, e chamar atenção pelas falhas existentes naquela igreja.  

Crítica em cima de 1% de erro sem influência alguma

Em resposta a Bart alguns biblistas e especialistas em História Antiga, falam das inconsequências do autor, quando afirma que os manuscritos nos quais baseamos não são confiáveis. Suas afirmativas são apelativas e Bart não é honesto em suas críticas, mas toma aquilo que lhe interessa e despreza o que está escondido à visão de leigos.

O doutor Paul Meyer, professor de História Antiga da Western Michigan University (EUA) é um dos que discorda de Bart e declara que o próprio tempo e a evolução das descobertas dão-nos uma visão e leitura mais perfeitas de todo o conteúdo bíblico, a partir de novos manuscritos descobertos, sem mudanças substanciais.

Ele analisa, por exemplo, a edição King James, de 1611, que teve como base seis manuscritos. Mas sua edição revisada de 1870 contou com dois mil originais gregos. Além desse crescimento, em termos de elementos que podem confrontar tais oposições, atualmente os estudiosos contam com nada menos que 5.700 peças inteiras ou parciais. São riquezas que podem ser usadas para comparar e chegar ao texto mais perfeito possível, levando em conta a originalidade, segundo doutor Paul, apresentado por John Rabe.

Portanto os críticos textuais utilizam regras mais exigentes e são capazes de chegar mais próximo possível das bases, argumenta o especialista. Ele diz ainda que as 2 mil variações existentes no Novo Testamento afetam somente 1% do seu conteúdo. 

De posse de grande número de manuscritos é possível chegar quase que 100% dos originais e corrigir qualquer erro de tradução que pode ter ocorrido no decorrer da história. Esta informação derruba a força que Bart tenta imprimir em seus argumentos. 

Já o doutor Timothy Paul Jones, do Seminário Batista do Sul dos EUA, também apresentado por Rabe, diz que quando Bart alega que há entre 200 mil e 400 mil variantes entre todos os manuscritos do Novo Testamento deixa a impressão que as somente 138 mil palavras do Novo Testamento são todas erradas. Indica que há muito mais diferenças nos manuscritos do que palavras, e se assim fosse não poderíamos, realmente, confiar no que o Novo Testamento diz. 

Timothy chama a atenção para a desonestidade do famoso teólogo e afirma que Bart não diz que mais de 99% dessas variantes nem mesmo se nota na sua tradução em inglês, pois envolvem somente diferenças de ortografia ou nuances do grego (que se pode detectar facilmente). São erros tão gritantes de tradução que não dariam nem mesmo para ser traduzidos, uma vez que são facilmente perceptíveis e nem mesmo daria para escreva-las novamente, tamanha a notoriedade.

Os outros 1% não tem nenhuma influência nas verdades ensinadas por Jesus no Novo Testamento. As “falhas” apontadas não tocam nem mesmo de longe no conteúdo dos ensinos de Jesus, na historicidade bíblica, nas doutrinas esboçadas no NT e na ortodoxia bíblica. 

O que Bart tenta é forçar as ondas que empurram a espuma para a margem a seguir trajeto contrário, além de ignorar a imensidão do próprio mar e se ater às pequenos blocos de espuma que somem na própria areia, sem jamais ser visto novamente.

Antônio Mesquita é jornalista, graduado em Teologia pelo Ibad; ministro do Evangelho autor dos livros Tira-dúvidas da Língua Portuguesa; Ilustrações para Enriquecer suas Mensagens; Pontos Difíceis de Entender; e Fronteira Final/CPAD; O Mundo das Palavras (Netser); e Manual do Ministério Cristão (Lopes Editora).

Bibliografia

1) O que Jesus Disse? O que Jesus não disse?: quem mudou a Bíblia e por quê?¹/Bart D. Ehrman; tradução Marcos Marcionilo – São Paulo: Prestígio, 2006).

2) Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 1728 p.

3) Comentário Bíblico, Edições Loyola, Vol 3 (Evangelhos e Atos, Cartas, Apocalipse), 3ª edição: setembro de 2001, Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 1999. 

4) Mesquita, Antônio, Pontos Difíceis de Entender/CPAD, 2006.

5) FERREIRA, Ebenézer Soares, Dificuldades Bíblicas e Outros Estudos, da União Brasileira de Escritores – Seção de Campos; Sociedade Brasileira de Romanistas; Academia Evangélica de Letras; The American Schols of Oriental Research – Casa Publicadora Batista (Edição do Autor, Campos , Rio de Janeiro, 1965).

BRUCE,  F.F. Paulo Apóstolo da Graça: Sua vida, Cartas e Teologia. Trad. Hans Udo Fchs.

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Ao aproximarmos de mais uma comemoração da revelação do SENHOR Jesus ao mundo, nota-se algumas contradições e ambiguidades, com variação de acordo com a (loja de) conveniência, interesse pessoal, comercial, político e religioso, e não do ponto de vista da piedade.

Existe uma tentativa velada de desconstruir o real significado da revelação do Messias ao mundo, conforme preconizado pelo profeta messiânico Isaías, 7 séculos antes:

´Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto’, 9.6-7.

Entretanto, a figura do Natal nada tem que ver com um Filho, pois o que temos é a substituição da figura central por um velho, por vezes mal apresentado, no mínimo, improvisado e mal-ajambrado.

Do Principado ou Governo temos a figura de um cenobita, que reaparece de vez em quando. Quanto ao Seu caráter ou aquilo que Ele representa ser, a figura mais cortejada é inonimada e carrega somente um eufemismo, mais precisamente o agnome Papai Noel.

Concernente ao extraordinário Pai da Eternidade adotou-se o simples e ordinário Papai Noel, que não entra no coração do homem, mas sorrateiramente pela chaminé!

Carrega um pesado saco cheio de pacotes, a envergar o velhinho, enquanto o Deus Forte, promete um ‘fardo leve e um jugo suave’, sob a frase restauradora: ‘Eu vos aliviarei!’.

Do cortejo de anjos, a anunciar a chegada do EmanuEl, o ‘Deus conosco’, tem-se um trenó puxado por pesadas e chifrudas renas voadoras, e diabinhos travestidos de homenzinhos verdes apopléticos, mas agora tão dóceis…

Toda a comitiva gloriosa proveniente dos Céus, a atravessar o tempo e o espaço, agora é reconstruída pela carruagem proveniente do Polo Norte.

O milagre, o extraordinário a revelar o Deus Criador, passa a ser magia, de mágica, mandraquice…, por vezes sinônimo de bruxaria.

São formas insipientes, que tentam apagar da memória, não propriamente Jesus, mas o real significado da revelação do Messias, o Cristo. A própria singeleza de coração do Deus Conosco, sofre a tentativa de câmbio, para festas cheias de luxo, cores e exuberância, sem divorciar-se da luxúria, não retratando a mensagem do Cristo Vivo, que busca tirar o homem da efêmera existência humana, para a gloriosa Vida Eterna, a levar centenas de embriagados pela cilada dos hominhos de verde, escondidos nos bosques, ao redor da deusa Azera, na festa, à moda Dionísio.

‘Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido’, Lc 19.10.

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Por meio da própria ação norteada por espíritos, o médium de Goiás pode alegar que as mulheres não tiveram relações com ele propriamente, mas com as entidades incorporadas nele, mesmo com o atrativo da personalização do atendimento, que além do próprio ocultismo também é secreto.

Embora condenado pelo cristianismo, por meio de sua regra mor, a Bíblia, especificamente pelo SENHOR Jesus, esses espíritos são denominados por suas esferas de ação. Dentre eles está o conhecido no meio como Pomba-Gira, que atuaria no desvirtuamento sexual, chamado pela Bíblia como ‘outro sexo’, adultério, pedofilia, abusos, necrofilias etc.

Seriam os tais guias espirituais, ligando a pessoa, através de marca própria, a tal egrégora, um tipo de DNA espiritualista. Segundo gurus e magos, essa entidade absorve ou emitem energias. É mais ou menos como dita a física quântica teórica, em que a pessoa absorve energias ruins de falas, ambientes, músicas etc.

SOBRENATURAL ASSOMBRA

Fatos envolvendo o depoimento do espírita apontam claramente para o sobrenatural: Escrivão quebra o braço, o filtro (fio de extensão) explode e causa gritos de susto, medo e queima frigobar, enquanto computador altera comandos aleatoriamente. A oitiva teve de ser transferida para Goiânia. (www.noticiasgospel.com.br).

Dentro dessa mesma teoria, um criminoso, por seu advogado, alegou justamente essa orientação espiritual para suas mortes sequenciais, impiedosas e implacáveis (Tribunal de Juri/Catanduva-SP, assassinato de Marisônia, 1988).

EVOLUÇÃO DOS ESPÍRITOS

Com o francês Allan Kardec veio o que justificaria intervenções como as atuais. Ele criou a teoria do periscópio, a indicar que o corpo material possue elo com o espiritual ou alma (para o espiritismo é um só elemento – dicotomia).

Então, doenças e certas disfunções seriam impregnações deixadas de reencarnações passadas no tal periscópio.

FONTES EQUIVOCADAS

Além das controvérsias de Abadânia, médiuns famosos no Brasil tiveram mortes estranhas: Zé Arigó, Edvaldo de Oliveira, Oscar Wilde, Waldemar Golvin morreram de trágicos acidentes de automobilísticos; Carmine Mirabelli, de atropelamento; Edson Queiroz, assassinado a facadas; e Gilberto Arruda foi vítima de espancamento. Chico Xavier, que começou recebendo espírito de traquinagem, ‘também era homossexual’
(Revista Lada A, em matéria que envolve o médium Gasparetto).

INCONGRUÊNCIAS

Por sua autoridade, especificamente nas questões espirituais, as Sagradas Escrituras tratam do tema. Refuta a questão da divisão entre espíritos bons e ruins, na esfera das consultas, afirmando que de uma mesma fonte não pode jorrar água doce e salgada.

Também os que morrem não mais tem ligação com os vivos, conforme o SENHOR ensina na questão da morte do mendigo Lázaro e o homem rico (Lc 16.19-31), e que não teriam maior crédito que os Escritos Sagrados (v31).

O mesmo diz respeito à suposta aparição de Samuel (1Sm 28), não sustentada pelo exame cuidadoso e responsável da hermenêutica bíblica.

Em todos os casos, Jesus confronta tais espíritos expulsando-os, sem esboçar qualquer possibilidade de contato, consulta ou familiaridade.

Em toda a Sagrada Escritura há condenação para a necromância e qualquer outro tipo de acesso a espíritos, seja de mortos ou de decaídos. Fala sobre consulta a ‘espírito de feiticeira’ (1Sm 28.8), e o profeta messiânico Isaías (8.19) é contundente quanto à incoerência ao indagar: ‘A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?’, mostrando a coerência: ‘E não recorrerá um povo ao seu Deus?’ (Espírito).

Dentre todas as evidências cristãs, o maior e mais evidente está em 2Coríntios 11: ‘E não é maravilha porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz’. A passagem alcança os envolvidos: ‘… o fim dos quais será conforme as suas obras’ (v15)

CRISTÃOS IMUNES?

‘Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência’, 1Tm 4.1-2.

MINHAS VIVÊNCIAS

Na Teologia não só estudamos a História da Igreja, mas também as religiões. Pondo-a em prática, por meio das experiências diárias e empoderações aprendemos a teleologia.

CAMPO FÉRTIL

De pais católicos romanos vivi toda a mística religiosa do sincretismo entre a igreja católica e o espiritismo. Meu pai lia Allan Kardec, e cheguei a frequentar centro espírita com minha mãe, antes de sua conversão cristã, por conta de traquinagens de espírito em minha casa.

Depois de certo tempo, um de meus irmãos passou a frequentar centro espírita, tipo umbanda. De vez em quando, minha casa virava um centro de horror dantesco. Esse pobre irmão era submetido a cenas humilhantes e não menos horripilantes por incorporações.

Sem saber o que fazer e por ignorância, a única saída era chamar um certo ‘guru’ do segmento, que passava a torturá-lo com as místicas palmas-de-são-jorge, como se o espírito estivesse sendo subjugado. Esse mesmo espírito dizia, por meu saudoso irmão, que ele era o seu cavalo.

Meu irmão teve uma existência tribulosa. Enveredou-se no mundo das drogas e acabou morrendo de forma trágica. Pouco pudemos fazer por ele. Naquela época, ainda éramos neófitos na Fé cristã.

CHARLATANISMO

Quando atuei em um dos maiores jornais do interior, acompanhei um caso de cirurgia espiritual. Embora fosse cristão, meu editor se dizia ateu, e o diretor de Redação espírita tive a liberdade de escrever o que realmente vi.

Havia testemunhado um caso típico de charlatanismo, ao menos naquelas circunstâncias. O ‘operado’ gemia de dor, sob o risco desinforme da unha da médium. Nos intervalos do risco assimétrico nas costas, em direção à coluna vertebral e os gemidos de desespero, ela passava água oxigenada que, misturada ao sangue, formava um líquido de cor assemelhada a pus, justamente a ‘deixa’ para ela vaticinar: Olha como a infecção está saindo!

SEM FRONTEIRAS

Expulsão de espíritos sempre foi uma prática comum na Igreja, antes mesmo de sua fundação por Cristo.

Em uma delas que participei, a pobre mulher carregava uma agulha espetada ao corpo: era para furar os olhos e não mais ver o espírito amedrontador, que se apresentava a ela, tipo gnomo, cabelos espetados, um verdadeiro monstrinho! Foi de arrepiar. Ele foi expulso e, caso não fosse a levaria a furar os próprios olhos.

Décadas depois estive na África do Sul. Pude visitar uma mulher com o missionário local. Ela havia sido liberta de possessão. Falei com ela e a descrição do espírito era a mesma da mulher do interior de São Paulo.

FAKE OU VERDADEIRO?!

Existem sim ações por intervenções espirituais, pois o espírito trafega acima da matéria, mas existem linhas tênues entre o que é sabotagem humana, ação da própria mente, como por sugestionamento, ação realmente espiritual e, por fim, o domicílio: Se o Espírito do Altíssimo ou o Espírito que caiu do Alto!?

DISTINÇÃO

Para determinar o certo ou errado, antes é preciso conhecer e experimentar o verdadeiro.

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EVANGÉLICOS SERIAM OS VILÕES POR CALAREM UM PARTIDO CORRUPTOR?!

Temos ditos teólogos, que levantam a voz para a sutil defesa da bandeira vermelha, distantes do vermelho sacrifical de Cristo. Não medem esforço para críticas a pastores e evangélicos em geral, por declararem abertamente a preferência pelo militar da reserva, capitão Bolsonaro.

Nem todos são tanto Bolsonaro quanto opositores à quebra de paradigmas básicos, morais e éticos de uma sociedade, de uma nação, uma pátria.

DES-ALINHAMENTO?!

Falam de alinhamento a preceitos bíblicos-cristãos, sob crítica a princípios militares, a partir da repressão à tentativa de tomada do país pela guerrilha e imposição do regime comunista em 64.

Realçam as ditas torturas nos quartéis e presídios, na épica guerrilha encabeçada por jovens guerrilheiros, treinados em países comunistas, como em Cuba.

Eles investiam contra quartéis, assaltavam bancos, impunham o medo, por meio de atos terroristas, como as Farcs e tantas outras guerrilhas, como o Sendero Luminoso no Peru, onde pastores, igrejas e cristãos (evangélicos) foram presos, seguestrados, torturados e mortos. Ouvi testemunhos assustadores em Arequipa.

CAMINHOS ESCOLHIDOS

Houve, portanto, uma disputa de poder, por meio de guerra cruel e armada, com baixas nos dois lados. Os ataques foram contra as instituições, símbolos e estruturas nacionais.

‘Talvez o grito da crise da razão iluminista, que criou o conhecimento para eliminar pessoas’ (Hanna Arendt). Está contido na ideia de que o conhecimento pode ser técnico, mas o exercício do pensamento dá sentido ao próprio ser, o ego. Não posso ser absoluto, para fazer o que acho que está certo.

RESTABELECIMENTO DA ORDEM

Depois de vencer aos ataques, as Forças Armadas dominou a situação e assumiu o poder político-administrativo
do país – caminho óbvio -, até à
normalização democrática, para ceder à eleição presidencial direta.

Caso a guerrilha vencesse, seria seguida de perseguições e milhares de mortes pelo pelotão de fuzilamento, como ocorreu em Cuba – óbvio também.

Os perdedores não se deram por vencidos e, no poder, usaram-no para anistias com pomposas e infames reparações financeiras, pois ‘os valores são rapidamente trocados na experiência do totalitarismo’ (idem).
Não foram vítimas, mas parte de um dos lados de uma guerra armada.

O LIBERALISMO

Esses teólogos, por sua escolha de lado, a esquerda (socialismo, redundância para comunismo), justamente o regime repressor, tirano, ditador e cruel contra a Igreja, seus pregadores e missionários pelo mundo, com prisões, torturas e mortes, realçadas pela crueldade. Portanto são liberais, isto é, não crêem na atualidade das doutrinas básicas cristãs, descreditando sua autoridade e relatativizando tudo.

EXEMPLO DE GUERRILHA
E CRIMES NA BÍBLIA

Temos no Novo Testamento o registro de crime de guerrilha partidária, com escolha clara por um dos dois lados.

Trata da opção entre o Filho do Pai, Jesus Cristo e pelo também ‘filho do pai’, no aramaico, Bar-Abbas. ‘E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte’, Mc 15.7.

No julgamento de JC pelo governo romano da Província da Judeia, Pôncio Pilatos, o povo ignora o seu Messias e opta cegamente por Barrabás, natural de Yafo, sul da Judeia, provável membro do partido dos Zelotes. Também é identificado como salteador e/ou assassino.

Essa organização política atacava legiões do exército romano. Barrabás foi preso após um ataque desses, em Cafarnaum, em que um soldado fora morto, conforme o texto sagrado: ‘E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte’, Mc 15.7.

REINO E NÃO IMPÉRIO

Não obstante Israel ser uma nação teocrática, e o judaísmo até tomado como adjetivo pátrio, a Bíblia silencia quanto a ação exacerbada de Barrabás, e não o toma como herói. E olha que antes dele, os heróis Judeus Martelos, os Macabeus, fizeram o mesmo, por meio da tática de guerrilha.

Isso porque o SENHOR veio para anunciar o Reino de Deus – ‘o meu Reino não é deste mundo’ – e não um império, e mostrar que aquilo que tem viés espiritual precisa ser vencido por ação igualmente espiritual. Também condenar as obras do mal e a suposta justiça que Barrabás estaria buscando, associando-se à morte, por meio de uma atividade à margem da sociedade.

Considera-se ainda os romanos como corretivo usado por Deus para condenar o pecado nacional e provocar a conversão ou volta dos israelitas a Ele, mas ‘o príncipe deste século, cegou-lhes a visão’.

Os teólogos da época, toda a classe sacerdotal, com escribas, saduceus e fariseus, e raríssimas exceções, estavam tão secularizados, que também não conseguiram separar o profano do sagrado e tornaram-se partidários, provocando dissensões, heresias, a suscetibilidade e enfraquecimento da nação, levando o povo, como consequência, ao sofrimento extremo.

JUSTIÇA FRAUDADA

Então, a premissa equivocada deles, não poderia ser concluída com sucesso. O extremo chegou a tentar eliminar Aquele que parecia apoiar os dominadores de Roma, ‘parecia’, pois a sua realidade, embora sob realces quase inquestionáveis, nem sempre é a mesma divina, uma vez que coisas que enlouquecem, aprisionam a razão

Não havia como condenar Jesus, o Cristo, não obstante uma série de acusações mentirosas apresentadas, como verdadeiros fake news, pelos religiosos, de antemão, condenados pelo SENHOR. Porém, o vulgo, insuflado por sacerdotes e opositores à atualidade sagrada, ignorantemente, clamavam contra o Messias judeu.

Esse mesmo populacho, ignorante e sem as devidas informações, privilégios das classes sacerdotais, que os incitava, aceita o (falso) ‘filho do pai’ e rejeitam, por maioria absoluta, o verdadeiro Filho do Pai, o Ungido, Enviado, Cristo.

Faltou ao povo líderes para levá-lo ao conhecimento e escapar do vaticínio: ‘Eis que o meu povo está sendo arruinado porque lhe falta conhecimento da Palavra. Porquanto fostes negligentes no ensino…’, Os 4.6. Eles estavam justamente com ausência de orientação, aio, guia, como ovelhas sem pastor, sob uma pedagogia sem ‘pai’, equivocada e sem aprendizagem.

Hanna fala do holocausto hitleriano e alerta sobre a troca do obedecer pelo apoiar, como meio de antever a justificativa do ‘eu não sabia’.

Finalmente sofreram as duras consequências de suas escolhas, empurrados até ao reduto montanhoso de Massada, onde foram massacrados pelos romanos, após destruição total de seu centro sagrado, o Templo de Jerusalém, a própria pátria, e serem desterrados. Nos encombros do monte no deserto da Judeia, hoje eles fazem o juramento:
– Massada, nunca mais!

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PUBLICO CRENTE

Com o artigo intrigante Essa gente incômoda (Veja, 29/set/17), o jornalista J. R. Guzzo teria atacado os cristãos (evangélicos). Não pude escrever este artigo antes, mas insisti hoje, em função das inúmeras contradições na interpretação de seu texto, composto de sutilezas e ironias, imperceptíveis a muitos.

Em primeiro momento, em função das constantes perseguições e incompreensões sofridas pela igreja, por uma sociedade liberal, progressista e tão hedonista, portanto distante das bases cristãs, o artigo soou como intolerante.

Porém, busquei primeiro a identidade do jornalista e pude perceber que suas críticas não estão tão distantes dos conceitos judaicos-cristãos. Em novembro de 2012, Guzzo se viu envolvido em uma polêmica, em torno do artigo Parada gay, cabra e espinafre, também na Veja, cujo teor foi considerado homofóbico. Ele foi questionado por um militante gay da Câmara Federal, que o chama de imbecil. Aí é preciso analisar quem fala de quem!

Percebe-se então, que o seu discurso não indica o que em primeiro momento vê-se, sem uma análise mais debruçada sobre o texto. Se dissesse aquilo que muitos pensaram, o autor se mostraria incoerente, prática observada e detestável no meio jornalístico.

Em seu texto, ele assume o sujeito da crítica, mas a analisar a situação relativa ao crescimento dos Evangélicos e a reação do segmento social, que “se acha” dominadora e dona da razão. Sua conclusão mostra a realidade: O crescimento cristão incomoda muita gente! Ninguém ignora tudo isto.

Sua direção é perceptível no início de seu texto, quando ele diz que a dita elite, descrita por uma lista de adjetivos, tem a esquerda entronizada em seu meio. Também afirma que a mídia, sob forte influência da esquerda, não produz nada que diz respeito a evangélicos, sem alinhavar algo ruim e ameaçador.

No artigo temos o retrato da situação sociológica da posição dos cristãos evangélicos, diante de ricos, poderosos, e os chamados intelectuais, incomodados com o crescimento dessa Fé. Nesse antro representativo está a esquerda, o comunismo gramscismo-maquiavélico.

Toda essa tentativa de castração faz parte de uma suposta liberdade religiosa, enquanto a pluralidade faz-se presente entre os próprios cristãos evangélicos, a tornar-se um verdadeiro calcanhar de Aquiles à vida libertina desses intelectuais do fabianismo.

Agora, a crítica!

Por outro lado, admitimos que essa Boa-Notícia, o Evangelho do Reino, atrai muito mais os desesperançosos e envolve os pequenos, esquecidos, pobres e marginalizados pela sociedade. Esta realidade está de acordo com o texto dito pelo SENHOR: “Graças te dou, ó Pai, SENHOR do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11.25).

Também concordamos com o joio em meio ao trigo, sem que haja lei ou força, que o possa separá-lo conforme frisa o autor e antecipado por Jesus (Mt 13.36-43). Esse incômodo, representado pelos oportunistas de forma disfarçada ou abertamente, destros em simonia, já preconizados pela Palavra (“cuidando que a piedade seja causa de ganho”, 1Tm 6.5), é crítica universal entre nós cristãos, não é mesmo?!

Sei que pessoas do clero e leigos se apressaram em responder à suposta crítica, mas por força da pressão que incorremos a cada dia. O título do texto sugere isto, mas forma o gancho jornalístico, técnica para levar à leitura – e deu certo!

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TATUAGEM presos

Alguns exemplos de tatuagens e suas mensagens/significados entre presidiários

Existe uma única passagem direta na Bíblia acerca da  tatuagem. Está em Levítico 19.28: ‘Não fareis tatuagem em vós’.

A primeira parte do versículo trata do rito de luto. Entre os pagãos consistia em incisões e cortes pelo corpo, a constituir manifestação violenta e sentimento de dor. Indicava o desespero diante da morte do parente do morto (21.5 e Dt 14.1).

Apóstolo Paulo faz essa referência de forma indireta e exorta os cristãos a não serem ‘ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não tem esperança’, 1Ts 4.13.

Embora possa parecer que a tatuagem diz respeito à primeira parte do versículo e restrita ao rito de luto, a tradução do hebraico (abaixo) deixa claro existir duas e distintas proibições:

‘Não dareis arranhão em vossa carne por um ser. Não colocareis sobre vós nem inscrição nem tatuagem’.

Dentro do mesmo tema, o texto se estende a outra circunstância totalmente nova, mas semelhante quanto a ação de marcar o corpo, não obstante ser outro caso. Os povos vizinhos de Israel marcavam a pele com os nomes ou símbolos de seus deuses (Dt 14.2).

Cristãos não seguem a Lei. Ela foi dada a Israel com especificidades e propósito, para o nascimento do Messias, mas nem tudo da Lei foi ab-rogado, como, por exemplo, os Mandamentos.

Consideremos ainda o princípio, a origem, objetivos e significados, para chegarmos à aceitação, proibição ou não de incisões de marcas no corpo humano, e se convém ou não (1Co 6.12).

MOTIVAÇÃO

A tatuagem tem vários significados e motivações. Pode indicar autoafirmação, demonstração de independência, pertencimento, membro de facção e/ou de grupos criminosos, presos e suas respectivas áreas de atuação, e ainda rebeldia.

Pode ainda apontar timidez, encobrir falhas, desejo de ser notado, distinção, N.A. (Necessidade de Aparecer), sentido de ser único e/ou exclusivo, ‘poder’…

CORPO SEPARADO (DOS DEMAIS)

Mesmo sem fazer alusão direta ao tema, a Bíblia incentiva o cristão a manter o corpo como santo:  ‘Apresente o seu corpo como sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus’, em um culto capitaneado pela razão (Rm 12.1). Santo, além da indicação comum, com a noção  de ‘separado’ (para uma atividade específica), no hebraico significa ‘inteiramente outro’ (kadoshi).

Com o princípio de ‘marcar, manchar’, e a ideia de alterar a natureza, para moldar ou destacar-se, por meio da modificação do corpo, a tatuagem também foi condenada pelo catolicismo romano, com forte perseguição na Idade Média.

MODISMO, PERSONALISMO OU FALTA DE PERSONALIDADE?!

Destacada no presente século, por artistas e jogadores de futebol, as tatuagens só eram usadas, até o século passado, portanto há poucas décadas, para indicar marginais.

Eram exclusivas de presídios, a indicar o tipo de crime praticado: Tráfico (três pontos a formar um triângulo); Furto (quadrado formado por quatro pontos); Estupro (dois pontos horizontais na mão, entre o polegar e indicador); Matador de policial (caveira com punhal cravado); Proteção, violentado ou estuprador (Sra. Aparecida); Homossexual (pinta no rosto, São Sebastião ou borboleta, que ainda indica fuga ou liberdade)…

MENSAGEM

Tatuagem é um ícone, um meio de comunicação, assim como a fala e a escrita, sempre com uma mensagem implícita de caráter/personalidade, revelação e/ou de suposta libertação de traumas…, mas sempre a revelar alguma coisa ou o por quê.

Os astecas, dentre outros povos místicos usavam carrancas, para espantar e expulsar males. Animais podiam indicar poder. Fatos misticos podiam estar em árvores e flores, sol, lua, olho (de Orus)…, como no antigo Egito, com seus símbolos místicos e figuras de seus deuses gravadas.

Nesse meio existe muita tradição religiosa de cunho espírita, portanto, a indicar entidades e tradições  espirituais, com principados e potestades.

ARREPENDIMENTO
Em geral, a tatuagem é buscada durante a adolescência ou em fase etária próxima. É momento de buscas e demonstrações de independência, autoestima etc. Porém, é de domínio geral que, essa fase não é permanente, mas passageira e de arrependimentos do que se fez e não se fez.

Então, é bom lembrar que a tatuagem é  permanente e não contempla o arrependimento de uma figura que se tornará cansativa, não mais ligada a pessoa, do que não mais estará em voga, fora de moda etc.

Também deve-se ponderar quanto a gravação de foto de namorada, nomes e figuras, que poderão sofrer apelo de  alterações com o decorrer do tempo. Ainda poderá ficar fora do design do corpo, com mais ou menos volume (peso); pele envelhecida, com ou sem rugas, a alterar o visual com o passar do tempo.

Já convivi com pessoa que daria tudo para retirar tatuagens por causa da discriminação, em especial na hora de buscar um emprego, por exemplo. Neste caso, existe uma saída: a remoção da mesma. Mas o custo da cirurgia plástica é alto e causa dor. Existem informações de pessoas que se arrependem depois de velhas.

PESQUISA x MOTIVAÇÃO

Entre aqueles que possuem uma tatuagem, a maioria afirma não ter se arrependido de fazê-la (86%) e três em cada dez dizem que ter uma tatuagem os faz sentir mais sexys (30%), rebeldes (25%), saudáveis (9%), inteligentes (8%) e, finalmente, mais atléticos (5%) (The Harris Poll, 2012).

Entre os que não se tatuam, as opiniões são as seguintes: ‘Pelo menos dois em cada cinco dizem que as pessoas com tatuagens são menos atraentes (45%) ou sexys (39%). Um quarto diz que as pessoas com tatuagens são menos inteligentes (27%), possuem menor grau de saúde (25%) e de espiritualidade (25%). E, para finalizar, metade das pessoas sem uma tatuagem afirma sentir as pessoas com tatuagens como sendo mais rebeldes (50%) (The Harris Poll, 2012)’.

TATUAGEM monstro

Em geral as tatuagens são regidas, com fins específicos, pelas forças ocultistas. Estas são conhecidas por líderes desse meio como egrégoras. Esta definição derivada do grego significa ‘velar, vigiar’, a contemplar força espiritual formada pela soma de energias mentais e emocionais, como resultado da junção ou ajuntamento de duas ou mais pessoas.

Neste caso, cada tatuagem tem a orientação de guias espirituais e respectivo significado, ligando a pessoa, através da marca, a tal egrégora, por um DNA espiritualista, como forma de absorver energias, afirmam seus gurus e magos.

Algumas tatuagens tem a função própria de atrair entidades espirituais, sob influência do mundo astral, com propósitos específicos. No mundo espiritual há regências por autoridades, sob domínios de principados, como no caso do divino (leia Daniel 10.2-6,13-21). O SENHOR rege a todos, como ‘Deus dos espíritos’ (Nm 16.22).

Essa dominação aponta para o risco de mostrar-se fora de autoridade espiritual, apontando ao apelo de necessária consulta antes de se tomar decisões duvidosas, para não por-se sob outros domínios (leia Romanos 13.1-2 e Hebreus 13.7; 13.17).

De igual forma existem ícones de guias espirituais na umbamba, candomblé, e outros segmentos espiritualistas, alguns destacados por seriados e por  pessoas famosas, provenientes da Índia, dos celtas, vikings, filosofias espiritualistas orientais…

CASOS DE PÂNICO

Existem casos de pânico sofrido em função de figuras tatuadas no corpo, com registros dessa aflição, provocada pela Síndrome do Pânico. A pessoa sente-se perseguida pela própria figura tatuada em seu corpo ou por alguma coisa não identificada, e entra em aflitivo desespero.

FOCO BÍBLICO

Na Bíblia o direcionamento é direto e o texto, que trata da tatuagem ou marcas no corpo, é distinto do contexto imediatamente anterior, que fala do suplício funeral.

TRADUÇÕES

As traduções não são unânimes em termos de igualdade frasal, mas sempre com a mesma indicação, a lançar luz sobre o texto, mais clara que outra.

‘Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. EU SOU o SENHOR’ (grifo meu). João Ferreira de Almeida, ERC, SBB, 1969.

Na Bíblia de Jerusalém (Nova edição, revista, Paulus): ‘Não fareis incisões no corpo por algum morto e não fareis nenhuma tatuagem’. EU SOU Ihvweh’ (grifo meu).

No hebraico, maior autoridade de tradução, as duas sentenças estão separados por frases distintas e ponto-final – Chouraque, André 1917. Titulo: Ele Clama… (Levítico). IV. Serie. -: A primeira diz de cortes, incisões ou arranhões; a segunda sobre ‘inscrição’ e ‘tatuagem’ (Lv 19.28).

DECISÃO

Tatuagem, a exemplo de tantos outros modismos, não tem apoio nos referencias cristãos, senão negativo. Não soma e é, no mínimo, uma atitude duvidosa do ponto de vista de sua aprovação, além de risco nas questões de relacionamento psicossocial.

Entretanto, como cada um dará conta de si mesmo, por sermos dotados de inteligência, poder de decisão, e fiscalizados pela própria consciência (leia Romanos 2.11-15), naquilo em que não há regras determinantes, no ponto de vista pessoal, torna-se iniciativa de foro íntimo. Tenho dito!

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CEIA DO SENHOR

Para comemorar a passagem (por cima) da escravidão do Egito, rumo à Terra Prometida (Canaã), os judeus comemoraram, pela primeira vez, a Páscoa (Ex 12 e 13).

Foi o pacto da (Velha) Aliança com Deus e Moisés, no Monte Sinai. Então, em todo o mês de Nisã, também conhecido por Abibe, entre março e abril de nosso calendário, a festa exclusivamente judaica, é comemorada. O Redentor é o próprio Deus.

Este mês marca o início do ano aos israelitas (‘será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dia meses do ano’, Ex 12.2), como símbolo de nova vida ou ano novo religioso, diferente do civil, que começa em setembro.

BASES DA PÁSCOA

É composta de um cordeiro – diferente do carneiro, pois aquele é solteiro, puro, este não -, de até um ano. O animal é sacrificado ao SENHOR e sua carne comida entre a família. Caso seja uma família pequena, menos de com oito, o número poderá ser completado com vizinho.

Este mesmo cordeiro teria de ser limpo, sem manchas no pêlo, sem nenhum vestígio de imperfeição ou doença. Era minuciosamente examinado pelo sacerdote judaico. O dia escolhido é o 14o. A festa é de 7 dias (Ex 13.6).

Toda degustação, sem que nada pudesse estar cru, deveria ser feita com ervas amargas. Estas para lembrar os dias amargos da escravidão no Egito. O tempo, desde a ida do escravo José, que durou 400 anos.

NOSSA ‘PÁSCOA’

Diante da Páscoa judaica, o SENHOR Jesus instituiu a Ceia do SENHOR, mas não a Páscoa. Ele instalou a Ceia como símbolo da Nova Aliança no seu sangue: O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’ (Jo 1.29 e Hb 12.24).

Neste pacto do Novo Testamento, o SENHOR come com os discípulos pão, símbolo do Seu corpo, a substituir a carne do cordeiro, e toma o suco da vide, como símbolo de Seu sangue. ‘Este é o NOVO Testamento no meu sangue’, 1Co 11.25. Neste, o Cordeiro é Jesus, o Monte é o Calvário, o Redentor é Cristo!

Como se nota, os elementos são representativos e não literais, obviamente, pois o próprio SENHOR o come e o toma, dizendo: ‘Isto” é o meu corpo'” (Mt 26.28) e não ‘Este’.

Após participarem da Ceia, o SENHOR e os discípulos cantam hinos (26.30), compostos dos salmos 113 a 118. Hino deriva-se do hebraico hallel, também raiz de Haleluia (Aleluia), Louvor ao SENHOR.

Apóstolo Paulo ao estabelecer a Ceia (Eucaristia) como parte da doutrina cristã (1Co 11.23-28), combate ajuntamento à moda pascal, com muita comilança (v17-22; 33-34).

CRISTO, A NOSSA PÁSCOA

ELE  ‘é mediador dum melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas’ (Hb 8.6),  e então, é tirado ‘o primeiro, para estabelecer o segundo’ (10.9), ‘E por isto é Mediador dum novo Testamento, para que, intervindo a morte para a remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento , os chamados tecebam a promessa da herança eterna’, Hb 9.15.

Conclui-se que a nossa Páscoa, literalmente Passagem da escravidão do mundo, para s Eternidade, é Cristo:  A Ceia é a nossa Páscoa e a maior festa cristã (1Co 5.7), e não mais fazemos mais festas com fermento velho (1Co 5.6).

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