Subsídio – LB 6/CPAD – 12maio24
1- A PALAVRA
Ela expressa o próprio Deus (da Palavra). Também o Deus do Livro ou das “Sagradas Letras” (Palavra revelada). “E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o Nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus”, Ap 19.13.
Ele é o que É, portanto, o próprio SER, o EU SOU, a Semente, o motivo, o Princípio de tudo e de todas as coisas. “Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”, Hb 11.3.
Ainda É o Princípio (o Começo, o Genes da Criação), pois “No Princípio era o Verbo (a Palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, Jo 1.1.
“O Logos é a revelação única que Deus faz de si mesmo” (Comentário Bíblico Pentecostal/CPAD). A mesma obra informa: “Aquele que é Deus agora se faz humano. Este é o significado da encarnação: O Verbo divino (a Palavra divina), o Filho de Deus, agora é divino e humano”.
Deus é a Semente de tudo. “Este é o significado da parábola: A semente é a Palavra de Deus” (Lc 8.11). Paulo, o apóstolo, esclarece a proposta divina em Cristo conforme o texto de 1Coríntios 15. Se plantarmos semente espiritual, colheremos corpo espiritual e não carnal (1Co 15.42-50).
Apóstolo Paulo também enfatiza a existência de corpos da carne, como Adão, almas viventes (existentes), gerados na carne. Entretanto, o último Adão – Cristo – foi gerado pela Palavra no Espírito, “em espírito vivificante” (1Co 15.45).
A- A PALAVRA NA CABEÇA (NA TESTEIRA)
“Ponde pois estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos”, Dt 11.18. Na versão ACF: “… para que estejam por frontais entre os vossos olhos”.
Entre os olhos, lógico que não seria de forma física, colada, pregada, escrita, mas na mente, no cérebro, na maneira pensante de ser.
Essa é a parte do cérebro humano – na direção da testa – onde localiza-se o córtex pré-frontal e que desempenha funções preponderantes para:
1- A formação de metas e objetivos;
2- O planejamento de estratégias;
3- Para a ação em busca de objetivos, alvos;
4- Onde as habilidades cognitivas são selecionadas, para que metas ou planos são executados;
5- A coordenação das habilidades;
6- Aplicação dessas buscas em uma disposição correta;
7- O gerenciamento dos movimentos voluntários, da linguagem e habilidades cognitivas.
A mente é maravilhosa/Pinterest
Portanto o chamado lóbulo frontal se localiza imediatamente atrás da testa. Segundo a fisiologia humana, “os lobos frontais são considerados o centro de controle comportamental e emocional e responsável pela personalidade”.
B- REAFIRMAÇÕES
“Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”, Hb 4.12.
“O caminho de Deus é perfeito; a Palavra do SENHOR é provada; é um escudo para todos os que Nele confiam”, Sl 18.30.
“A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices”, Sl 119.130.
“Lâmpada para os meus pés é tua Palavra e luz, para o meu caminho”, Sl 119.105.
“Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a Palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta”, Mt 13.23 (Grifos meus/iniciais maiúsculas).
2- A ORAÇÃO
A- BASES DA ORAÇÃO ENSINADAS POR JESUS
“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre.
Amém’ (Mt 6.9-13).
Oração consiste no contato expontâneo, por meio do diálogo, entre o homem e Deus. Diferente de reza, pois esta segue norma do monólogo e não expressa sentimento expontâneo e pessoal.
Como comunicação (com o Criador), para ser eficaz, deve ser estruturada com
1) Começo (Introdução);
2) Meio (Corpo, Pedido, Estrutura);
3) Fim (Conclusão).
Ela deve ser realizada em Nome de Jesus, conforme o próprio SENHOR ensinara (Jo 14.13-14,6);
Segundo a vontade divina (1Jo 5.14);
Ter o auxílio do Espírito (Rm 8.26).
a- VIGIAR
Deve ser precedida pela vigilância: ‘Vigiai e orai’ (Mt 24.41). Vigiai (do grego gregoreo), indica ‘um imperativo presente e denota uma vigília constante no tempo atual’ (Bíblia de Estudo Pentecostal, comentário de rodapé).
b- ESTRUTURA
Embora a oração possa ser classificada de Súplica (Rogo, Deprecação); Intercessão; Ação (e não ações) de Graças, suas estruturas mantém-se.
Pode ser oração de Súplica, ou de Clamor (krazo, gr). É associado a um grito de guerra.
B- JESUS NOS ENSINA
Primeira parte
ALINHAMENTO ESPIRITUAL
1) ‘Pai
2) Nosso,
3) que está nos Céus,
4) santificado
4) seja o teu Nome’.
a- DEUS É PAI
No tempo de Jesus, a definição de pai tinha abrangência muito maior e de mais importância. Pai era o chefe do clã, como Abraão.
Ele é Meu e Seu e não somente mEU! É desejo Dele que todos sejam salvos para que possa tornar-se Pai de todos, por direito em Cristo (Jo 1.11-12).
b- NOS CÉUS
Ele está acima de todos, incluindo a ideia de domínio, isto é, SENHOR de tudo e de todos.
c- SANTIFICADO
Ele é Santo, pois o seu Caráter, representado naquilo que Ele É ou representa, explícito em Seu Nome, é santo (Is 6.3). Aliás, SENHOR é Aquele que detém o domínio de tudo, e esse é o Seu Nome (Is 42.8).
d- VENHA O TEU REINO
Aqui conclui-se a primeira parte da oração, totalmente de cunho espiritual, com a nossa opinião (doxologia) sobre Ele. Quem Ele é para nós.
Equivale dizer que o Reino divino deve estar dentro de cada crente e cada um dentro do Reino, completando a suprir todas as necessidades espirituais (Buscai primeiro o Reino de Deus… as demais ‘coisas’… Mt 6.33), com
e- SEJA FEITA A TUA VONTADE
TANTO NA TERRA COMO NO CÉU.
Diz respeito ao Domínio tanto temporal e humano – na Terra -; quanto no campo espiritual – nos Céus.
Se o Reino estiver em nós teremos Paz em sua completude: Alegria, Esperança, Amor, Graça (como unção, poder), Saúde e prosperidade, isto é, a Salvação total e completa (de forma holística).
Segunda Parte
f- PROVISÃO HUMANA
5) o pão nosso
6) de cada dia
7) dá-nos hoje
Nossa preocupação deve se ater à provisão diária, sem inquietação (Mt 6.34).
8- Perdoa as nossas dívidas
9) assim como nós perdoamos
10) aos nossos devedores.
O perdão é algo de essência na vida do crente. Não há como ter equilíbrio espiritual sem perdoar. Veja Mateus 5.23-25. O perdão parte de quem foi magoado, atingido, denegrido… (Rm 15.1).
Sem essa de ‘liberar perdão’, pois é algo que diz de alguém que estaria numa fase de reencarnação, preso, à espera dessa “liberação” de perdão para prosseguir em seu karma!
Terceira parte
g- LIVRAMENTO
11) E não nos induzas à tentação
12) mas livra-nos do mal’.
Somos tentados por nossas fraquezas e por artimanhas de cunho espiritual. Não temos nenhuma condição de vencer o Reino das Trevas. Precisamos de livramentos por Ele (Ef 6.13).
Quarta Parte
h- DOXOLOGIA
Glorificação final, a nossa confissão do domínio divino: manifestação da nossa opinião de quem é o SENHOR para nós. Nossa plena confiança Nele!
13) porque teu é o Reino,
14) e o poder,
15) e a Glória,
16) para sempre. Amém!’
A oração não deve ser repetição escrita, pois seria caracterizada reza (monótona repetição).
Deve ser contida das estruturas expostas: Começo, meio e fim, ocasionar enlevo espiritual, exaltação ao SENHOR. Primeiro o espiritual e, somente depois, faz-se o pedido daquilo que é temporal.
I- SEGREDOS
“Se o teu joelho está no chão,
Teu inimigo não consegue ficar de pé” (Fica Tranquilo, Kemilly Santos)
Observe sempre que mais oração, mais poder; menos oração, menos poder!, portanto, ore!
3- O JEJUM
“…Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum”, Mc 9.29. Jejum, na visão bíblica, é a abstinência total de alimento, com o objetivo de consagração.
O jejum deve ser praticado a partir de um propósito. Contudo, não pode ser encarado como um sacrifício, pois não tem o objetivo direto de exaltação a Deus, mas a nossa aproximação a Ele. É o distanciamento da carne, pela consagração, ocasionando o enlevo espiritual, que redunda em libertação, bênçãos, progressos. Este é o propósito principal do jejum, jamais a barganha.
Ao iniciar seu ministério o SENHOR jejuou durante 40 dias, como Moisés, que por “quarenta dias e quarenta noites: não comeu pão, nem bebeu água…” (Ex 34.28)., pois como “Está escrito nem só de pão viverá o homem,…”, Lc 4.4.
A- INÍCIO E FIM
O jejum dever ter começo, meio e fim. Comece no dia anterior, após a meia-noite. Ore para o seu início e exponha o seu propósito ao SENHOR.
As lutas mais comuns que se instalam são caracterizadas por fraquezas carnais, desejos desequilibrados e paixões desenfreadas. O segredo para vencer a tudo isso está no fortalecimento do outro lado – o espiritual – alcançando o equilíbrio.
Não se entregue. Lute! Em qualquer circunstância precisamos nos consagrar a Deus: Com lutas, para vencê-las; sem lutas, para não tê-las.
Estabeleça o tempo do jejum. Determine um plano de ação. O jejum é uma luta em busca de força para vencer a carne. Portanto, pratique-o uma, três vezes por semana, em todos os domingos…, ou nos primeiro(s) dia(s) do mês, e assim por diante. Formule uma opção e comece devagar.
Se você tem dificuldade para ficar até o almoço sem comer e beber, fique até às 9 horas, se abstendo do café da manhã. Depois vai ampliando o tempo. Não prometa a Deus o que você não conseguirá cumprir.
Ao concluir o tempo, ore novamente e entregue o jejum. Se estiver entre pessoas estranhas ou sem espaço adequado para ajoelhar, ore em pensamento.
B- LIMPEZA DO ORGANISMO
É importante saber que o jejum é recomendado para a desintoxicação, intercalado com água, sucos, vegetais e frutas, do ponto de vista científico.
“O jejum ajuda no funcionamento do intestino e no processo de saída das toxinas das células”, diz o naturopata Antônio Bueno, na revista Marie Claire, página 185, julho/99.
Ele afirma ainda que “O jejum purifica o sangue, qualifica a função das células, potencializa as glândulas em geral, acalma, normaliza distúrbios metabólicos e remove toxinas profundamente localizadas”.
Jejum é abstinência total. Os muçulmanos, por exemplo, quando jejuam, nem mesmo engolem a saliva, mas não há necessidade de ser tão radical.
Se você já tem um estômago educado e come com moderação, terá mais facilidade (leia Provérbios 13.25). Mas não seja radical. O jejum deve ser feito com sabedoria e sem extremos.
Ninguém precisa saber que você está sem comer. Se, de repente, toda a sua família ficar preocupada com você, seu jejum vai servir de escândalo e perderá o propósito.
Mas nada impede de você pedir orientação ao seu pastor, a um obreiro experiente e até mesmo a um médico. Não é necessário dizer o porquê da consagração.
Pessoas que vivem dramas cruciantes, problemas que se arrastam por muito tempo, devem lembrar das considerações do SENHOR, sobre determinadas opressões, notadamente espirituais: “…Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum”, Mc 9.29.
C- EXEMPLOS BÍBLICOS
O líder de Nínive, por decreto, mesmo sem conhecer ao SENHOR conclamou
jejum geral e a grande cidade da época, foi poupada destruição (Jn 3.7).
Os judeus diante da ameaça de destruição completa sob o Império Medo-Persa, de Xerxes, também buscaram o mesmo caminho. Sob a orientação de Ester obtiveram uma tremenda inversão com gloriosa vitória (Et 4.15-16).
Outro caso a demonstrar a mudança de situação operada pelo SENHOR, em resposta ao jejuno, está em 2Crônicas, com o rei Josafá, que em tempos modernos seria o presidente Josafá.
Ele orou: ‘Se alguma desgraça nos atingir, seja o castigo da espada, seja a peste, seja a fome, nós nos colocaremos em tua presença diante deste templo, pois ele leva o teu nome, e clamaremos a ti em nossa angústia, e tu nos ouvirás e nos salvarás’, 2Cr 20.9
Com o jejum o SENHOR agiu. O profeta Jaaziel proclamou: ‘Não tenham medo’.
D- LIVRAMENTO PELA ORAÇÃO E JEJUM
John Wesley fala-nos em seu jornal sobre o poder da oração comentando sobre o dia solene de oração e jejum a que o rei da Inglaterra convocou a nação em razão da ameaça de invasão da França: “O dia de jejum foi um dia glorioso, tal como Londres raramente tinha visto desde a Restauração.
Todas as igrejas da cidade estavam superlotadas. Havia um senso de profunda reverência em cada rosto. Certamente Deus ouviu as orações e deu-nos vitória e segurança contra os inimigos”.
O risco da invasão fora afastada, criando um momento de grande alegria em todo o país.
Também o saudoso missionário Eurico Bergsten, um ícone na supervisão (bispado) e ensino nas ADs no Brasil, falava sobre o mesmo na Finlândia.
Sob a ameaça da invasão iminente da então União Soviética, as igrejas se entregaram à oração e jejum e o livramento foi igualmente posteriormente comemorado.
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