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Posts Tagged ‘Belém’

“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”.

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Pôr do sol no pantanal sul-mato-grossense (Foto que tirei durante gravação para o Programa Movimento Pentecostal) – Corumbá ao Paraguai

Com a queda do homem, a partir de Adão e Eva, nossos primeiros pais e criados pelo Senhor, o próprio Criador prometeu dar-nos uma saída para o pecado, gerador da morte. Ele prometera levantar o Salvador da semente da mulher. Assim como o Inimigo derrotou o humano, o mesmo humano (Cristo em forma humana) destruiria o sistema de domínio do mal – o reino diabólico.

A promessa se estabelecera em Gênesis 3.16: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” e a declaração da libertação está revelada em João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (até o verso 19).

Jesus Cristo – o Messias dos judeus – é anunciado pelos profetas do Velho Testamento. O mais enfático é Isaías, que viveu por volta de 740aC. Isaías chega a enfatizar o sofrimento do Senhor na cruz, em seu capítulo 53:

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca”.

Da linhagem de Judá

E Jesus nasce em Belém da Judéia, pois era descendente da linhagem de Davi – da região de Judá – de onde deveria nascer o Messias, conforme anunciado pelos profetas. Embora seus pais morassem na desprezível Galiléia, taxada pejorativamente de Galiléia das Nações ou dos Gentios, por causa da mistura de etnias, eram descendentes da Tribo de Judá e, no alistamento, imposto por Roma, tiveram de descer a Jerusalém, capital da Judéia. Lá, na vizinha cidade de Belém, nasce Jesus.

Com o alistamento, não mais havia vagas nas estalagens de Belém. As estalagens – como o próprio nome indica – eram um tipo de hotel, usado por viajantes. Como na época o transporte era por meio de cavalos, as estalagens contavam com local próprio para descanso e troca de cavalos, em especial por mensageiros – um tipo de correio.

Foi o local oferecido aos pais de Jesus – Miriam (o latinizado Maria) e José. Miriam era uma jovem, possivelmente com os seus máximos 16 anos, uma jovem-mulher e santa. Tanto ela quanto José pertenciam à linhagem de Judá.

O menino cresce ao lado do pai, um carpinteiro, mas, aos 12 anos, pouco antes de entrar para a fase adulta e de responsabilidade sócio-religiosa, que ocorre aos judeus aos 13 anos, é visto entre os mestres, os doutores da Lei (daí procede o termo tão usado hoje por especialistas em determinados segmentos) falando ‘dos negócios de meu Pai’, pois quando os pais o encontram, recebem essa resposta:

“E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa; e, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe.

Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes e conhecidos; e, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. E quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?

E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia. E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lucas 2.39-52).

Seu Nome

Ele recebeu o nome de Jesus (Salvador), o seu nome humano e Cristo, o nome divino, que significa Ungido ou Enviado por Deus (Messias). Porém, seu nome completo é Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor e Salvador, iniciais que, no grego, formam o acróstico – Ictus (o grego não tem jota, por isto inicia-se com ‘i’.  Ictus é peixe no grego, daí o símbolo-ícone usado pela Igreja primeva, inclusive como desenho de identificação, durante as perseguições.

Portanto o Senhor foi “Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor”, Rm 1.4.

Formosura e glória

Embora a visão de Isaías 53 ser muito forte e por isso mesmo levar-nos a pensar em sua representação física, como identidade perene – sem parecer nem formosura –, essa visão indica o momento durante o sofrimento na cruz, pois o Senhor manteve todas as características de um homem perfeito tanto pela santidade de Miriam e respectiva descendência, quanto pela semente do Espírito – o Unigênito do Pai (único do gênero).

Por fim, o retrato Dele à Igreja, por revelação em glória, está descrito em  Apocalipse 1.12-18:

“E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

 FELIZ NATAL

Em especial nos dias natalinos, tende-se a misturar mercado, marketing, consumismo, culminando em uma comemoração ambivalente. Entretanto, é importante não esquecer que o Filho do Criador nasceu e ‘habitou entre nós’ (Jo 1.14): construiu uma segura casa e nos convida a habitarmos nela.

Dentro dessa metáfora, está o fato de a cultura oriental manter o seu convidado em plena segurança, sem importar-se com o custo disso. No caso de Jesus Cristo, para dar-nos plena e eterna segurança, o custo foi a sua própria vida, pois “O castigo que nos traz a Paz estava sobre Ele” (profeta Isaías).

Para entender a sua mensagem, nem sempre clara nas palavras humanas, a ação criadora do ‘Haja luz’, ilumina a compreensão humana pela própria excelência de sua revelação. Com isto, os nossos efêmeros passos brilharão, até que haja abundância de conhecimento, para a experiência de uma vida próspera e acima do factual.

Portanto, a revelação de sua grandeza reduz a existência humana a uma semente, para que uma nova Vida de sublimidade possa brotar.

Nele!

Mesquita, Antônio

Ministro do Evangelho de Cristo

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Comemoração do Centenário da AD reuniu milhares em Belém. (Foto: Tarso Sarraf)

Foi-se o tempo em que a igreja precisou mudar da Rua Figueira de Melo para o Campo de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, porque o salão – um antigo depósito de açúcar – já não comportava as mais de 400 pessoas que assistiam aos cultos, sendo que muitas já os assistiam pelas janelas. E da alegria dos pioneiros quando descobriram que o número de crentes assembleianos no país já superava os 200 mil, conforme anunciava o locutor do Programa A Voz Evangélica das Assembleias de Deus, pastor Francisco Pereira do Nascimento (AD em São Cristóvão).

Com a estimativa de 22,5 milhões de membros, a Assembleia de Deus no Brasil é hoje a maior denominação pentecostal do mundo. Em segundo lugar está a Coréia do Sul com 3,1 milhões. As Assembleias de Deus no Brasil puxaram o crescimento dos evangélicos no país e, segundo projeções, deverá ultrapassar os 100 milhões em 2020.

As estimativas apontam ainda mais de 35 mil ministros e mais de 100 mil templos espalhados por todo o Brasil. Na verdade, a Assembleia de Deus está presente até mesmo nos lugares onde as estruturas governamentais não estão. 

Número de membros

Ao todo, as Assembleias de Deus têm 64 milhões de membros espalhados no mundo e 363.450 ministros, divididos entre 351.645 igrejas e presentes em 217 países. O Brasil lidera essa lista com 22,5 milhões de membros, de acordo com as estimativas da igreja nos EUA. Veja a lista dos países com os maiores números de membros (Tabela 1). 


Porcentagem em cada região

Na América Latina e Caribe, o número de membros chega a 28,8 milhões, o equivalente a 53% do total de assembleianos presentes no planeta. Estes números são ‘puxados’ pelo grande avanço no Brasil, que detém mais de 75% desse total. Veja o número de membros da Assembleia de Deus nas outras regiões do mundo (Tabela 2).

Profecia do crescimento da Igreja e do Brasil

Em uma entrevista ocorrida em 2 de abril de 1980, o saudoso pastor Rodrigo Silva Santana, reconhecido líder da igreja na Bahia, profetizou ao indicar que a fase difícil que o Brasil atravessava naquela época passaria e o país alcançaria prosperidade se abrisse suas portas à evangelização.

– “Desta forma se alcançará prosperidade e a pátria será engrandecida e enriquecida”, dissera.

Foi justamente o que aconteceu. O crescimento do país ocorreu de forma simultânea ao crescimento da Igreja e segundo projeções da Sepal o número de evangélicos deverá chegar a 50% da população brasileira e ultrapassar os 100 milhões em 2020.

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ENCARTE SOBRE HISTÓRIA DA AD

O Liberal, do Pará publica encarte especial sobre Centenário, mostra festividades no Pará e ainda histórico completo, com fotos da história da Assembleias de Deus no Brasil. 

É um belo trabalho com independência jornalística, que reconhece a ação espiritual para o crescimento da igreja, bem como o plano divino desde o envio dos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren.

A equipe do jornal (secular) está de parabéns pela cobertura e trabalho realizado, sem se deixar levar por ranços e travas religiosas.

Veja as páginas nos links abaixo:

http://www.clippingtemple2.com.br/a.php?idNoticia=31050

http://www.clippingtemple2.com.br/a.php?idNoticia=31051

 

ASSEMBLEIA DE DEUS MIRA O FUTURO

TECNOLOGIA – Emissora evangélica é a base digital para difusão do

Pentecostalismo

 O Liberal Digital, edição de 21/6/2011

O Centenário da Assembleia de Deus, celebrado no último dia 18, marca a união do povo de Deus para seguir em frente na pregação da mensagem divina, inclusive, por meio de projetos em ciência e tecnologia dessa igreja pentecostal, fundada em Belém do Pará pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, para maior veiculação do Evangelho.

Essa disposição renovada dos assembleianos foi ressaltada, ontem à noite, pelo presidente da AD, pastor Samuel Câmara, ao coordenar um culto em ação de graças com cerca de 23 mil membros de congregações da igreja no Centenário – Centro de Convenções, na avenida Augusto Montenegro.

“O povo de Deus, muitas vezes, só precisa de um motivo, de um incentivo para se unir e caminhar, e Deus escolheu o tempo certo do Centenário para unir ainda mais o povo de Deus; comemoramos o passado, e nos voltamos, agora, ao presente e ao futuro, buscando sermos eficientes como foram os fundadores da igreja até aqui”, afirmou Samuel Câmara.

O pastor destacou como dois momentos importantes na programação do Centenário a presença de cerca de 100 mil participantes da festa no estádio Mangueirão, sábado à noite, dia 18, e a presença do arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira, naquele evento, demonstrando o bom convívio dos assembleianos com a diversidade de fé, como salientou Câmara.

Mensagem

Entre os novos desafios para a Assembleia de Deus está um projeto de ciência e tecnologia para disseminar a palavra de Deus no Brasil e no mundo, por meio da TV Boas Novas.

“Esse uso da tecnologia visa levar a mensagem de Deus para as famílias, para os cidadãos brasileiros, para que os jovens tenham uma opção de fé, de responsabilidade moral e religiosa”, afirmou Samuel Câmara.

Nesse cenário de tecnologia, durante a caminhada comemorativa da chegada dos missionários fundadores da AD a Belém, a igreja deu mostra da sua força nas mídias sociais: a hastag da AD foi a segunda mais citada no twitter no Brasil.

 

CARREATA MARCA 100 ANOS DA ASSEMBLEIA

O Liberal, edição de 19/6/2011

Comemoração – Evento contou com cerca de 20 mil fiéis, vindos de vários estados do Brasil

A data de ontem será sempre lembrada pelos membros da Assembleia de Deus como aquela em que a mensagem da igreja – de uma sociedade mais fraterna a partir dos ensinamentos trazidos por Jesus Cristo à Humanidade – ganhou as ruas de Belém em uma carreata que contou com quase 20 mil pessoas em 10 mil veículos.

A carreata, comemorativa ao centenário da igreja, foi precedida por uma dramatização da chegada dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren a Belém no ano de 1910, para fundar no dia 18 de junho de 1911 a Assembleia de Deus, hoje presidida pelo pastor Samuel Câmara.

“O dia de hoje é de justiça para com Belém e com a Assembleia de Deus. A cidade é nossa e nós somos da cidade”, afirmou, emocionado, o pastor Samuel Câmara, na saída da carreata, ainda na área do porto de Belém, para seguir até o Centenário Centro de Convenções, na rodovia Augusto Montenegro, onde 5 mi fiéias aguardavam pela carreata. No local, foi celebrado um culto com a presença dos participantes que sairam da Escadinha do Cais do Porto, bem como de mais quatro pontos da Região Metropolitana de Belém: Marituba, Ananindeua, Icoaraci e Cidade Nova.

A emoção tomou conta dos membros da Asembleia de Deus quando atracou no porto de Belém uma embarcação lembrando o navio Saint Clement, que, em 1910, trouxe ao Pará os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Os dois missionários foram interpretados ontem pelos atores Kleber Almeida, como Berg, e Daniel Vieira, como Vingren.

No desembarque na área da Escadinha do Cais do Porto, os dois personagens históricos foram ovacionados por uma multidão concentrada no local, desde as primeiras horas da manhã de ontem. Muitas pessoas aproveitaram para filmar e tirar fotos da dramatização, que contou com os missionários seguindo na carreata em uma viatura do Corpo de Bombeiros. Para que esse veículo deixasse a área da Escadinha e seguisse pela avenida Presidente Vargas, no começa da carreata, foi preciso a ação da soldados do Exército Brasileiro para abrir passagem para o carro entre as pessoas no local.

“É maravilho participar dessa festa do centenário da Assembleia de Deus, porque é o Evangelho do Senhor sendo glorificado e, daqui para frente, o Evangelho vai crescer ainda mais para um País melhor e o povo de Deus mais unido”, afirmou o pastor Marcos Aurélio da Silva, da cidade de Santa Inês, interior do Maranhão.

Com bandeiras do centenário, de estados e do Brasil nos carros, vidros de carros pintados com dizeres de louvor, orações e cânticos dos fiéis, a carreata seguiu pelas avenidas Presidente Vargas, Nazaré, Magalhães Barata, Almirante Barroso, Augusto Montenegro, passando pelo estádio Mangueirão até o Centenário Centro de Convenções.

Ontem à noite, no Mangueirão, ocorreu celebração com a participação de autoridades, pregação e shows musicais. A partir das 10 horas de hoje, na Praia Grande, no Outeiro, ocorrerá batismo de 5 mil assembleianos.

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As comemorações do Centenário – completado no dia 18 de junho – teve seu ponto alto em Belém do Pará, onde a igreja começou. Mas os registros se estenderam por todo o Brasil com cultos, batismos gigantescos, oração por todo o mês de junho, passeatas, gravações de momentos históricos, apresentações, cultos em louvor ao Senhor pela data, sessões solenes em câmaras municipais, na Câmara Federal e no Senado.

As comemorações oficializadas pela CGADB iniciaram com um culto em ação de graças na Assembleia de Deus em Ananindeua, no Grande Pará, liderada pelo pastor Gilberto Marques, com o apoio do presidente da CGADB, pastor José Wellington e de toda a mesa diretora.

Em seguida, ocorreu uma sessão solene no Senado, sob a presidência do senador Crivela, da Igreja Universal. Políticos cristãos, em especial os da Assembleia de Deus marcaram presença e falaram sobre a atividade assembleiana do espiritual ao social, com o resgate de vidas de crimes e das drogas, ressocializando milhares de brasileiros. Nomes de homens e mulheres, usados poderosamente nas mãos do Senhor, durante a história da igreja, no decorrer do século, foram lembrados.

Senadores aderiram à homenagem e reconheceram a influência da igreja sobre a sociedade brasileira, como expressou o senador Flexa – @senadorflexa Senador Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação, exaltou a Igreja e ressaltou a importância da Reforma Protestante, a partir de Lutero, quando a Bíblia fora traduzida para o alemão e tornou-se acessível ao público, provocando a ascensão à Educação e cultura. Essa iniciativa ocasionou ainda a alfabetização. “Devemos tudo isso a Lutero”, reconheceu.

Falou pela liderança da Assembleia de Deus o senador Manoel Ferreira, da AD-Madureira e pastor Samuel Câmara, líder da AD em Belém do Pará. Nem o pastor José Wellington ou qualquer membro da mesa da CGADB esteve presente.

Depois foi a vez da realização de sessão solene na Câmara Federal, sob a presidência do deputado Paulo Freire. Ocorreram também vários discursos de políticos tanto assembleianos quanto outros evangélicos e não-cristãos. Todos ressaltaram a ação evangelizadora da igreja e também sua obra social, com a recuperação de milhares de vidas.

Em Belém do Pará

Na quinta-feira foi a vez da realização de sessão solene em Belém do Pará. Por iniciativa do vereador, Iran Moraes (PSB), a Câmara de Vereadores de Belém realizou a sessão no dia 15, pela manhã e ressaltou a ação da AD.

Ao abrir os trabalhos da Sessão Especial, o vereador e presidente da Câmara de Vereadores Raimundo Castro fez questão de destacar a importância da referida sessão para todos os vereadores os quais, ao aprovarem por unanimidade todas as propostas até agora apresentada em favor da AD, estavam reconhecendo o trabalho religioso e social que a AD desenvolveu em favor da população ao longo desses 100 anos.

Um dos obstáculos mais difícil de vencer foi o ensinamento da Bíblia que não existia em português no Brasil e os missionários tiveram que importar exemplares dos Estados Unidos. Mesmo assim as dificuldades continuaram porque o pastor naquela época, segundo Iran, não era bem visto e muitas Bíblias foram queimadas e, até as casas dos pastores tiveram seus telhados arrancados como forma de forçá-los a sair da capital.

Dentre as homenagens que a Câmara de Belém já prestou ao Centenário da AD, destacam-se os projetos que deram os nomes de Centenário da Assembleia de Deus à avenida que levava o nome do escritor paraense Dalcídio Jurandir; Daniel Berg ao elevado da Rua Julio Cesar com a Pedro Álvares Cabral; e Gunnar Vingren ao Park Ambiental.

O ponto de destaque da Sessão Especial foi a entrega do título em memória de cidadãos de Belém aos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Foi entregue também o título de Honra ao Mérito aos pastores Samuel Câmara e Firmino Gouveia.

Em Santa Cruz da Palmeiras

No sábado – dia 18 –, a Câmara de Vereadores de Santa Cruz da Palmeiras (SP), por iniciativa do vereador e vice-presidente Kleber Campos realizou sessão solene em comemoração ao Centenário da AD.

Os vereadores entregaram aos pastores locais uma placa comemorativa a partir do do Decreto Legislativo 02-2011, pelos 100 anos “de relevantes serviços sociais proporcionados…” por meio de “uma História de dedicação e amor ao próximo”.

A sessão foi presidida pela vereadora Celina Maria da Silva Rizzi (nome recebido em homenagem de seus pais assembleianos a irmã Celina de Albuquerque, primeira assembleiana a ser batizado no Espírito Santo), também presidente da Câmara. A solenidade contou com a participação de cristãos, mebros de igrejas, da cantora Giselle Bilter e ainda da vice-prefeita Rita Zanata, ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira, também representante do prefeito da cidade.

A convite do vereador Kleber, discursamos sobre a história das Assembleias de Deus no Brasil. Acompanhado de minha família, traçamos o resumo histórico desde os primeiros sinais da ação do Espírito Santo nos Estados Unidos, o avivamento em Los Angeles, a chamada de Daniel Berg e Gunnar Vingren, o início da igreja no Brasil e sua história.

Sessão na Câmara de Vereadores em Santa Cruz das Palmeiras, com a composição da mesa

Pastores  homenageados posam com os vereadores

Vereador Kleber discursa e traça histórico da AD

Em grande destilo

Além do reconhecimento tardio da Convenção de pastores da Igreja-Mãe pela CGADB, após 10 anos, pastor José Wellington rompeu o desacordo com pastor Samuel Câmara e esteve presente, com a mesa diretora, na abertura do evento em Belém do Pará, no dia 16.

Registraram-se grandes momentos que alegraram milhares de membros assembleianos e obreiros de todo o Brasil presentes em Belém, durante a semana de comemoração. A igreja em Belém, além de receber dezenas de assembleianos, estimados em mais de 100 mil, construiu um grande auditório em tempo recorde.

Além de passeata e show da Esquadrilha da Fumaça, a abertura do evento foi memorável. Em coreografia, centenas de pessoas se alinharam no gramado do Estádio Mangueirão e escreveram centenário. Em seguida, formaram o número 100. Após desfizeram essa figura, para formar o mapa do Brasil. Depois um navio – indicando o Navio Clement, que trouxe os pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren ao Brasil – entrou. Nele estavam dois personagens representando os pioneiros. Daniel Berg levava uma tocha e dela saia setas, indicando os Estados, visitados pela mensagem do Evangelho, a partir de Belém, pela ordem de datas.

Foto: @diego_formiga

As indicações, rumo aos Estados onde o Evangelho passou a ser pregado, após o início no Pará, formaram ‘rastros’ de fogo, que cada vez mais resplandecia a tocha. Quem viu gostou e elogiou a apresentação coreográfica no estádio.

Transmissões pela tevê

O Centenário em Belém do Pará teve cobertura jornalística das tevês Globo, tanto no Jornal Nacional quanto nas afliadas no Pará e Record, que deu espaço de mais de 3 minutos ao evento no Pará.

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Acho que o nobre amigo foi infeliz em sua tese e colocações (Centenário paralelo: uma afronta a Belém, Rui Raiol – www.ruiraiol.com.br ). As comparações, em especial com o catolicismo romano e sua romaria idolátrica é impertinente, bem como o uso de termos desconexos, expondo nossa Belém como centro de disputa e apelando como se a igreja dependesse desse enodoar.

Lamento chegarmos a patamares e níveis que evocam tanto desgrenhamento. Ainda que queiram dividir, tirar e escamotear a historicidade assembleiana e sua origem, buscariam, no mesmo grau de intensidade, subtrair a grandeza de um fato tão relevante e não menos glorioso.

Quando o irmão falou em ‘outro’ Círio, logo pensei em ‘nossos’ Círios: o Mello ou o Zibordi. Mas, para minha tristeza, não se tratava deles! De Nazaré?… De Nazaré é Jesus, irmão! Ou não seria? Pergunto a Filipe ou a Natanael?

Esse apelo soa-me como extremamente bairrista e coloca-se no mesmo nível do outro de desejo similar – não do Sul, mas do Sudeste -, além de ofuscar a história, que todos os de boa fé e mente, jamais trocarão por outra. Afinal, estamos defendendo a união ou a separação, pois a suposta forma díspar nunca existiu, senão agora!?

Quando Natanael retruca, desdenhando a capacidade de representação da nortista região da Galiléia, com a famosa indagação “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?” (Jo 1.46), estava, por tabela, atacando ao Senhor, renunciando suas raízes judaicas e se expondo como ignorante, pois o Senhor nascera em Belém de Judá.

Por isso, o Senhor responde à sua indagação, em outra parte, quando diz: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).

De novo as acusações que colocam a região em similaridade, pecam pelo mesmo motivo, pois o cristão só escapa para uma grande Salvação se renunciar à ignorância e apelar para o conhecimento (de Deus).

O realce dessa verdadeira ‘murta’ só é possível em esferas notadamente terrenais. No caso da Igreja, ela é, acima de tudo, gloriosa o tempo todo e em todo lugar, invulgar. Unida pelo Cristo e ignorada pelo Natanael humano, do verso 46 e glorificado no Natanael espiritual do verso 51 (Jo 1). Ele era um simples cobrador de impostos debaixo da figueira (v48), e um ‘grande’ Zaqueu convertido acima dela.

Ninguém implantará a visão perfeita (teleios, daí telescópio = para ver ao longe) na mente humana. Especialmente por intermédio de bisturis de frases apelativas ou por meio de infelizes colocações, senão pelo encontro com o Cristo Vivo. Foi o que ocorrera com os dois Natanaéis sob a sombra de figueiras, fora do calor, causador de verdadeiras miragens e não de visão do Reino.

Os olhos bons enxergam o Reino, porém, a simples visão humana não consegue ver senão o Império. Aquele é alcançado pelo amor, este é tomado pela força.

O que a população profana poderia fazer em relação ao sagrado? Se é que a temos como tal; se não sabe distinguir entre o santo e o profano?! Não sabe discernir o Corpo do Senhor e daí o distanciamento, a falta de liga, de aproximação, de união, de comunhão, de corpo único, “perfeitos em unidade” (Jo 17.23)!

Nem São Paulo nem São Pedro (é Paulo e Pedro!); nem Belém de Judá nem Belém do Pará…; mas Jesus e Jerusalém Celestial!

Agora, se você puder pegar um baixinho (na crença e postura) e colocá-lo em cima da figueira é possível que ele consiga ver Jesus. Este seria um ato de glória! Mas tentar afundá-lo ainda mais, empurrando-o para as profundezas do Hades, você poderá, no máximo, mostrar a ele o Céu infernal que ele busca ou confundi-lo com um Inferno celestial.

Esta não é a Missão da Fé Apostólica!

 

QUESTIONAMENTO

Gostei das suas ponderações. Concordo com a analogia do Cirio não era a analogia mais coerente para a igreja, mas é a festa religiosa mais forte e que dava para comparar, ou seja, se outras pessoas celebrassem um Círio sem os paraenses e sem a “Nazinha”… como se sentiria o povo paraense?

Não há problema em antecipara as comemorações, mas não poderiam deixar de convidar a igreja de Belém ara participar, esse é o x da questão.

Claro que a data deveria ser comemorada por todos e em todos os lugares. Não estou falando que só Belém poderia comemorar, ao contrário assim como todos podem e devem comemorar o centenário! De forma redundante falando Belém também tem este direito e jamais poderia ser deixada de fora numa questão dessa.

Certo é que a Igreja de Belém estará nas comemorações do Centenário promovida pela CGADB e o contrário nós não sabemos ainda?

Dr. Cláudio Dias

 

RESPOSTA

Olá meu caro,

No que diz respeito às manobras políticas e de interesse pessoal, o que macula a honra da própria igreja assembleiana, em especial no que diz respeito à tentativa de desviar a atenção que Belém do Pará deveria ter, assino embaixo, conforme escrevi.

Mas nós não somos católicos romanos, agremiação religiosa que tanto  perseguiu a Igreja… O que tem que ver essa comparação, essa festa e esse povo? Nenhuma! Comparações são parábolas (lançar paralelamente).

Acho que o antecipar das comemorações reflete problema sim. Isso deveria ser efetivado com a anuência e participação efetiva da igreja em Belém. A igreja foi aviltada sim. Mesmo que haja relação ríspida entre pastores José Wellington e Samuel Câmara, os membros da igreja não devem ser introduzidos a essa vergonhosa atitude de unilateralidade.

A Igreja em Belém não deveria ser propriamente convidada, mas ser parte efetiva das comemorações, o ponto principal, a iniciativa, o ápice!

Sem distinção de local, a comemoração fora das terras paraenses tira a nobreza da expressão do significado do Centenário da Assembleia de Deus, pois foi o Senhor quem escolhera o Pará e não homens. E se Ele escolhera, seja qual for o pretexto, quem é o homem para mudar tal marco!?

Infelizmente isso está ocorrendo e macula a comemoração do Centenário, pois este marco é de TODA a igreja assembleiana e não somente de um grupo.

Que o Senhor providencie meios para que aquilo que Ele mesmo escrevera não seja aviltado, menosprezado, escarnecido.

O Pará deveria ser o principal assunto das comemorações, sem nenhum esforço e tocado com muito respeito, fraternidade e união cristã, pois foi ele o escolhido para que os reflexos de tudo isso, mostrado na grandeza assembleiana hoje, fosse efetivado.

Centenário sem Pará fica capenga! Seria o mesmo que tomar tacacá sem tucupi.

Estão simplesmente querendo esvaziar a Visão dada por Deus aos pioneiros.

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Fac-símile da decisão da justiça de São Paulo

ENTENDA O CASO:

Pastor Samuel Câmara assume AD em S. José dos Campos

Pará assume igreja em SP e provoca euforia

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Templo Central da AD em São José dos Campos-SP

Segundo informações extra-oficiais, a AD em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, recebida pelo pastor Samuel Câmara, neste domingo (25/10), poderá ser pastoreada por Enaldo Brito, atual pastor do templo-central em Belém. Ele figura como um de seus homens de frente e recebeu convite do pastor Samuel, para assumir a referida igreja. Por outro lado, segundo a mesma fonte, um dos mais cotados para substituir pastor Enaldo é o “pastor de Casais da igreja”, Felipe Nunes.

Embora líder da igreja em Belém, pastor Samuel Câmara permanecerá como pastor-supervisor de todas as igrejas. E para dinamizar suas viagens semanais, na ponte Pará-Rio de Janeiro, onde são realizadas as gravações da Rede Boas Novas, no Recreio, Zona Sul do Rio, incluindo agora São José dos Campos, pastor Samuel adquiriu um avião com capacidade para seis lugares.

Sob disputa

Essa mesma igreja recebida em São José dos Campos é alvo de disputa entre o seu antigo líder e o Belenzinho (SP), que reclama seu domínio eclesial. O próprio Ministério do Belenzinho, já na época da liderança do pastor José Wellington, foi quem empossou pastor Luiz Sellari, há quase 20 anos.

Portanto, a igreja estava ligada ao Belenzinho, mas pastor Sellari declarou total autonomia, com a intenção de não mais aceitar o domínio eclesial de São Paulo. Desde então, provocou a separação e abertura de nova igreja, pastoreada por Francisco Sales e formada de membros não mais solidários ao líder e que solicitavam sua substituição havia anos.

Ainda segundo informações extra-oficiais e não confirmadas, há outros Estados, com líderes em fase de jubilação, com conversações adiantadas para que pastor Samuel assuma tais igrejas.

Clichês na web

Duro de suportar são os jargões infantis, próprios de movimentos que se iniciam, pois lançam para a ideia de um novo lado assembleiano, além de inspirar uma diáspora nas ADs. Cremos que isso seja de grupos isolados, de obreiros imaturos, sem o aval do pastor Samuel Câmara.

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Comemorar o Natal permanece como algo não completamente definitivo e ainda gera muita polêmica entre protestantes, evangélicos históricos e pentecostais, cristãos nominais, católicos apostólicos romanos e o mundo secular. A questão da exploração comercial do dia passou a ser o grande entrave para muitos. A data-símbolo do nascimento Daquele que trouxe a riqueza plena ao homem, ao resgatá-lo da prisão imposta pelo desenfreado desejo do ter, pelas paixões humanas e riquezas temporais, instituiu justamente o inverso.

São poucas as indicações que não fogem dos registros de arrogância humana, exageros, comilança, bebedice com iniciação às drogas por meio do álcool, demonstração de poder, beleza e riqueza, que realçam ainda mais a diferença entre miseráveis, pobres e ricos, religiosos cristãos natalescos e reais seguidores de Cristo.

Jesus veio ao mundo justamente para quebrar tais cercas e estabelecer a unidade por meio de sua Igreja (o Corpo de Cristo): “querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguenos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente”, Ef 4.12-14.

Porém, o desvio imposto pela maldade humana não tira o mérito da comemoração do nascimento de Jesus, seguindo padrões de modéstia e comedimento. Também deixar de comemorar o 25 de dezembro, não implica em falha alguma, pois o mérito da obra expiatória de Cristo está no todo: nascimento, ministério, julgamento e sacrifício expiatório, morte, ressurreição, ascensão e glorificação. A última fase, portanto, tornou-se a mais importante. Aliás, a grande festa cristã não é a do nascimento do Senhor, mas a de sua ressurreição – que é a “nossa Páscoa” (passagem), conforme Paulo mostra em 1Coríntios 5.7; 11.24-26.

Na verdade, a comemoração natalícia de Cristo começou com o advento da Igreja Católica Romana, no século 4, e jamais passou pelo conhecimento da Igreja Primitiva, mas sim a ressurreição, o Memorial do Senhor, a partir da ordenança: “em memória de mim” (1Co 11.24-25).

Dezembro jamais

O nono mês do calendário judaico (quisleu) se encaixa no nosso calendário entre novembro e dezembro, portanto época de chuva e frio. Em Israel é estação de inverno  com registro de chuvas (“Porque eis que passou o inverno: a chuva cessou e seu foi” e “… era o nono mês, no dia vinte do mês;… por causa das grandes chuvas. (…). Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora”, Ct 2.11 e Ed 10.9,13).

A contradição das datas está na informação que aponta para a presença de pastores e seus respectivos rebanhos nos campos, nas madrugadas, por ocasião do nascimento de Jesus (Lc 2.8).

Como vimos os judeus se protegiam à noite, em especial os pastores, por ser uma época tipicamente chuvosa – de chuvas temporãs, para a semeadura de cereais iniciadas em outubro. Era ainda tempo de intenso inverno e os pastores ficavam, portanto, impedidos de estarem nos campos no período noturno. A presença nos pastos ocorria na estação de verão, quando pastores e ovelhas se expunham livremente, o que não ocorria em dezembro.

As possíveis épocas do nascimento de Jesus

A data do nascimento de Jesus é totalmente desconhecida e ocultada pelo Criador. Com que propósito? De não estabelecer comemoração? Ou para realçar a importância da Ressurreição? Não sabemos, mas uma coisa é certa, ela pode estar situada entre junho e setembro – tempo das primeiras uvas (sivã/tamuz), verão – frutas frescas (tamuz/abe), colheita (abe/elul) e cultivo da terra (elul/tisri*).

Em Junho

Conforme notícia da BBC Brasil, postada na internet, pesquisa realizada pelo astrônomo australiano Dave Reneke, Jesus teria nascido no dia 17 de junho.

Segundo o pesquisador, a ‘estrela de Natal’ indicada na Bíblia e seguida pelos magos** (“Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo”, Mt 2.2), conforme rastreamento a partir de um software, permitiu rever o posicionamento de estrelas e planetas há milhares de anos, e analisar o ocorrido na época.

 Diferentes datas

A comemoração do Natal no dia 25 de dezembro fora instituído em 325. A Igreja Ortodoxa comemora no dia 6 de janeiro e a Igreja Armênia no dia 16 de janeiro.

Dezembro foi usado para coincidir com a comemoração do Solstício – homenagem ao deus Sol – dos romanos. Na época, Constantino, imperador Romano, já havia assumido o Império, influenciando a Igreja a partir de sua posse em 313. Constantino se impôs e foi aceito como líder maior da Igreja, que, desde então, começou a traçar novo rumo, contrariando suas origens.

Diante de tantas informações, de pessoais referenciais que servem de exemplo, paira a dúvida que nem sempre a informação desfaz. O envolvimento imposto pela própria natureza dos dias atuais também é outra razão que não nos deixa muitas opções. A tradição é ainda impressionante e, diante de tudo isso, recorremos a 1Coríntios 6.12: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. Por outro lado, uma coisa é certa: o nascimento do Senhor Jesus deve ser rememorado todos os dias, “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.  

Notas

*Os meses judaicos (calendário hebraico) não coincidem com o calendário ocidental e se registram sempre entre dois meses: iniciam no meio de um e adentra no período do seguinte.

**A Bíblia não indica que os magos eram 3 e tampouco que eram reis: “… eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém”, Mt 2.1. “Os três reis magos” é informação pertencente à tradição católica romana.

 

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