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Posts Tagged ‘Judéia’

COMO ENTENDER OS CONFLITOS

Israel é o único país democrático do Oriente Médio. Suas estruturas sociais, condições socioeconômicas, infraestrutura e saneamento básico etc, podem ser comparados aos EUA.

Quase toda a sua extensão norte-sul é costeada pelo Mar Mediterrâneo, com exceção da fronteira com o Egito e, no Sul, sua fronteira termina no Mar Vermelho.

Tem ainda outros dois mares, o Mar Morto, o mais salgado do mundo, formado na maior depressão da Terra, a 400m abaixo do nível do mar. Está a leste de Israel, na divisa com a Jordânia, e tem 80km de extensão por 18km.

Tem 35% de sal, portanto é hipersalino, com quase 10 vezes mais sal que os demais mares. Sua água abriga 16 sais minerais, formados pelos macrominerais, como sódio, cálcio e magnésio; e os microminerais, como o ferro, o zinco e o iodo.

O outro mar, na verdade um grande lago mede 19 por 13 quilômetros. Localizado ao norte, seu nome mais adequado é Lago de Genesaré, pois é totalmente de água doce, proveniente do Rio Jordão. Figura como o grande e único reservatório de água do país.

DIMENSÕES DO PAÍS

Israel ocupa 22 mil km². Corresponde ao tamanho do Estado de Sergipe, o menor Estado brasileiro. Tem pouco mais de 9 milhões de habitantes, dentre eles cerca de 1.9 milhões árabes-israelenses.

Embora esteja em área ocupada desde a Antiguidade, a partir de 2000 anos antes de Cristo, foi reconhecido como Estado moderno em 1948, pelo voto Minerva do brasileiro, o gaúcho Osvaldo Aranha, então presidente da ONU.

Os hebreus aceitaram a área, atualmente formada por 60% de deserto, que passou a abrigar os 800 mil judeus. Na época, a partilha foi para os dois Estados, mas os árabes (palestinos) não aceitaram, inclusive nas propostas seguintes. Seus territórios seriam o da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

O REINÍCIO

Tudo começou com a diáspora imposta pelos romanos. Ela foi precedida pelo ataque a Jerusalém, com a destruição do Templo judaico no Monte Moriá, onde hoje estariam as duas Mesquitas islâmicas.

Restam do Templo, o segundo e construído por Herodes, o Muro das Lamentações, e sua parte mais alta, o Pináculo do Templo.

Mapa da região (CNN)
O Muro das Lamentações, ruínas da estrutura do antigo Templo dos judeus

Em 135dC ocorreu o início da diáspora, com a expulsão dos hebreus de Jerusalém, imposta pelo imperador Adriano.

Ele determinou ainda o não uso mais da definição da região como Judeia – nome regional pelo todo -, e impôs a denominação de plishtim, que em romano se refere aos filisteus e, depois, sua derivação palestina.

PALESTINOS SERIAM REALMENTE FILISTEUS?!

Ocorre que os filisteus, que não mais existiam como povos, habitaram em suas cinco cidades-reinos, a pentápolis confederada, mais ou menos na área onde hoje é Gaza (1Sm 6.16-17).

As cinco cidades-reinos dos filisteus

Sua identificação é ímpar, conforme decifram “fontes egípcias de Medinat Habu apresentam os filisteus de elevada estatura (…). Quanto à figura, são altos, de nariz alongado, raramente barbados, possivelmente indo-europeus, não semitas”.

“Quanto à veste, usam corseletes ou couraças estriadas com faixas, talvez de couro ou metal, cruzadas sobre o peito à maneira de costelas. Vestem saiote curto, tipo escocês, listado com largas bainhas e borlas” (2).

PALESTINOS OU ÁRABES?

Por outro lado, segundo historiadores, o “desfavor da tese da origem grega para os filisteus é que não há nenhum registro documentado de historiadores gregos ou de outras culturas da época que indiquem movimento expansionista naquele sentido na época dos filisteus”.

Até mesmo para o arqueologista Aren Maeir, os questionamentos incluem os dados sobre DNA quanto essa suposta presença e definição. Ao que tudo indica, incluindo a historicidade bíblica, os filisteus foram dissolvidos em meio ao multiculturalismo.

Portanto, os denominados palestinos fazem parte da miscigenação de várias origens, formadas majoritariamente por árabes, sírios, jordanianos, egípcios, e ainda do Sudão.

Mapa da Judeia, que compreendia todo Israel

Desde a destruição de Jerusalém e do Templo dos judeus pelos romanos, no ano 70dC, houve vários domínios na então Judeia, Província do Império Romano – Iudaea -, a partir de 6aC.

Em 637dC, pouco depois de Maomé estabelecer os muçulmanos (612), foi invadida pelos árabes sarracenos, sob a liderança de Omar, o califa.

Em 1099, os Cruzados conquistam a cidade, que passou a ser administrada pelo papado católico romano.

Em 1244, Saladino volta a conquistar Jerusalém, o que já havia ocorrido em 1197. Porém, de 1260 até 1517, Jerusalém foi dominada pelos mamelucos (turcos), seguida pelos otomanos, um império formado por tribos turcas, que difundiam a religião muçulmana (islã), até os ingleses de 1917 a 1947.

ACIRRAMENTO DA INTRIGA

O estopim foi lançado pelo jornalista judeu-húngaro, Theodor Herzl. Ele passou a discutir a questão de um lar aos judeus. Nasceu então o Movimento Sionista (da volta a Israel), pela criação de um Estado. O calor aumentou com o 1o Congresso Sionista, em 1897.

Financiados por judeus ricos no mundo, os hebreus já haviam comprado terras na região, e quando os árabes perceberam já era tarde.

Essa movimentação aqueceu ainda mais a situação quando, em 1917, recebeu a promessa britânica da criação de um Estado judeu.

Os árabes da região reagiram e próximo a 1930, passaram a lutar contra a criação do Estado judaico.

Por volta de 1930, o árabe radical, Hajj Amin al-Husaini, liderou um levante. Na mesma época, a população judaica havia saltado de 18% para 27%, em apenas 3 anos.

PROPOSTA NA ONU

No dia 29 de novembro de 1947, durante a Assembleia Geral do ONU, foi aprovada a partilha das terras, entre palestinos-árabes e judeus. Estes aceitaram todas as condições impostas, mas os árabes não. Em 5 de maio de 1948 foi criado o Estado judeu.

PRIMEIRA GUERRA

Daquele ano até o seguinte, 1949, os árabes se uniram contra o recém-formado Estado hebreu, que ainda não possuía meios de defesa estruturados.

Foram atacados pelo Egito, Síria, Iraque, Líbano e Transjordânia (Jordânia). Israel venceu essa e todas as demais guerras, bem como outros ataques, dentre os quais destacamos alguns.

INTIFADAS

Na denominada Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel lutou contra guerrilheiros do Fatah, da então Organização pela Libertação da Palestina (OLP), abrigados pela Síria.

Em 1973 foi a vez da Guerra do Yom Kippur, quando Israel foi surpreendido em sua festa religiosa pela união de nações árabes.

As guerras foram seguidas de rebeliões, como as Intifadas, com os palestinos armados de paus e pedras, em 1987 e 2000.

ASCENDÊNCIA DO HAMAS

Já no ano de 1987, surgiu o grupo radical e fortemente ligado ao islã, ao setor político e sob orientação militar, o Hamas. Considerado terrorista por suas ações, o Hamas não aceita o Estado de Israel e defende sua destruição.

Suas atividades agressivas ocorrem através do ataque por milhares de mísseis, a maioria interceptada pela moderna tecnologia israelense, Iron Dome.

Com atuação questionada até mesmo por palestinos, sua forma de autoritária inclui a não observação dos direitos humanos, perseguição a críticos e a opositores políticos. Seus adversários são presos e torturados.

ATAQUES REPRIMIDOS

Desde 2008, Israel manteve a sua Força de Defesa em prontidão diante dos ataques terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica.

OPERAÇÃO CHUMBO FUNDIDO

Dezembro de 2008, ofensiva contra os disparos de foguetes do território palestino.

PILAR DEFENSIVO

Novembro de 2012, defensiva contra os grupos armados em Gaza, com 1,5 mil posições, quase 20 centros de comando, e quase mil mísseis disparados contra a Israel.

GUARDIÃO DOS MUROS

Maio de 2021: os terroristas do Hamas e Jihad Islâmica lançaram 4,3 mil mísseis contra o país.

SOBREVIVÊNCIA

Mesmo sob cativeiros e exílios, por vezes expulsos da terra de seus ancestrais, os hebreus sobreviveram diante de muitos povos hostis.

Sobreviveram aos mais implacáveis, como os seis impérios mundiais: Egípcio, Assírio, Babilônico, Medo-Persa, Grego, e Romano. Nenhum deles existem mais. Porém, o povo hebreu, de forma extraordinária e única, manteve a sua cultura, religião e língua.

A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO

Por volta do anos 1250aC, os hebreus saíram da escravidão do Egito, após 4 séculos.

Nos 40 anos de peregrinação, rumo à área de hoje, a Terra (que lhes fora) Prometida por Deus, eles receberam sua primeira Constituição (a Torá), e passaram a ser organizados como povo.

Sua primeira Constituição iniciou com os Dez Mandamentos, depois diluídos em 613 leis: 248 preceitos permitidos (positivos), e 365 não permitidos (negativos). Tudo isto forma sua ética e postura de sua organização social, de um povo civilizado.

JUÍZES E REIS

Em seus 300 anos seguintes foram governados por Juízes e, depois, por reis. O segundo rei, Davi, por volta do ano 1000aC, conquistou Jebus, capital dos jebuseus, e a transformou em Jerusalém, a capital dos hebreus. A capital passou a ser difundida como “A cidade de Davi”.

PROGRESSO EM MEIO A AREIA E PEDRAS

Sua economia é pujante, forte e admirável. O destaque fica por conta do alto desenvolvimento tecnológico. Junta-se a isso sua produção agroindustrial. Por fim uma das maiores fontes econômicas está no “leite das nações”, conforme preconizado na profecia do Livro Sagrado.

Por Jesus Cristo, “o teu Salvador”, o turismo Israel tornou-se fonte poderosa de renda: “E mamarás o leite das nações e te alimentarás aos peitos dos reis; e saberás que eu sou o Senhor, o teu Salvador, e o teu Redentor, e o Possante de Jacó”, Is 60.16.

BÊNÇÃO DE ABRAÃO

“Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; e em lugar da afronta exultareis na vossa parte; por isso na sua terra possuirão o dobro, e terão perpétua alegria”, Is 61.7.

O orgulho do Estado de Israel é que as suas tecnologias podem ser usadas por toda a humanidade.

1- A Universidade de Telavive está desenvolvendo uma vacina nasal que protegerá pessoas do Alzheimer e de acidentes cérebro-vasculares.

2- O Technion, Instituto de Tecnologia (Haifa), desenvolveu exame simples de sangue capaz de detectar diferentes tipos de câncer.

3- O Centro Ichlov (Telavive) isolou uma proteína que torna desnecessária a colonoscopia para detectar câncer de cólon, com um simples exame de sangue. O câncer de cólon mata anualmente cerca de 500 mil pessoas.

4- A Acne não mata ninguém, mas causa ansiedade e insatisfação em adolescentes. O Laboratório Curlight criou uma cura mediante emissão de Raios UV – alta intensidade -, que liquida as bactérias que produzem a acne sem gerar complicações adicionais.

5- O Laboratório Given Imaging desenvolveu uma câmera minúscula em forma de pílulas que são engolidas e que transmitem milhares de fotos do trato digestivo. Estas fotos de alta qualidade (2 por segundo durante 8 horas) podem detectar pólipos, cânceres e fontes de sangramento. As fotos são enviadas a um chip que as armazena e envia a um computador. Ao final do processo, a câmera é eliminada pelo reto.

6- A Universidade Hebraica (Jerusalém) desenvolveu um neuro-estimulador elétrico (baterias) que é implantado no peito de pacientes com Parkinson, semelhante ao marcapasso. As emissões deste aparelho bloqueiam os sinais nervosos que produzem tremores.

7- O simples odor do hálito de um paciente pode detectar se um paciente tem câncer de pulmão. O Instituto Russel Berrie de Nanotecnologia criou sensores capazes de perceber e registrar 42 marcadores biológicos que indicam a presença do câncer de pulmão sem necessidade de biópsia.

8- É possível prescindir de cateterismo em muitos casos. Endopat é um dispositivo colocado entre os dedos indicadores, que pode medir o estado das artérias e prever a possibilidade de infarto nos 7 anos seguintes.

9- A Universidade de Bar Ilan estuda novo medicamento que combate vírus por via sanguínea. É chamado de Armadilha Vecoy, pois engana um vírus até conseguir sua auto-destruição. Muito útil para combater a Hepatite, e no futuro Aids e Ebola.

10- É possível que os cientistas israelenses do Centro Médico de Hadassah (Jerusalém) tenham descobertos a primeira cura de esclerose lateral amiotrófica, conhecida como Enfermidade de Lou Gehring, em um rabino ortodoxo. Stephen Hawking, famoso cientista britânico, sofria desta enfermidade e para se comunicar utilizava métodos inventados por cientistas israelenses (1).

11- O país recicla 90% de sua água residual e figura como líder mundial nessa área.

12- Tecnologia de irrigação por gotejamento, controlada por computador

Irrigação cuja intensidade da umidade é controlada por computador

(Final da década de 80, fiz reportagem na Unesp de Ilha Solteira-SP, pelo jornal Diário da Região, São José do Rio Preto-SP).

13- Não obstante seu solo ser desfavorável e pequeno, conta com cerca de 300 vinícolas. São 50 toneladas de uvas colhidas somente em 70 delas, anualmente.

14- Ainda no setor agropecuário, a média de produção do gado leiteiro supera a de outros países.

15- Israel também construiu gerador de água atmosférica, cuja tecnologia absorve água potável do próprio ar.

15- PRÊMIOS NOBEL

Quase 30% de todos os prêmios Nobel da história foi destinado a judeus.

DEUS TESTIFICA NELES!

Quando Frederico, o Grande, o rei ateu da Prússia, perguntou: ‘Você pode me dar uma prova irrefutável de Deus?’. Jean-Baptiste de Boyer, Marquês d’Argens, respondeu-lhe: ‘Sim, vossa Majestade: Os judeus!”.

Fontes: (1) – Fonte: Monica Laredo: Twitter – @MonicaLaredo2

(2) https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/15907/1/V02001-199-210.pdf

https://brasilescola.uol.com.br/amp/geografia/o-conflito-na-palestina-faixa-gaza.htm

https://www.passeidireto.com/arquivo/89539532/israel-prova-que-a-biblia-eh-a-palavra-de-deus-d-cloud

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Filisteus

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“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”.

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Pôr do sol no pantanal sul-mato-grossense (Foto que tirei durante gravação para o Programa Movimento Pentecostal) – Corumbá ao Paraguai

Com a queda do homem, a partir de Adão e Eva, nossos primeiros pais e criados pelo Senhor, o próprio Criador prometeu dar-nos uma saída para o pecado, gerador da morte. Ele prometera levantar o Salvador da semente da mulher. Assim como o Inimigo derrotou o humano, o mesmo humano (Cristo em forma humana) destruiria o sistema de domínio do mal – o reino diabólico.

A promessa se estabelecera em Gênesis 3.16: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” e a declaração da libertação está revelada em João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (até o verso 19).

Jesus Cristo – o Messias dos judeus – é anunciado pelos profetas do Velho Testamento. O mais enfático é Isaías, que viveu por volta de 740aC. Isaías chega a enfatizar o sofrimento do Senhor na cruz, em seu capítulo 53:

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca”.

Da linhagem de Judá

E Jesus nasce em Belém da Judéia, pois era descendente da linhagem de Davi – da região de Judá – de onde deveria nascer o Messias, conforme anunciado pelos profetas. Embora seus pais morassem na desprezível Galiléia, taxada pejorativamente de Galiléia das Nações ou dos Gentios, por causa da mistura de etnias, eram descendentes da Tribo de Judá e, no alistamento, imposto por Roma, tiveram de descer a Jerusalém, capital da Judéia. Lá, na vizinha cidade de Belém, nasce Jesus.

Com o alistamento, não mais havia vagas nas estalagens de Belém. As estalagens – como o próprio nome indica – eram um tipo de hotel, usado por viajantes. Como na época o transporte era por meio de cavalos, as estalagens contavam com local próprio para descanso e troca de cavalos, em especial por mensageiros – um tipo de correio.

Foi o local oferecido aos pais de Jesus – Miriam (o latinizado Maria) e José. Miriam era uma jovem, possivelmente com os seus máximos 16 anos, uma jovem-mulher e santa. Tanto ela quanto José pertenciam à linhagem de Judá.

O menino cresce ao lado do pai, um carpinteiro, mas, aos 12 anos, pouco antes de entrar para a fase adulta e de responsabilidade sócio-religiosa, que ocorre aos judeus aos 13 anos, é visto entre os mestres, os doutores da Lei (daí procede o termo tão usado hoje por especialistas em determinados segmentos) falando ‘dos negócios de meu Pai’, pois quando os pais o encontram, recebem essa resposta:

“E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa; e, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe.

Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes e conhecidos; e, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. E quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?

E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia. E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lucas 2.39-52).

Seu Nome

Ele recebeu o nome de Jesus (Salvador), o seu nome humano e Cristo, o nome divino, que significa Ungido ou Enviado por Deus (Messias). Porém, seu nome completo é Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor e Salvador, iniciais que, no grego, formam o acróstico – Ictus (o grego não tem jota, por isto inicia-se com ‘i’.  Ictus é peixe no grego, daí o símbolo-ícone usado pela Igreja primeva, inclusive como desenho de identificação, durante as perseguições.

Portanto o Senhor foi “Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor”, Rm 1.4.

Formosura e glória

Embora a visão de Isaías 53 ser muito forte e por isso mesmo levar-nos a pensar em sua representação física, como identidade perene – sem parecer nem formosura –, essa visão indica o momento durante o sofrimento na cruz, pois o Senhor manteve todas as características de um homem perfeito tanto pela santidade de Miriam e respectiva descendência, quanto pela semente do Espírito – o Unigênito do Pai (único do gênero).

Por fim, o retrato Dele à Igreja, por revelação em glória, está descrito em  Apocalipse 1.12-18:

“E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

 FELIZ NATAL

Em especial nos dias natalinos, tende-se a misturar mercado, marketing, consumismo, culminando em uma comemoração ambivalente. Entretanto, é importante não esquecer que o Filho do Criador nasceu e ‘habitou entre nós’ (Jo 1.14): construiu uma segura casa e nos convida a habitarmos nela.

Dentro dessa metáfora, está o fato de a cultura oriental manter o seu convidado em plena segurança, sem importar-se com o custo disso. No caso de Jesus Cristo, para dar-nos plena e eterna segurança, o custo foi a sua própria vida, pois “O castigo que nos traz a Paz estava sobre Ele” (profeta Isaías).

Para entender a sua mensagem, nem sempre clara nas palavras humanas, a ação criadora do ‘Haja luz’, ilumina a compreensão humana pela própria excelência de sua revelação. Com isto, os nossos efêmeros passos brilharão, até que haja abundância de conhecimento, para a experiência de uma vida próspera e acima do factual.

Portanto, a revelação de sua grandeza reduz a existência humana a uma semente, para que uma nova Vida de sublimidade possa brotar.

Nele!

Mesquita, Antônio

Ministro do Evangelho de Cristo

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