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Posts Tagged ‘regeneração’

Lição Bíblica 3/CPAD 5maio2024

O Diabo

Inimigo do seguidor de Cristo

TEMPOS SELVAGENS

Apóstolo Paulo fala em Timóteo sobre os ‘dias trabalhosos’ do fim, frase que pode ser traduzida como ‘dias selvagens’ (2Tm 3.1-5). Todas as ações do Inimigo e seus asseclas traduzem isso.

Sua materialização se dá por ação humana: sacrifício de animais (que recentemente o STF homologou, aprovou), de crianças, e ainda atitudes humanas, que vão ao encontro a sua própria natureza, transformando o humano – por suas atitudes -, pior que animais.

Ao ressaltar isso, o homem é animalizado e, por sua vez, o próprio homem acaba humanizando o animal. Isto está previsto na tentativa da ideologia de esquerda, em pauta no Congresso brasileiro.

Trata-se da Mudança do Código Civil, que aborda uma série de questões, “desde o reconhecimento dos animais como seres sencientes até a alteração dos direitos da criança e da definição de família e ataque à nossa liberdade” (CitizenGO).

“Senciente é reconhecer que ele é capaz de sentir, de vivenciar sentimentos como dor, angústia, solidão, amor, alegria, raiva, etc” (Jusbrasil).

OS ATUAIS ISMOS

O Progressismo, Pluralismo, o Ativismo ideológico etc, são expostos ‘publicamente em oposição’ (Leia 2Tessalonicenses 2.4), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, enfrentam com ‘garras’ e dentes afiados os princípios judaico-cristãos, com a notável tentativa de reduzi-los.

Em 2Timóteo 4.14-15, o apóstolo mostra a todos nós essa figura entre a lide cristã, ressaltando-a como causadora “de muitos males”. Forte opositor ao exercício da fé em Cristo.

Opositor, bloqueador, impedidor são traduções do hebraico para Satã. O apóstolo chama a atenção e observa: Estejam prevenidos!

Este mesmo conselho é transmitido pelo apóstolo Pedro por semelhança através de outra construção literária: Resisti ao Diabo (1Pd 5.9), isto é, ‘escore-o e não o deixe avançar, passar’.

A CARNE E SUAS CONCUPISCÊNCIAS

Suas concupiscências são o desejo exacerbado sexual, sensualidade, volúpia, luxúria, libertinagem, erotismo, carnalidade, incontinência, ganância, ambição, cobiça…

Carne (sark ou sarx, gr) diz respeito à natureza do ser humano. Ao caído Adam, o “Terroso”, proveniente da terra (Adão) – o macho e a fêmea.

Refere-se ao tabernáculo humano (o corpo), mas ainda às limitações e fraquezas. Significa também

A- fraqueza e desejos pelo pecado (Gl 5.16-21; 4.23); a

B- natureza humana (Rm 1.3): a

C- natureza do pecado (Rm 6.6; Gl 5.1);

D- os desejos pecaminosos (Tg 1.14; Rm 5.5-6).

Portanto o homem pode ser “sarkinos”, isto é carnal, ou “pneumáticos”, de pneuma (guiado pelo) espírito (Jr 21.8; Ap 3.15-16).

O MUNDO

No sentido da indicação do texto, mundo não é propriamente o cosmo (ordem), aquilo que foi criado pelo SENHOR, mas o sistema que o domina, que o rege. Neste sentido, “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (1Jo 5.19), mas podemos vencê-lo (1Jo 5.4).

1João 2.16 ainda nos mostra que “tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”, que passa “e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

São três coisas existentes no mundo, pelas quais o pecado é gerado:

1- A Concupiscência da Carne;

2- A concupiscência dos Olhos; e

3- A Soberba da Vida.

Percebe-se que no verso 6 de Gênesis 3, essas três questões estão presentes:

1- “E, vendo a mulher que a fruta era boa para se comer” (A Concupiscência da Carne);

A- Pecados Carnais

2- “e agradável aos olhos” (A Concupiscência dos Olhos);

A- Porta de Entrada

3- “e árvore desejável para dar entendimento” (A Soberba da Vida).

A- “sobranceria (falta de modéstia) de algo em relação a outra coisa em plano mais baixo; elevação,… “sentimento de altivez, sobranceria; orgulho”.

B- Prosperidade: A prepotência humana

Durante o seu período de consagração no deserto, o SENHOR Jesus foi “tentado” nas mesmas três áreas, conforme registrado em Mateus:

1- “manda que estas pedras se transformem em pão” (Concupiscência da Carne);

2- “e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles” (Concupiscência dos Olhos);

3- “lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Aos teus anjos dará ordens” (Soberba da Vida) – Mt 4.1-11.

Caso o SENHOR fizesse o que lhe propôs o Diabo, os anjos viriam e Ele seria aplaudido pelos homens. Isto seria vaidade.

Qualquer tentação pela qual possamos passar será numa dessas três áreas:

Concupiscência da Carne;

Concupiscência dos Olhos; e a

Soberba da Vida.

VIGILÂNCIA

Mateus 26.41 não diz-nos para ‘orar e vigiar’ – nesta ordem -, mas “Vigiai e orai”. Podemos orar, mas não vigiar, porque “na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”.

COMO PORTAR-SE?

“Andai em espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”, Gl 5.16. Assim, seremos livres da concupiscência dos olhos, não nos expondo a “coisa má diante dos meus olhos”, Sl 101.3.

PRINCÍPIO DA VITÓRIA

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Veja também João 16.33.

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TEXTO BÍBLICO

‘Não tenha medo do que você está prestes a sofrer.

Saibam que o diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los,

e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.

Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida’, Ap 2.10 (NVI).

INTRODUÇÃO

Temos atualmente grande desvirtuamento dos desígnios da Igreja do SENHOR, por meio de ações inovadoras (não renovadoras) de igrejas-instituições. São quebra de paradigmas a mudar conceitos e a exigir postura não alinhada às doutrinas de essência bíblica, preestabelecidas pelos apóstolos (cf Atos 2.42). É o verdadeiro não ao ‘perseverar na doutrina’, isto é, persistir, ser constante, permanecer ou conservar-se.

Alterações das bases, a afetar a doutrina – a base da Igreja -, ocasionam modismos. Estes evoluíram a partir do século 20, em especial com a consciência praticamente universal da busca pela prosperidade. Desde a Era Industrial, quando se passou a fabricar produtos em séries, o apelo pelo TER, ofuscou a busca pelo SER.

Não se importa mais em ser verdadeiro, honesto, ético e de caráter, mas ter algo como forma de troca (de prestígio, fama…). A celebridade deixou de ser importante, para dar lugar a simples famosos, não necessariamente célebres.

Muitos entram em grande impasse ao não conseguir seguir, alcançar o resultado satisfatório desse apelo e tornam-se cristãos doentes, mesmo dentro das igrejas. São pessoas que não conseguem participar de forma racional, e muito menos espiritual, do culto. São muitas vezes espiritualistas, mas não espirituais!

São crentes que, diante da pergunta:

– O que aconteceu ou o que está havendo?, simplesmente dizem:

– Acho que… ou

– Como você está?, alguém indagará, no que ele dirá:

– Vou ‘ino’ (hino da Harpa, do Cantor Cristão, Nacional…) ou

– Vou levando, isto é, deixa a vida me levar!

Levando decepções, surpresas desagradáveis,… como se estivesse sob o ímpeto de uma enxurrada.

Para as mais diferentes perguntas:

– Como está em casa, no trabalho, no casamento ou no namoro, nas finanças, na firmeza da Fé?…, a resposta é sempre a mesma! Sem nenhuma convicção, sinal de conversão real, de experiência com Cristo ou de reações próprias de cultos oferecidos por meio da razão (cf Rm 12.1-2).

PASTOR DE OVELHAS

CONTRASTE COM O NOVO HOMEM

São claras as definições bíblicas para a re-gene-ração humana, ou seja, gerado novamente, com nova genética (origem).

Essa trans-forma-ção, ainda conforme Romanos 12.2, a indicar: transportado para outra fôrma, por meio de nova origem, é implacável. No versículo 10, do mesmo capítulo (‘Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros’), apóstolo Paulo tenta eliminar o problema existente da Igreja romana, por causa da disputa entre judeus e gentios.

Os judeus, de volta a Roma, após terem sido expulsos pelo imperador, queriam dominar a igreja. Então Paulo enfatiza que o amor fraterno (de philia) entre os cristãos deveria eliminar fronteiras, etnias, classes sociais e cidadanias temporais. O original afirma que os cristãos deveriam amar como se fossem gerados pelo mesmo ventre, a mesma mãe, isto é, consanguíneos.

Quando entendemos isto, obviamente sob o uso da razão, torna-se fácil seguir em frente: ‘Quando alguém está unido com Cristo, é uma nova pessoa; acabou-se o que é velho, e o que é novo já veio’, 2Co 5.17 (TLH).

Temos ainda o versículo em João, que trata da origem dos que são gerados novamente, não por meio da conjunção carnal, da semente (sêmen) humana, mas pela Palavra (Lc 8.11), a semente divina: ‘Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus’, 1.13 (RC).

Portanto, quando o SENHOR se manifesta e arma a sua tenda, faz a sua morada entre nós (‘habitou entre nós’, Jo 1.14), tem-se a ideia do costume oriental de receber uma visita em casa e torná-la honrada e protegida, sem que alguém possa tocá-la, importuná-la.

Vemos este costume em Salmo 133, onde a honra ao hóspede nota-se pelo azeite sobre a cabeça. Também quando Ló recebe os anjos (Gn 19.1-8) e oferece suas filhas, em troca de não ser desonrado, por meio de incapacidade de ser bom anfitrião e dar total segurança a seus hóspedes.

Decisões para a Vida!

Mas para tal, é preciso tomar decisões definitivas a ponto de deixar o passado para trás, conforme Filipenses 3.10-16,20-21: ‘Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dos mortos. Não que já tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Pelo que todos quantos já somos perfeitos sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo… Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas’. Esta foi à postura de Rute, a moabita, com relação a sua sogra Noemi: ‘o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus’ (Rt 1.16-19).

Aos Gálatas, o apóstolo dos Gentios mostra claramente a necessidade de transformação de criatura a filho, ao usar, em parábola, a história de Abraão, a envolver os filhos da esposa Sara e da escrava Agar: ‘… e modo algum, o filho da escrava herdará com o filho da livre’ (Gl 4.30).

PROVA: GRANDE MOMENTO!

Quando o SENHOR antecipa à igreja o teste da prova, em algumas traduções sob o vocábulo ‘tentados’ (Ap 2.10), indica prova da lealdade do crente e, por fim, saber de sua opinião (doxologia, de doxa, glória; mais logia, palavra), isto é, a sua opinião dita, falada, declarada, descrita… sobre Deus.

O SENHOR nos leva ao deserto, tendo em vista que o velho homem não aguenta deserto. Somente o novo é levado à prova, pois não se põe remendo novo em tecido velho, lembra-se?! (Ef 4.24).

Também porque o velho homem está tipificado na mistura que subiu do Egito, para o deserto com Israel, denominada de ‘populacho’, justamente os que instigaram à rebeldia e ao pecado e, por consequência, à morte! Aqueles insuflaram o povo. A Palavra manda a não se insuflar com a bebida por causa da contenda, mas se insuflar (encher de vento) do Espírito!, o Sopro divino (Ef 5.18).

O objetivo do Deserto

‘E se lembrarás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto…, para te humilhar, para te tentar (provar), para saber o que estava no teu coração, se guardarias os meus mandamentos ou não’ e ‘… para te humilhar, e para te provar, e para, no fim, TE FAZER BEM’, Dt 8.2,16 (grifo meu)

Note a grandeza da prova divina, ao conduzir o crente ao deserto (a condução é feita pela ‘Viação Espírito Santo’ (‘e foi Jesus conduzido pelo Espírito ao deserto’, Lc 4.1). O SENHOR o prova para saber o que está em sua alma (coração): Pensamento, Entendimento, Sentimento, Vontade: as Emoções, e a sua opinião sobre Ele. Você sairá do deserto exaltando-O?!).

Mesa farta no deserto!

Quando o salmos diz que ‘nada’ nos faltará, sob o domínio do Pastor, indica a presença também das dificuldades, embates, provas, lutas… Por isso, há referência de passagem pelo Vale da Morte, porém ‘Tu estás comigo’.

Nessa luta ferrenha do deserto, registra-se a bênção. Nele ocorre a mesa farta, nobre e gloriosa, na presença do(s) Inimigo(s), conforme Salmo 23. É lá também que a cabeça é ungida, e é lá ainda que aprendemos a ser ovelhas do Pastor, o SENHOR: dono, proprietário, dominador, pois a ovelha não tem garras e tampouco dentes caninos para caçar, pois todos os dias Ele leva-nos a ‘pastos verdejantes e a águas tranquilas’.

Após o teste, Ele coloca ‘uma porta aberta, e ninguém a pode fechar’; pois, mesmo ‘tendo pouca força, guardaste a minha Palavra e não negaste o meu Nome’, carta à Igreja Triunfante e vencedora, a Filadelphia, a Igreja do amor fraternal (philia) e, como creio, a Igreja do Arrebatamento!

CONCLUSÃO

Creia no milagre do deserto, pois a bênção não virá por completo antes dele! Antes de provar quem somos realmente ou a nossa convicção, por meio da opinião sobre Ele, para que ao crente liberal (generoso, pródigo), ‘ser-vos dado, boa medida, recalcada, sacudida e transbordante’ (Lc 6.38).

Boa medida é uma quantidade generosa;

recalcar é calçar novamente o conteúdo de uma saca de grãos, ou fazer pressão ao para abrir mais espaço e poder inserir o máximo de grãos;

sacudir é agitar com força em diversos sentidos, com a mesma intenção: abrir mais espaço para caber mais; e

transbordante é ter em excesso, repleto, a ponto de entornar (como diz o carioca), derramar (como diz o paulista); mais que o necessário.

Nesta experiência você vai descobrir que o SENHOR é poderoso (shaday) para fazer muito mais além do que podemos imaginar (Ef 3.20-21).

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nicodemos-jesus-novo-nascimentoTexto base: João 3.3-8:

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”.

I – Gerados

Por meio do Novo Nascimento em Cristo, o homem foi regenerado e torna-se filho de Deus, conforme João 1.1-12:

“No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no Princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da Luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse da Luz. Ali estava a Luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome”.

II – Salvos por revelação (eleição divina)

Todos os que receberam o Senhor Jesus por revelação divina (“Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”, Mt 22.14 (Ef 1.5 e 1Ts 1.4) são especiais e mantem a diferença em função de terem sido gerados diretamente pelo Espírito, sem nenhuma interferência humana:

“Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”, Jo 1.13.

Sendo assim, não é difícil notar a diferença entre os filhos da Luz e os das Trevas (cf Ef 5.6-8), pois assumem postura, diante da sociedade, totalmente diferente com cidadania pautada pelo diferencial cristão.

Esta postura se registra na Epístola de Tiago 1.16-18:

“Não erreis, meus amados irmãos. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas”.

Este texto remete para o objetivo da Carta toda, conhecida como exemplo de ‘paraenesis’, no grego indica ‘ensinamentos éticos arraigados em crenças e valores religiosos’.

“Não erreis” não é frase dirigida ao mundo, ao homem profano (em oposição ao sagrado), mas ao crente.

corrupcao1Nele não há espaço para ‘jeitinhos’ e formas humanas, corrupção de todas as formas e segmentos, como o desvio de verbas públicas, ostentação, presunção, orgulho etc.

Pretende a carta fazer com que o cristão assuma a postura de ‘influenciar e dirigir comportamentos e fundamentar ações dentro de uma compreensão de mundo e de sua ação-participação dentro dele’.

Tiago, irmão do Senhor e o líder da Igreja Primitiva, conforme vemos no Concílio (Convenção) de Atos 15, busca a mudança de comportamento de seus leitores e a principal atitude é a de condenar as más obras no que diz respeito tanto por meio de comissão quanto por omissão. Quando o crente também se omite, peca!

Porém, isto não quer dizer que o cristão sairá por aí fazendo justiça entre os homens ou por meio de homens, mas mostrar sua postura de condenação, de não aceitação de coisas erradas e ilícitas, ou ainda associar-se a tais pecados.

Na carta, Tiago mostra a diferença entre o sagrado e o profano*, a demonstrar que a obra do Senhor não tem condução de estruturas humanas, políticas, mas divina. Ele indica a existência de sabedoria animal (humana) e até a diabólica, mas que nada tem que ver com a sabedoria do Alto, isto é, a espiritual:

“Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz”, Tg 3.14-18.

Nisto tudo pode-se fica evidente que o cristão (literalmente seguidor de Cristo: de seus ensinos e tendo-o como Deus e único intercessor), mesmo enquanto restrito ao tabernáculo humano ou na carne, assume a natureza divina (2Pd 1.4), indicada pela semente da Palavra, a gerar um ser espiritual, com, inclusive, novo nome Ap 2.17; 3.12.

Assim sendo, o cristão não torna-se propriamente um super-homem, um herói** mas um homem fraco (no que diz respeito aos domínios da carne) e um novo ser fortalecido acima de matéria em Cristo, pois o espírito suplanta a matéria em tudo.

*Profano é tudo o que é secular e não sagrado, isto, consagrado ao Deus. **Herói – Deriva-se de Heros, semideus no grego e diz respeito a homem com poderes extraordinários, por meio de atos de guerra. Na Bíblia, temos uma ilustração bem próxima quando trata de Herodes, uma vez que também pode falar de homem de destaque público, que atrai para si a atenção. 

Os povos antigos acreditavam que muitos homens possuíam características divinas. Vemos isso na cultura grega, em especial. Mas também os líderes de muitos povos outorgavam para si tais títulos como os faraós e césares. Estes homens tentavam sempre apresentar em público como protagonistas de fatos mirabolantes e de atos divinos.

Essa tendência humana de buscar referência em um ser híbrido, meio homem-meio deus, sempre esteve presente na história da humanidade. Fatos extraordinários tendem a ser divinizados para que a busca possa satisfazer o ímpeto humano. Os próprios gregos admitiam que deuses geravam filhos entre humanos, como o caso de Apolo, que se apaixona por Medéia e outros do Panteão grego.

Um deles diz respeito a Hércules que, ainda bebê, teria estrangulado uma cobra em seu cesto-berço. Isso rendeu-lhe a fama de poder extraordinário e de semi-deus, como filho de Zeus (MESQUITA, Antônio, O Mundo das Palavras, Campo Grande (MS), Editora Néteser, 2012).

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Texto base: João 3.3-8:

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”.

INTRODUÇÃO

Este vocábulo usado para tratar do Novo Nascimento do homem em Cristo, indica ser gerado novamente. A própria palavra indica isto: O prefixo RE, fala de repetição, nova ocorrência; GENE, diz respeito à genética, isto é, a mensagem no código genético a indicar a origem ou as características do indivíduo, conforme sua ascendência – seus pais; e o sufixo (final da palavra), completa a ideia, que o vocábulo carrega ou o período verbal.

Fosse o tempo do verbo o gerúndio, a indicar uma ação contínua e neste caso seria regenerando, diríamos que essa forma demonstra a santificação. Ela funciona de forma contínua, a cada dia, como diz Provérbios 4.18: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. Este versículo indica a forma contínua da santificação.

I – NASCER DE NOVO

O nascer de novo é operado pelo Senhor, por meio do sopro do Espírito: “O sopro sopra onde quer”, do grego ‘pneuma pnei’ ou do latim ‘spiritus spirat’. Portanto, o nascimento em Cristo (RE-nascimento) é tão glorioso e não menos ‘misterioso quanto ao vento que sopra’.

O nascer da água e do espírito lança para a ideia da Grécia antiga, em que a água era matéria-prima de todos os elementos físicos, que constituem o mundo e o nosso corpo. Faz, portanto, alusão ao nascituro que surge da bolsa aquosa no ventre materno.

Tem-se a sombra no cego Bartimeu que, a partir do momento que passou a ver jogou a capa (de cego) fora e seguiu Jesus. Os que não enxergam a Salvação em Cristo – tão somente Nele e por Ele (cf 1Tm 2.4-6) – são os que têm os olhos cegados pelo Inimigo:

“Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure”, Jo 12.40. 

II – OPERADO POR DEUS

O Novo Nascimento em Cristo não é algo em que o homem tem participação decisiva, pois é operado pelo próprio Deus. O homem é alvo da Graça (favor divino), conforme Efésios 2.8-9.

A ação divina para o Novo Nascimento está descrita também em João 1.12-13: 

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.

Não há ação humana, assim como ocorreu com Miriam (nome hebraico da mãe do Senhor). A conceição do Senhor Jesus foi por obra do Espírito:

“Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus”, Lc 1.30-35.

Da mesma forma, a semente plantada em nós –

“Esta é, pois, a parábola: A semente é a Palavra de Deus” (Lc 8.11).

Gera a Vida no Espírito em nossa existência (humana), já a indicar a Eternidade em Cristo.

III – REDENÇÃO

No caso da Redenção, cf 1Tm 2.6, (de redimir, resgatar por determinado preço), fazemos parte ativa, pois na Redenção incluí-se a:

Conversão a indicar a mudança de rumo, de meta, caminho, a partir de nosso desejo, interesse. É sinônimo de arrependimento e “implica em ‘mudar de atitude, de procedimento, de parecer; voltar atrás em relação a compromisso assumido’. No grego é metanóia, que significa mudança completa de direção; meia-volta (MESQUITA, Antônio, O Mundo das Palavras, Campo Grande (MS), Editora Néteser, 2012).

Sobre tal discrepância entre o mundo, as coisas temporais e os fatos espirituais e eternos, Einstein disse: “Do mundo dos fatos não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores, porque estes vêm de outra região”.

Santificação. Literalmente separado (do mundo). A santificação não diz respeito a somente coisas e fatos notada mente mundanos – sempre com a medida entre o sagrado e o profano –, mas inclui-se também elementos que vivem à sombra da Igreja e não correspondem à separação, como está escrito:

“Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu”, 2Ts 3.6. Leia também 1Coríntios 1.10.

Perseverança

“Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão”, Lc 13.24.

IV- ADOÇÃO

A Salvação em Cristo é operada por meio da adoção, conforme Efésios 1.4-7:

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça”.

Na adoção não passamos a ser filhos adotivos, mas adotados, a demonstrar um processo concluído com filiação definitiva (cf Jo 1.11-12). Nela, a partir da semente gerada em nós (pela Palavra), passamos a fazer parte da família divina, em função da ‘linhagem genética divina’ e a assumir a própria natureza celestial, com a renúncia da humana e terrenal (2Pd 1.4 e Jo 17.21-23).

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Nascemos como uma complexa referência de ser, depois de sermos injetados do ventre de nossa mãe. Levamos um tapa, justamente como um alerta: Você veio à luz, acorda para a efêmera existência humana! Na verdade, a ‘suposta agressão’ se faz necessária à respiração no ‘novo mundo’. Onde estávamos, no ventre da nossa mãe, havia um ambiente propício, inclusive quanto ao sistema respiratório. Agora, a realidade é outra: a temperatura abaixou, a respiração e a alimentação dependerão de nosso esforço e aquele corpinho indefeso, mas com todas as complexidades do humano, terá de adaptar-se rapidamente ao novo ambiente.

A partir de então, o homem passa a ser um papel em branco, como dizia Locke, em adaptação à filosofia de Aristóteles. Nele passamos a imprimir os nossos anseios, cultura, jeitos, trejeitos, busca da alma – do pensamento, do sentimento, do entendimento, das nossas emoções –, nem sempre o ideal para moldar o caráter, a ética e a estética e os conceitos morais do ser humano.

Nos primeiros passos, a criança que, com um imenso esforço se levanta e cambaleando procura onde se segurar, por vezes derrubando objetos e se esfolando em outros, como quem estaria dando demonstrações de capacidades e à espera de elogios, leva as primeiras broncas, às vezes em vorazes berros.

Na próxima fase, ela quer saber de tudo o que está à sua volta e faz perguntas. Mas, novamente, sofre a interferência negativa e voraz de quem deveria reclinar-se a ela e dar-lhes as melhores explicações possíveis. Tolhimos o início do conhecimento das coisas.

Os medos

Em algumas culturas, a religiosidade impõe um amontoado de medos, o que também irá castrá-la, no futuro, de investimentos em determinadas áreas, desde o conhecimento ao investimento pessoal. As cantigas de nanar são as primeiras a meter terror em qualquer um. Totalmente indefesa e nos braços protetores dos pais (ao menos deveria), ela sofre os primeiros ataques de horror e terror, quando a mamãe canta: Bicho-papão…, Boi-boi-boi, boi da cara preta…

Quando chegamos à fase adulta, estamos longe do “ensina a criança no caminho em que deve andar, para que, quando crescer, não se desvie dele” (Provérbios), pois, dentro da realidade acima, aconselho a desviar-se do caminho ajustado.

Toda a insegurança, o medo e outras agressões vão inibir qualquer decisão e farão com que fiquemos aquém das possibilidades próprias das capacidades e possibilidades humanas. De, por exemplo, explorar a capacidade mental de cada um, pois a mente é capaz de levar o homem a 7 doutorados, gravar uma biblioteca de ‘a’ a ‘zê’ e assim por diante. Ela se abre como uma flor ao conhecimento, ao menos está predisposta a isto.

Mas a principal discrepância ocorrida, diz respeito ao distanciamento do seu Criador. Mesmo com todas as informações contrárias, é inerente ao ser humano a experiência religiosa, como fim um Ser supremo. Há um ícone no homem, que clama por um Pai Eterno. Isto é natural, histórico e cultural, não há como negar, pois é inerente ao ser humano.

As fôrmas

Até então, o homem foi moldado – tomou a fôrma – daquilo que lhe foi imposto, dentro das habilidades de sua natureza, a natureza humana. Mesmo as melhores formações, sem deformações, do ponto de vista humano, as mais cândidas possíveis, perecerão. Virão os desgastes, a velhice e depois a morte, caso não seja interceptado pela morte antes, durante o seu percurso existencial.

Tudo isto mostra-nos, a considerar a perfeição e a complexidade do ser humano, um erro de percurso, uma falha, uma interferência negativa… Isto fica muito claro quando analisamos a grandeza e a beleza da composição biológica humana. É uma maravilha! E por que tudo isto se acaba e não permanece? Ora, tem que haver um tropeço, uma falha no sistema, um erro… alguma coisa a indicar uma alteração!

Isto fica claro na queda do homem, quando seus propósitos foram desviados e seguiu-se para a auto-destruição – a morte. Por trás de toda esta avaliação clara, tem-se que se pensar em um criador, pois é inconcebível pensar que um amontoado de coisas – e no caso do ser humano de uma perfeição ímpar, embora muito complexa – não ter uma inteligência suprema por detrás de tudo.

Daí, temos uma sobrevida, uma segunda chance e algo mais perfeito ainda. Trata-se de uma saída dessa condição para outra suprema, que é a passagem do ser humano (carnal e temporal) para o ser espiritual (eterno). Como o apóstolo Paulo explica em 1Corítnios 15, quando fala em corpos, tomando os estrelares, humanos, animais e também espirituais. Ele afirma: “Se há corpos animais, há também corpos espirituais” ou seria: Se há corpos animais, porque não teria corpos espirituais!

Renascimento

Resguardando a identidade pessoal, na transformação da fôrma humana para a espiritual (cf Rm 12.1-2), temos a regeneração, descrita em duas passagens bíblicas: “… quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”; “… nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”, Mt 19.28 e Tt 3.5. Enquanto um fala da restauração de todo o complexo, Tito trata do indivíduo.

Mas, temos inúmeras passagens a indicar o novo nascimento: “… não do sangue, nem da vontade do varão, mas de Deus…”; “Aquele que não nascer de novo…”; “nos gerou de novo – sendo de novo gerados” e “sendo de novo gerados”, conforme 1Coríntios 15.45: Adão, foi feito em alma vivente”, mas o último Adão, “em espírito vivificante”, Jo 1.13; 3.3; 1Pd 1.3 e 1Co 14.45.

Todas indicam a mudança na ação da vontade humana, por meio da atividade da alma – pensamento, sentimento, entendimento – as emoções humanas. “A regeneração é uma experiência mais profunda do que o arrependimento”.

A regeneração (nova geração), isto é, gerado de novo e, portanto, de outra e nova semente, não mais humana, mas do Espírito, indica outro genes= princípio, começo. Ela é operada por Deus, pois o texto sagrado diz: “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”, Jo 1.13. Ela é integral com abrangência no ser como um todo, conforme se vê em 2Coríntios 5.17: “… nova criatura é; as coisas velhas passaram, eis que tudo se fez novo”.

Quando às dívidas (pecados) do velho homem foram anuladas, por meio da expiação de Cristo, para a remissão (remidos) do pecado: “E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircunsição da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz”, Cl 2.13-14.

Cédula (do grego cheirographon) indica documento manuscrito, onde consta uma dívida, contra nós. É semelhante à dívida no prego, na caderneta, anotada no armazém, antigamente, mas que ainda perdura em alguns lugares.

O valor do pagamento não é hipotético, mas verdadeiro, real e valoroso, pois é o “Preciso sangue de Cristo” (1Pd 1.18-19: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”.

O termo ‘resgatados’, de remidos (remissão), indica “tornar livre pelo pagamento de um resgate”, pertence à linguagem de tribunais. “… temos redenção pelo seu sangue” (Ef 1.7).

Adoção

Com o novo nascimento, temos o livre acesso à Casa do Pai pela adoção em Cristo. Não passamos a ser filhos adotivos, mas filhos adotados, isto é, declarados pelo Pai na Palavra e não gerados de forma facultativa: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”, Ef 1.5.

“Adoção é um ato de Deus que inclui o crente em sua família” e “Com a adoção, vem o despojamento de todas as relações e responsabilidade do vínculo familiar anterior”.

Essa família em que o crente é inserido, dela não fazia parte por natureza, pois somos de natureza humana, porém, o Senhor nos transportou para a natureza espiritual, conforme 1Pedro 1.4: “Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo”.

Herdeiro enxertado

De planta sem utilidade, fim, passamos a uma planta com significado, estruturas permanentes e, nesta Estrutura, eternos: “E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira”; “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhante da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”; “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus… Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai”, Rm 11.17; 8.1-4; 14-17.

Conforme a mensagem de seu Filho: “Porque o que dantes conheceu, também os predestinou para serem conforme à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”, Rm 8.29.  “… mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não toca”, 1Jo 5.18 (Rm 8.15-17,23,29).

Justificação

Justificação deriva-se do grego dikaio e é proveniente dos tribunais, com o significado de absolver o réu, conforme Romanos 8.33: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica”. Também pode indicar o alcance do veredito: “Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem dentre eles pode anunciar isto, e fazer-nos ouvir as coisas antigas? Apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem, e se ouça, e se diga: Verdade é; Faze-me lembrar; entremos juntos em juízo; conta tu as tuas razões, para que te possas justificar”, Is 43.9,26.

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