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Archive for junho \21\-03:00 2010

Já comentamos a Teoria do Espaço, Buraco ou Brecha (GAP, em inglês), a partir dos versículos 1 e 2 de Gênesis 1, expressa na Bíblia de Estudo Dake. Segundo essa teoria, houve um abismo de tempo entre os dois versículos e que esse ‘acidente’ teria sido protagonizado pelo Diabo.

Porém, a exegese não mostra possibilidade alguma para tal interpretação, mesmo que haja elevado grau de força atrativa em Isaías 14 e Ezequiel 28. Os dois textos têm endereço certo e bem definido e, portanto, reduzem a zero quaisquer tentativas de ligação entre o fato em si descrito e a possibilidade de outro acontecimento paralelo.

A crença de os versículos e 1 e 2 não estarem contidos como parte de uma narrativa sequencial dos fatos da Criação e sim como lacuna, ocorre se analisarmos a questão à luz do estilo literário moderno.

No mesmo ‘buraco’ se encaixariam milhões de anos. E este espaço seria o frenesi para argumentar o casamento entre a Criação e a Teoria da Evolução. Esta pode perfeitamente aproveitar-se dessa ‘brecha’ para inserir os seus bichinhos e movimentos, pois, necessita de milhões de anos para tal.

Jesus é somente homem, ensina Dake

Segundo Dake, Jesus veio como cem por cento homem – e tão somente – viveu e morreu como tal, ressuscitou, subiu aos Céus e voltará tal como nascera – em carne e osso.

Estes mesmos argumentos são até hoje sustentados pelos adeptos da teologia de Dake nos Estados Unidos. Esta seria a justificativa que deu sustentação à Teoria do Esvaziamento, em que o Senhor esvaziou-se de si mesmo, tomando a forma de homem.

Toma-se como base Filipenses 2.6-8: “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”.

A edição brasileira da Dake sofreu inúmeras alterações e desfigurou um pouco a obra, porém, todo o conteúdo teológico, a ideia, origem e concepção são os mesmos. Segundo informações de pessoa ligada à Dake norte-americana, a editora não autorizou nenhum tipo de alteração. Por isso, o texto chegara à CPAD totalmente traduzido e editorado por meio da Atos, parceira na edição.

Mesmo assim, o comentário Dake de Filipenses 6 e 7 diz que o Senhor “Abriu mão de sua forma divina” e que a passagem dos versículos 6 e 7 “deveria ficar assim: ‘Que, subsistindo em forma de Deus (na qual desde a eternidade Ele se mostrara aos habitantes do céu), no entanto, não considerando que devesse se apegar a essa igualdade com Deus, ou retê-la, esvaziou-se a si mesmo dela a fim de tomar a forma de servo e se tornar como os homens”’.

Apologia bíblica

Não existe nenhuma base bíblica para sustentar tal teologia. A própria exegese expressa no contexto deixa isso claro. Após o texto usado para ‘desfigurar Jesus’, temos a exaltação à divindade em Cristo: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo o nome… e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”, v9,11.

Também se a tese de Dake fosse verdadeira, a da Trindade não o seria, pois se Jesus deixou de ser Deus, a Trindade deixa de ser real. Se Jesus era Deus, e Deus é um só Nele e Ele em Deus, conforme mistério da Triunidade, logo não dá para sustentar a Teoria do Esvaziamento.

Ela ainda se revela falsa ao entendemos que Deus é Espírito, em essência (1Jo 5.6-13). Como explicar ainda o Princípio (o Começo, o Genes da Criação) de João 1, se “No Princípio era o Verbo (a Palavra), e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus”? “O Logos é a revelação única que Deus faz de si mesmo” (Comentário Bíblico Pentecostal).

A mesma obra informa: “Aquele que é Deus agora se faz humano. Este é o significado da encarnação: O Verbo divino (a Palavra divina), o Filho de Deus, agora é divino e humano”. Jesus em carne e osso Segundo os defensores da Teoria do Esvaziamento após o Senhor ter ressuscitado, aparece aos discípulos a se apresenta como cem por cento homem, isto é, “em carne e osso”, conforme Lucas 24.39: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo: apalpai-me e vede; pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”. Jesus ainda comeu entre eles (v41-44). Então Ele teria permanecido assim e assim mesmo voltaria.

Na ressurreição o Senhor se apresenta semelhante (e não igual) a Lázaro, que por Ele fora ressuscitado dos mortos, enquanto Ele ressuscitara dos mortos (eknekron), em distinção da ressurreição dos mortos (anastasis nekron), pois sua vitória sobre a morte teria de ser como o segundo Adão e não como Deus.

O Criador sempre teve supremacia sobre a morte. Daí a sua obra na Terra. Até então, a sua obra não estava completa. Jesus – como segundo Adão – veio provar que, como homem perfeito, venceria o Diabo e destruiria a morte (1Pd 1.18-19; 2.22).

Após a aparição aos discípulos sua obra na Terra se completaria. Desde então Ele sobe ao Céu e é coroado, conforme Apocalipse 3.21-22. Ele deixa o tabernáculo humano (2Pd 1.14), sobre o qual triunfou, enquanto Adão sofreu a queda.

Lá, em Gênesis (3.15) o Senhor prometera a vitória sobre a morte por meio da Semente da mulher – o segundo Adão. O Segundo Adão é espírito Vivificante Note que o Senhor não veio resgatar Adão ou estabelecer uma forma adâmica perfeita do ponto de vista humano. Seria o mesmo que estabelecer o mundo como deveria ter sido, caso Adão não pecasse. Porém não foi isso que Ele viera realizar. O Senhor veio como o segundo Adão. Enquanto o primeiro fora formado alma vivente, o último veio estabelecer o Adão de espírito vivificante (cf 1Co 15.45).

Portanto haveremos de ser semelhante ao seu corpo em glória (1Co 15.40-54 e Jo 33.14). Paulo, o apóstolo, esclarece a proposta divina em Cristo conforme texto de 1Coríntios 15, quando trata da Ressurreição. Deixa claro que “há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes, e outra, dos terrestres”. Ensina que, “quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer (o mesmo corpo), mas o simples grão” (37). Esclarece ainda o apóstolo: “Se há corpo animal (humano), há também corpo espiritual” (v44).

O apóstolo explica que se plantarmos semente espiritual, colheremos corpo espiritual e não carnal, até chegar a dizer que carne e sangue não herdarão o Reino Celestial (1Co 15.42-50).

Rico em apologia, o texto afirma que o primeiro corpo não é espiritual, “senão o animal; depois, o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, quais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial. E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem herdar não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção” (v46-50).

Exemplo de Elias não serve de modelo

Para manter a tese os defensores da Teoria do Esvaziamento citam a elevação de Elias. Dizem que o mesmo subiu como estava, isto é, em carne e osso! Ora, como o profeta em carne e osso subsistiria a uma carruagem de fogo, se nos versículos imediatamente anteriores ‘um fogo idêntico’ (que também descera do céu) consumira os homens enviados pelo rei Acazias a intimar Elias.

E mais, a citada carruagem era, notadamente, uma comitiva espiritual tanto que nada ficou em terra, senão a capa de Elias.

Em Apocalipse, João para receber as revelações do Senhor subiu ao Céu não em carne, mas em espírito (Ap 1.10). Ele viu Jesus, “semelhante ao Filho do Homem” em glória (v13-18), a mesma que Ele possuiu antes mesmo da Criação do mundo (Jo 17.5 e Ap 1.9-20; 19.11-16).

Em carne o Senhor não poderia sentenciar o juízo no Fim dos Tempos e nem mesmo sustentar-se diante deles, conforme a forma terrível com que os juízos são apresentados em Apocalipse.

Mesmo em Lucas 24, no versículo 51, diz-nos: “E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu”. Desde então, não se teve mais notícia de aparecimento do Senhor em forma corpórea, muito menos em forma humana (Jo 16.10), pois desde então o Espírito Santo fora derramado (cf João 15.26-27; 16.7,13-14).

Caso fosse o Senhor possuidor de um corpo carnal, como tentam provar, como poderia ser Um com/ou no Pai e o Pai Nele e nós (os salvos, por sua infinita graça) também Nele: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós… para sejam um, como nós somos um” (Jo 17.21-22,11), “já que ambos compartilham a mesma natureza essencial” (Comentário Bíblico Pentecostal-CPAD) e ainda “Deus será supremo em todos os sentidos e de todos os modos” (Fee, 760). “É melhor entender ‘Deus’ como aquele Ser Supremo que é composto pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, ao invés de entendê-lo simplesmente como o Pai” (da mesma fonte).

Gnosticismo condenado pelo apóstolo Paulo

A doutrina da personificação corporal humana após a morte é parte de teoria judaica que vigorava desde a época do apóstolo Paulo. A resposta do apóstolo para a convicção judaica de que o corpo da ressurreição é idêntico ao corpo que morreu, começa com ‘tolo’ e ‘insensato’, quando ele faz analogia entre a ressurreição de um novo corpo e a semente, em 1Coríntios 15 (v36-38).

Essa mesma teoria é defendida no Comentário Bíblico Pentecostal: “A informação… pode estar dando uma resposta ao gnosticismo e ao judaísmo, pois o gnosticismo não cria que uma pessoa divina também pudesse ser humana, e o judaísmo não cria que um ser humano pudesse ser ao mesmo tempo divino”.

Poderiam dizer que a glorificação estaria na carne; mas como o Espírito divino habitaria na carne? E como esta subsistiria aos juízos divinos? Será que o próprio Deus iria contrariar a sua Palavra, conquanto a Bíblia afirma que “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita…”? (grifo nosso). Em outras palavras, a carne é descartável, não serve para dar base ou para estruturar algo permanente, eterno, pois o Senhor veio para desfazer justamente as obras da carne, isto é, construídas por meio da carne.

Sobre isto Paulo enfatiza a existência de corpos feitos Adão, simples almas viventes, enquanto conforme o último Adão – Cristo – “em espírito vivificante” (1Co 15.45), e que a semeadura é efetivada por meio do corpo carnal, animal, mas a ressurreição se dará em corpo espiritual (cf 1Co 15.46).

Caso o Senhor permanecesse como homem ou em carne e osso, qual seria a glória nisso? Qual seria a vitória, o triunfo divino se Cristo, que sempre fora eterno, de essência espiritual e de natureza idêntica a do Pai, abrisse mão de sua glória e se transformasse em essência humana permanente? Qual seria o objetivo dessa glória inversa, verdadeira perda?!

A Teoria do Esvaziamento não tem outro objetivo senão buscar a forma inversa, sem considerar a contramão, como a uma paixão incontrolável, ao tentar provar o argumento judaico e gnóstico da não aceitação da encarnação divina.

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Pastor José Wellington, presidente da CGADB, em nome da mesa diretora, divulga Nota de Esclarecimento, em que refuta as críticas dos pastores (clique aqui e aqui), que renunciaram a seus cargos como diretores, Silas Malafaia e Antônio Santana, 1º vice-presidente e 1º tesoureiro, respectivamente.

 

A MESA DIRETORA DA CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL – CGADB tendo tomado conhecimento que circulam na internet as comunicações de renúncias dos 1º Vice-Presidente e 1º Tesoureiro, pastor Silas Lima Malafaia e pastor Antonio Silva Santana, respectivamente, nas quais os ilustres e eminentes servos de Deus expõem a esta Mesa Diretora as razões motivadoras de suas renúncias, por amor à verdade e para dirimir eventuais dúvidas quanto à integridade e lisura dos signatários na condução dos interesses sociais da nossa veneranda CGADB, esta cumprindo o seu dever espiritual, moral, estatutário e legal de defender a instituição e ao seu órgão diretivo na forma do estatuto social em vigor, vem ao público prestar os seguintes esclarecimentos, por amor a verdade e respeito às consciências daqueles que pugnam por uma conduta séria, honrada e espiritual, como convém a todos que servem na seara do Senhor Jesus:

1) Na notificação firmada pelo ilustre pastor Silas Lima Malafaia, foi comunicado a sua renúncia ao cargo de 1º vice-presidente da CGADB, eleito que foi na última Assembléia Geral Ordinária em Vitória-ES, em abril de 2009, como também o seu desligamento do quadro de membros.

Evidentemente que poderia ter ocorrido a renúncia sem o desligamento, pois a primeira não era dependente da segunda.

Os motivos apontados na precitada comunicação não são atuais, pois, como ele próprio diz, “Tais denúncias, por oportunidade da última Convenção da CGADB, restaram integralmente comprovadas em trabalho realizado por comissão formada para esse fim, cujo relatório só foi aprovado com as ressalvas e obrigações de apresentar balancetes”.

Esta Mesa Diretora já se manifestou anteriormente por nota de esclarecimento similar a presente, publicada no “Mensageiro da Paz”, nº 1.490, de julho/2009, por ocasião de manifestação televisiva de outro convencional.

2) Conforme disposição contida no artigo 44, III, do estatuto social em vigor, o atendimento das exigências da precitada comissão especial a que se referiu o renunciante não era, como não é, de todo o órgão diretivo, mas do 1º tesoureiro, como a seguir transcrito:

Art. 44. Compete ao 1º Tesoureiro:

III – elaborar o relatório financeiro e apresentá-lo trimestralmente ao Conselho Fiscal e bienalmente à Assembléia Geral Ordinária;

Portanto, trata-se de competência legal individual específica, cabendo àquele que foi eleito para o cargo, ter consigo a consciência da atribuição que lhe é conferida pela norma estatutária;

3) Quanto à renúncia do 1º Tesoureiro, o honrado servo de Deus pastor Antonio Silva Santana, foi alegado, dentre outros motivos para a sua renúncia, que:

a) “só tomei posse em 29 de julho de 2009”;

b) “só a partir desta data é que fui tomando conhecimento da real situação fiscal e financeira da CGADB;

c) “a cada dia fica impossível o levantamento de toda a documentação contábil, fiscal e bancária, uma vez que não foi atendida à solicitação do Conselho Fiscal da CGADB lavrado em 12 de março de 2010 solicitando uma auditoria nas contas do mandato anterior a 2009”;

 

4) Confrontando-as, a Mesa Diretora esclarece:

a) o ilustre renunciante não tomou posse na data por ele alegada, pois, ela ocorreu juntamente com os demais eleitos no dia 25 de abril de 2009, conforme o termo por ele assinado, passando a ser de fato e de direito o 1º tesoureiro da CGADB a partir de então. Se o tesoureiro anterior não lhe repassou as informações inerentes ao exercício do mandato anterior, o fato fica restrito aos dois e não a todo o órgão diretivo;

b) na condição de eleito e empossado, passou a ser de sua exclusiva competência solucionar as pendências existentes, podendo, inclusive, ter solicitado a cooperação do Conselho Fiscal para proceder aos levantamentos necessários para o perfeito esclarecimento dos fatos, o que não aconteceu;

c) atendendo a solicitação do ilustre renunciante, a presidência autorizou-lhe contratar todos os funcionários necessários ao perfeito desempenho das tarefas da tesouraria, tendo ele contratado com vínculo empregatício apenas um assessor, que não residia na sede da CGADB, e substituído duas funcionárias para as tarefas subalternas;

d) na reunião da Mesa Diretora realizada em 12 de março de 2010, em cuja data o Conselho Fiscal apresentou o pedido de realização de auditoria referido pelo renunciante em sua notificação, foi decidido que uma comissão especial procederia todos os levantamentos necessários junto a Tesouraria, controladoria, prestadores de serviços, bancos, etc, para esclarecer os fatos e apontar as soluções adequadas, para que fossem atendidas as recomendações contidas no relatório da comissão especial da Assembléia Geral ordinária realizada em Vitória-ES.

Após os exaustivos trabalhos desenvolvidos pela precitada comissão especial, o qual contou com a participação pessoal do renunciante, foi elaborado um relatório apontando os fatos que impediram a apresentação dos balanços dos exercícios de 2007 e 2008, e as medidas corretivas necessárias ao atendimento das exigências legais;

e) no mesmo relatório, a comissão especial relata que muitos dos cheques emitidos pela CGADB e devolvidos pelas instituições bancárias sacadas, foram em razão de convenções afiliadas e alguns convencionais terem pago as anuidades e inscrições de membros para participarem da Assembléia Geral em Vitória-ES em até dez parcelas, e os respectivos boletos bancários e cheques por elas emitidos, não terem sido honrados pelos emitentes, o que contribuiu para que os cheques emitidos para pagamentos com as receitas oriundas das anuidades e inscrições não terem sido cobertos;

f) a comissão especial também conseguiu, através do profissional que presta serviços na área de informática, unificar e uniformizar os dados utilizados pela Secretaria Geral e Tesouraria, resgatar as informações financeiras e documentação que permitissem a elaboração dos balanços acima referidos pelo contador, resgatar os cheques devolvidos que estavam em poder de terceiros e proceder as baixas junto aos bancos sacados com baixa nos órgãos de créditos, o que está contribuindo para normalização do funcionamento da tesouraria e controladoria da CGADB.

Resta claro, portanto, que as motivações para as renúncias, embora pareçam similares, são distintas, pois, enquanto o pastor Silas Lima Malafaia usou fatos já ultrapassados, abordados e decididos pela Assembléia Geral em Vitória-ES, o pastor Antonio Silva Santana não teve as iniciativas que lhe cabiam tomar para solucionar as dificuldades herdadas de gestões anteriores a sua, por ter assumido o cargo que traz consigo os encargos atribuídos pelo estatuto social, dentre outros, o de apresentar os relatórios financeiros e contábeis.

 Considerações Finais 

Para finalizar a presente NOTA, e ainda objetivando tratar a questão: “dificuldades financeiras” enfrentadas pela Convenção Geral, os esclarecimentos adicionais se fazem necessários:

A Convenção Geral, sendo uma associação de ministros do evangelho, não de igrejas, conta como únicas fontes de receitas as anuidades de seus membros, os repasses efetuados pela CPAD, e, por ocasião da Assembléia Geral, as taxas de inscrições.

É de amplo conhecimento que, na prática, grande maioria dos pastores cadastrados regulariza suas anuidades somente nos períodos que antecedem a Assembléia Geral.

Se anexarmos um extrato/planilha referente ao pagamento de anuidades, facilmente será constatado que o último aporte substancial foi no período que antecedeu a AGO em Vitória/ES, mês de abril/2009.

Trata-se de um hábito, pagar as anuidades somente às vésperas das Assembléias Gerais.

Todavia, a Convenção Geral, para dar o devido atendimento diário em sua sede nacional, no Rio de Janeiro-RJ, mantém um prédio de quatro (4) andares em funcionamento, com quadro de funcionários, Secretária Geral, Tesouraria, todos devidamente registrados e assalariados.

Toda a infra-estrutura e custeio para a realização da Assembléia Geral são integralmente pagos pela CGADB. As três últimas RIO/2005 – SÃO PAULO/2007 – VITÓRIA/2009 – e, também as duas últimas Extraordinárias FLORIANÓPOLIS/SC e PORTO ALEGRE/RS, acarretaram para a CGADB despesas elevadíssimas, haja vista a logística para receber os pastores de todo o Brasil.

O número de participantes, cada vez maior, sendo: 4.000 no Rio; 10.000 em São Paulo, 17.000 em Vitória (2.500 em Florianópolis e 4.500 em Porto Alegre).

Todos nós sabemos o quanto custa promover e reunir, por prazo de uma semana, contingente de tal magnitude. Façam seus cálculos.

Analisem ainda, juntamente conosco, o seguinte:

Para dar cumprimento aos seus objetivos sociais a Convenção Geral, por intermédio da Mesa Diretora, realiza simpósios, seminários, reuniões, assembléia geral nas diversas regiões do País, ocasião em que os ocupantes de cargos em Conselhos/Comissões são convocados.

Todos exercem suas atribuições estatutárias sem qualquer remuneração, contando apenas com o reembolso de despesas relativas à hospedagem, alimentação e passagens aéreas.

É cada vez maior o número de reuniões dos órgãos diretivos da CGADB. Os membros residem nas mais longínquas cidades. Contabilizem.

Não é estranho, no âmbito da CGADB, a existência de parceiras de viagens e hospedagens em reuniões maiores, sendo natural que, tais empresas, na condição de prestadoras de serviços façam jus aos acréscimos legais em situação de demora no pagamento por serviços efetivamente prestados.

Enquanto outras associações de grande porte, sem identificarmos a sigla, exige de seus associados pagamentos mensais de R$ 90,00 (mensalidade: R$ 50,00 + Publicações/Boletins: R$ 45,00), nós pastores esperamos a cada dois anos para desembolsarmos R$ 120,00.

Lamentavelmente, inúmeros pagamentos de anuidades e inscrições para Assembléias Gerais, efetuados em cheques, não foram honrados.

Ora, senhores pastores, uma entidade que aufere receitas mais significativas somente por ocasião da Assembléia Geral, não dispondo de outros meios para alavancar recursos; uma entidade que direciona os valores das inscrições em Assembléias para custeio do evento; uma entidade que pacientemente aguarda os períodos pré-convencionais para “cobrar” seus associados; uma entidade que vê a cada ano, crescer o número de participantes em Assembléia Geral acarretando custos elevadíssimos, não é de se admirar, de causar espanto, surpresa, que tal entidade esteja padecendo dificuldades financeiras.

Com os argumentos fáticos ora expostos, o que pretendemos é afastar as qualificações de “DESMANDOS, DESCALABRO, CONIVÊNCIA”, referidas em uma das notificações supracitadas. Segundo o Dicionário Aurélio, da Língua Portuguesa, “DESMANDO: é ato ou efeito de desmandar. Desobediência. Excesso. Abuso. DESCALABRO: Grande dano ou perda. Ruína. DESMANDAR: Mandar o contrário de (o que se tinha mandado). Transgredir ordens.

Pedimos aos Pastores do Brasil, que analisem a vida pessoal e o ministério de cada um de nós, diretores da Convenção Geral; que reflitam sobre os vários anos de pastorado; que, avaliem que pesem os vários anos a serviço da Convenção Geral, sem qualquer apego material ou financeiro, sem qualquer remuneração, pois entendemos que o trabalho feito junto a nossa instituição também faz parte da chamada e da vocação ministerial; e, nos respondam, se por nossos feitos, merecemos ser “rotulados” com os adjetivos de desobedientes, transgressores de ordens, abusadores, causadores de dano, destruidores. Acreditamos que não.

Finalmente, a Mesa Diretora lamenta profundamente os afastamentos dos ilustres e honrados companheiros renunciantes, nada podendo fazer, em respeito aos mesmos, senão a de acatar as decisões pessoais de ambos, e adotar as providências estatutárias para as substituições, mediante a convocação de assembléia geral extraordinária para deliberar quanto às mesmas, e encaminhar ao Conselho Fiscal os balanços já elaborados para apreciação e parecer do Conselho Fiscal, e encaminhamento ao conhecimento de todos os membros da nossa CGADB.

Na certeza de terem sido os esclarecimentos necessários, permanecemos orando a Deus para que as suas bênçãos continuem sendo derramadas nas vidas e ministérios dos ilustres servos de Deus renunciantes, ao tempo que manifestamos sincera gratidão pelo empenho de ambos para o progresso de nossa instituição.  

Natal, RN, 5 de junho de 2010

Pr. Jose Wellington Bezerra da Costa

Presidente”

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Veja trata de questões internas das ADs no Brasil

Tratadas com destaque, as renúncias dos pastores Silas Malafaia (RJ) e Antônio Santana (SP), respectivamente, 1º vice-presidente e 1º tesoureiro da Convenção Geral (CGADB), foram publicadas na coluna Radar, da Veja, que chegou ontem às bancas.

Era justamente isso que se temia. Além dos movimentos internos em busca de Justiça, com arregimentação de documentos comprobatórios de irregularidades, a partir da administração da CPAD, a notícia começa a vazar para a mídia secular.

Dentre os documentos levantados está a suspeita de envio irregular de dólares para o exterior, pela CPAD, por meio do doleiro Toninho Barcelona, envolvido no Mensalão. Na época, ao quebrar o sigilo bancário do doleiro, a Polícia Federal teria descoberto a fraude e chegou a `visitar` a Casa. Houve um grande corre-corre.

Deu na Veja

Com atenção ao pastor Silas Malafaia, que quer congregar até mil igrejas, o texto diz: “O televangelista Silas Malafaia está sedento. Sua meta é implantar, nos próximos cinco anos, 1 000 templos pelo Brasil afora. Hoje, ele comanda 97 igrejas. O plano só será possível porque o pastor deixou, há duas semanas, a vice-presidência da Convenção-Geral das Assembleias de Deus no Brasil, que congrega 60% dos pastores da denominação. Malafaia saiu afirmando que a direção se tornara um “caso de polícia”. Na semana passada, o tesoureiro fez o mesmo, dizendo haver “tremendas irregularidades”. Se as acusações forem comprovadas, será um ganho duplo para Malafaia: ele ficará livre dos problemas e também das amarras que a organização impõe à criação de templos em áreas de outros pastores”.

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Pastor Wellington sempre disse que política e igreja não se misturam, assim como água e óleo

A coluna Painel (Folha de S.Paulo) divulgou hoje que pastor José Wellington não aceitou ser candidato a suplente do ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, ao Senado. A notícia fora divulgado pela mesma coluna, no dia 24, informando sobre a dobradinha costurada pelo prefeito de São Paulo, Kassab.

Hoje Painel publicou o seguinte: “Fileira O primeiro suplente de Orestes Quércia (PMDB-SP) ao Senado será o vereador Antônio Goulart, do mesmo partido. Cotado para a vaga, o pastor José Wellington, presidente da Assembleia de Deus paulistana e também da convenção geral da igreja no Brasil, não topou, mas prometeu o engajamento dos evangélicos”.

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Pastor Bastos, em pé e ao lado de seus companheiros, pastores Pedrinho e Deusdeth

Pastor Bastos, como era conhecido, partiu para a Eternidade no dia 2, com 89 anos de idade. Ele assumiu a igreja em Fortaleza, em 1960, depois de passar por igrejas no interior do Ceará. Permaneceu como líder do Estado, no Ministério Templo-Central, quase toda a sua vida.

Era um homem simples, notadamente piedoso e de muita experiência com o Senhor. Sua trajetória ministerial teve sinais marcantes da presença divina, enquanto sua conversão carregou o principal ícone dos cristãos, justamente o conhecimento pela (leitura) da Palavra.

Sobre sua possível jubilação, pastor Bastos dizia que o servo do Senhor Jesus deve continuar enquanto tem forças. Não tenho pensamento de me jubilar agora. Acredito que o obreiro do Senhor só se aposenta quando chega ao Céu. Enquanto isso, contava com dois braços amigos dos respeitados companheiros pastores Pedrinho e Deusdeth.

Conversão após ler a Bíblia toda

A leitura da Bíblia toda foi o caminho para a conversão do pastor Sebastião Mendes Pereira, antes mesmo de assistir a um culto evangélico. A mensagem do primeiro culto foi pregada pelo saudoso missionário e escritor Orlando Boyer, no dia 10 de abril de 1938, no templo-central da Assembléia de Deus em Fortaleza, à Rua Tereza Cristina, 673. Ele pregou sobre o Salmo primeiro. O culto foi dirigido pelo pastor José Teixeira Rego que fez o apelo.

Natural de Fortaleza, Sebastião Mendes Pereira, o pastor Bastos, muitas vezes foi chamado de bode, forma agressiva que o catolicismo romano usava para atacar os cristãos no Nordeste. Noutras vezes, o padre da cidade postava em frente da igreja, com católicos romanos fazendo barulho, para atrapalhar a realização do culto ao Senhor.

Início no Ministério

Após sua conversão começou a trabalhar na obra do Senhor Jesus, foi batizado nas águas no dia 31 de julho de 1938, e no Espírito Santo no dia 29 de julho de 1939. Depois disso o Senhor o chamou para a sua obra. Comecei a cooperar ativamente como professor da Escola Dominical, em 1939, e, em 1941, no mês de janeiro, já com 19 anos.

Como dirigente de congregação atuava em um dos principais bairros de Fortaleza, chamado Mucoripe, onde dirigi por nove anos. Trabalhou com pastor José Teixeira, que fora pastor em Petrópolis (RJ) depois retornou para Fortaleza. E a convite do missionário sueco Nels Julius Nelson, que chegou ao Brasil no dia 21 de março de 1921, em Belém do Pará, assumiu a igreja em Fortaleza no dia 1º de maio de 1932.

Carreira ministerial

Depois de dirigir uma congregação, em Fortaleza, por 9 anos, em 1º de dezembro de 1951, a convite do pastor José Teixeira Rego, assumiu o pastorado da igreja em Betânia. Em 6 de setembro de 1953, fui solenemente ordenado pastor pelo missionário Nels Nelson e José Teixeira. Depois de 9 anos, com a morte do pastor José Teixeira, em 5 de dezembro de 1960, missionário Nels Nelson, que era o presidente de honra e o ministério local, o convidaram para cooperar como pastor na igreja de Fortaleza.

Cooperou um ano com pastor Armando Chaves Cohen, gerente da CPAD, em 1961; trabalhou com pastor Emiliano Ferreira como co-pastor e vice-presidente até 1º de maio de 1985. Neste dia, pastor Emiliano foi chamado ao descanso Eterno, quando então pastor Bastos assumiu o pastorado da igreja e a liderança da Convenção dos Ministros da Assembléia de Deus no Ceará, em 3 de maio de 1985.

Sua maior bênção, dizia ter sido a salvação, o batismo no Espírito Santo e a chamada para a obra de Deus. A maior alegria do obreiro é saber que ele está dentro do plano e da vontade de Deus. Mesmo novo, quando iniciou, cresceu porque, dizia, “Deus ajudou e me dava graça e sabedoria. Não tinha grandes problemas. Deus nos abençoava. Sempre tive o espírito de servir, amar e cooperar e evangelizar”.

Início da AD no Ceará

Contava pastor Bastos que a igreja no Ceará nasceu uma igreja avivada em 7 de setembro 1929, em Fortaleza com o pastor cearense Antônio Rego Barros. Porém, seu real início ocorrera em 20 de julho de 1914, num lugar chamado São Francisco de Uruburatama, hoje Itapagé, pela segunda crente batizada no Espírito Santo no Brasil chamada Maria de Nazaré. Ela foi a Fortaleza testificar para os seus parentes em 1914, mas sua família não a recebeu. Ela se transferiu para presbiterianos independentes, que aceitaram a mensagem pentecostal.

Em julho de 1914, Adriano de Almeida Nobre, a mando da igreja AD em Belém foi ao Ceará e fundou a igreja em São Francisco de Uruburatama. Quando ele chegou houve muitas conversões e Jesus batizou cerca de 200 crentes no Espírito Santo. Morreu e foi sepultado no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, em 1939. Depois de 1914, a igreja espalhou-se pelas regiões litorâneas norte do Estado e muitas foram criadas e organizadas até que chegou a vez de Fortaleza.

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A coluna Painel da FolhaSP publicou no dia 24 de maio, que pastor José Wellington, presidente da CGADB, aceitou ser o primeiro suplente a senador do ex-governador de SP, Orestes Quércia (Primeiro post: Blog A Força da Esperança). Porém, não tenho conhecimento se pastor José Wellington confirmara o engajamento na disputa política.

Deu na Folha

Dupla – O primeiro suplente de Orestes Quércia (PMDB) ao Senado será o pastor José Wellington, presidente da Assembleia de Deus em SP e também da convenção geral da igreja no Brasil. A escolha teve a bênção de Gilberto Kassab, cujo DEM tem entre seus vereadores paulistanos Marta Costa, filha do pastor”.

No PMDB de Montoro

Quércia foi vice-governador paulista de Franco Montoro, depois se elegeu ao vencer Maluf e, em seguida, fez o sucessor, Luiz Antônio Fleury Filho. Além do desgaste pelo ruim desempenho de Fleury, pesou sobre o ex-governador paulista inúmeras acusações e processos por corrupção.

O fiscal de Rendas, depois jornalista, advogado, proprietário rural e empresário, volta 20 anos depois. Como governador de SP, Quércia dominou a época com inúmeras obras, em especial com duplicação (1.100km) e construção de rodovias (550km).

Paulista de Pedregulho, região de Campinas, Quércia saiu do Governo em 1991 e não mais conseguiu eleger-se. Foi candidato à Presidência da República, em 1994, ao Governo de SP, em 1998 e 2006 e ao Senado, em 2002.

‘Empresário bem-sucedido’

Em 2002, um levantamento feito pela Folha de S.Paulo revelou o aumento no patrimônio do peemedebista de R$ 9,8 milhões, em 1996, para R$ 64,8 milhões, cinco anos depois. Um crescimento de 562%, segundo os bens declarados por ele ao Tribunal Regional Eleitoral. “Sou empresário, antes de ser político”, ele se defendeu na época. Quércia concentra em seu nome e no nome de familiares o controle de empresas nas áreas de comunicações, agricultura, mercado imobiliário, construção e venda de veículos.

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