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Archive for janeiro \29\-03:00 2010

Prometi e mim mesmo que somente voltaria ao assunto Dake caso obtivesse fatos novos. Dias desses, conversei com um pastor nos Estados Unidos, que me passou informações interessantes sobre a vida e obra de Dake, durante a conversa. Não direi o seu nome por questão de ética, pois não pedi a ele permissão para tal.

Quanto à obra insisto na tese de que a CPAD não deveria publicá-la. Isso é fato. Não é necessário pensar muito: a editora é confessional, isto é, deve dela emanar somente obras que estejam de acordo com os preceitos assembleianos. Isto é ululante.

Conforme já se falou, seria semelhante tomar um livro contido de heresias, tentar oculta-las e publicar somente o que se aproxima do que se convencionou em concílio. O contrário disso é a tentativa de meter a denominação em moldes alheios a ela, impondo-lhe outros concílios, doutrinas, preceitos e não o inverso.

Caso houvesse a probabilidade de a denominação estar submissa a preceitos bíblicos controversos, não caberia à CPAD impor-lhe tal alteração, como soa nesse caso. Ela não tem essa prerrogativa, mas deve submeter-se (ou deveria) ao que o concílio assembleiano estabelece, isto é, submeter-se à CGADB, por meio de seus conselhos, jamais impor.

Por outro lado, não dá para tomar um fruto com sinais de apodrecimento e tentar transformá-lo em outro saudável. Jesus já ensinara sobre isso (cf Mt 9.16-17).

Abrangência da Dake

Quanto à obra em si, não obstante ter sido mutilada, na tentativa de adaptação, não resta dúvida ser o resultado de um hercúleo trabalho do pastor Dake. Ela é bem completa, uma das mais vendidas no mundo e todo teólogo deveria conhecê-la, por inúmeros fatores, como para o debate em questão. Por sua complexidade, há muitas informações que só se encontram nela.

Pastor Dake ensinando (1927)

Sem levar em conta se os comentários são heréticos ou canônicos, a Dake tem assuntos que poucos teriam ousadia de levá-los à mesa de discussão (e não de fundamentação doutrinária). Aí reside o maior risco de sua publicação, sem as devidas observações, omitidas pela editora. Porém, caso fizesse isso, a editora assinaria como ré por antecipação: publicar o que não deveria.

Somente o mapa original (a editora o substituiu por outro – o do missionário ‘Lourenço’ Olson e que, portanto, não faz parte da obra), editado em 1925, custa em torno de R$ 1 mil, segundo informações que obtive desse mesmo colega, citado acima.

Mas daí, a ser publicada pela editora assembleiana há um abismo. Qualquer outra editora independente poderia fazê-lo, não sem expor suas características, a considerar a questão ética, um dos maiores ícones cristão (deveria ser).

Pureza e deslize

A história do pastor Dake é cercada de sucesso espiritual e de uma ‘escorregadela’, que lhe custou a prisão pelo período de 5 meses, e a expulsão da Assembleia de Deus no Texas. O piedoso homem começou seus comentários cedo. Com apenas 20 anos de idade, escreveu sobre os livros mais difíceis da Bíblia – os dois apocalipses bíblicos: Daniel e Apocalipse. Depois, escreveu centenas de obras. Todo o dinheiro arrecadado com tais livros, teria sido investido na obra, tanto que Dake teria morrido pobre.

Com 23 anos de idade, Dake caiu no poder e permaneceu no chão por 11h. Isso ocorrera depois de 40 dias de jejum.

O seu casamento foi outro fato notável: em 6 dias ele ficou noivo e em 20 casou-se. O mesmo casamento teria durado 6 décadas e sua mulher possuía dotes ‘invejáveis’: era musicista, cantora, compositora…

Pessoalidades

Família Dake (1934)

Além das questões não aceitas pela doutrina cristã, como o comentário de Gênesis 1.28c, que a mim não passa de especulação, dando conta da existência de uma sociedade pré-adâmica, pesa contra Dake a acusação de transportar uma menina de 16 anos, entre fronteiras norte-americanas.

Não obstante em alguns Estados essa prática não constituir crime, Dake fez justamente o que todo homem deve resguardar-se: deu carona a uma jovem de 16 anos. Pior: transportou-a por um trajeto a ponto de atravessar fronteira estadual. Neste caso, ele infringiu a lei, mesmo sob a alegação de que não tocara na jovem. Ela mesma teria afirmado isso em juízo, onde fora para defender o pastor.  Isso ocorreu em 1937.

Dake, líder de uma igreja de cerca de 300 membros, fora condenado a 6 meses de prisão. Por bom comportamento saiu com 5 meses (de fevereiro a julho de 1937). Sua condenação teria sido somente por transportar a moça (entre fronteiras). A menina havia fugido de casa e no caminho da fuga pediu carona a Dake. Quando fora encontrada pela família, esnobou a façanha ao afirmar que, embora não tivera apoio familiar um pastor (e passou suas características) deu-lhe carona. A família acionou a polícia.

Obvio que, se houvesse provas de que o pastor tivesse provocado, ao menos, atos libidinosos, não teria saído tão cedo da cadeia.

Na Eternidade

Por fim, aos 85 anos de idade, sua esposa partiu para a Eternidade e uma semana após, Dake dissera a filhos e netos que havia uma carruagem à frente de sua casa há dias. Não demorou muito para Dake partir também.

Quebra de braço

Pelo andar da carruagem, essa Bíblia só sairá do mercado após esgotados toda a sua edição, ou quando a editora alcançar o alvo-lucro. Como se sabe, o mercado não tem sentimento e essa é a mesma ótica assimilada. Portanto, enquanto a edição não se esgotar, não haverá iniciativa no sentido de retirá-la de mercado. Isso para que a editora não sofra ‘prejuízos’ e ainda mantenha a meta de lucro.

Depois existe a questão do investimento financeiro, conforme já fora exposto na web, o que faz com que a editora cubra os custos e ainda obtenha o lucro, proveniente e esperado.

Ainda que não seja esse o objetivo, cada um destes artigos críticos, escritos sobre a Dake, leva centenas às lojas em busca de uma edição. Esse marketing se encaixa perfeitamente na política: “Fale mal, mas fale de mim”.

“A vergonha de confessar o primeiro erro nos leva a cometer muitos outros” (Jean de La Fontane).

*Fotos: Divulgação/www.dakebible.com

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A liminar que tirava pastor Wanderley de Melo da presidência da Assembleia de Deus em São José do Rio Preto (SP) foi derrubada. Pastor Aparecido Perozin nem mesmo chegou a assumir a liderança. Irmão do pastor José Perozin, ex-líder que morrera em janeiro de 2009, e um dos vices do mesmo, Aparecido Perozin ainda move contra Wanderley Melo outros dois processos sobre o caso.

Leonardo Lopes Sardinha, juiz substituto da 2ª Vara Cível de Rio Preto, extinguiu o processo, reconduziu Melo e ainda declarou Aparecido litigante de má-fé, condenando-o a multa de 1% sobre o valor da causa, de R$ 8 mil, e à indenização de R$ 5,5 mil pelo fato de ele ter entrado com o mesmo pedido em varas judiciais diferentes.

Perozin acusa Melo de assumir a presidência da igreja com base em uma carta falsa, que teria sido deixada pelo seu irmão, indicando a substituição, em caso de sua morte. O afastamento de Wanderley Melo chegou a ser concedido pelo juiz Jaime Trindade, da 6ª Vara Cível, mas foi suspenso devido ao processo existente na 2ª Vara.

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