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Posts Tagged ‘Igreja Católica’

Enquanto a Google mantém no ar através do YouTube o filme extremamente ofensivo ao islã sunita e não tão ofensivo ao xiita não se importando com as mais de 20 mortes induzidas por um mero trailer mal feito de 14 minutos, vamos dar uma olhada no que a mídia muçulmana vinha fazendo com os judeus, ANTES, deste caso todo estourar. (1) No dia 13 de setembro o jornal Assabeel que circula na Jordânia no nicho palestino (o que significa mais de 70% da população), publicou uma matéria com o título “A Corrupção Inata dos Judeus”. A matéria começa com uma compilação dos versos contra os judeus que existem no Corão e prossegue com um “libelo” onde os judeus são acusados de matar todos os profetas do islã, isto é: Adão, Enoch, Noé, Lot, Abraão, Isaac, Moisés, Aaron, David, Salomão, Esequiel, João Batista e Jesus (no total são 23 e historicamente nenhum foi morto por judeus). O jornal ainda prossegue afirmando que os judeus falsificaram a história para se adequar à ideologia sionista. Acusa os EUA de serem uma “colônia sionista” e que as guerras na Somália, Sudão e Cáucaso são incitadas pelos judeus. A matéria conclui com uma “verdade” e só um caminho a todo muçulmano: “matar todos os judeus.” (2) Num pronunciamento oficial publicado pelas agências de notícias do Irã, também no dia 13, inclusive com o áudio nos programas de rádio, até da BBC em árabe, o presidente Ahmadinejad acusou os judeus e os americanos de “destruir as nuvens de chuva que vão para o Irã criando uma terrível seca”, texto que parece ser retirado dos libelos contra os judeus publicados pela Igreja Católica na Idade Média. (3) No dia 10 de setembro, o jornal egípcio El Balad fez uma matéria detalhada de “como os judeus estão tomando conta do mundo.” Para estes egípcios os judeus trabalham em conjunto com os britânicos (colonizadores imperialista do Egito durante décadas) para dominar o mundo, com cooperação americana. Segundo o jornal, os judeus procuram “destruir qualquer autoridade comunitária para fortalecer o poder do Estado,… Reduzem internacionalmente o poder dos Estados para fortalecer a ONU,… Colocaram o poder da ONU nas mãos de cinco países do Conselho de Segurança” (China e Rússia são dois, mas isso não importa). Ainda segundo os egípcios, os judeus são culpados de: (a) criar uma cultura de igualdade entre os sexos para o homem perder o senso de comando da família, (b) destruir a instituição do casamento para que o Estado tome e crie os filhos dos casais fora da família, (c) criar formas de justificar o adultério, (d) criar leis de proteção às crianças para reduzir o poder das famílias e aumentar o desrespeito ao pai e à mãe, (e) insultar e ridicularizar o clero, mostrar como o clero é hipócrita e incitar os jovens a não obedecer a religião, (f) os judeus são acusados de impedir o castigo físico e outras punições de alunos nas escolas para fazer com que o poder dos professores seja perdido, (g) remover a capacidade financeira e espiritual de sustento dos idosos, (h) os judeus são culpados pela revolução nas roupas, na moda, que faz com que se perca os valores da identidade cultural; (i) adulterar a lembrança de culturas antigas e substituí-la por estórias em filmes ocidentais, (j) reescrever a história, incluindo a história islâmica e os textos do Profeta (Corão). (k) estabelecer partidos políticos e grupos a favor dos judeus na América e colocá-los no poder para conseguir a ocupação da América pelos judeus (há 5,5 milhões de judeus nos EUA numa população de 314 milhões de pessoas). Esse texto deveria colocar seu autor dentro de um asilo para doentes mentais, entre o quarto de Napolão e da Cleópatra, mas é oficialmente difundido num país muçulmano com mais de 80 milhões de habitante, que acham justo, matar pessoas porque Maomé foi mostrado de peito desnudo e tomando umas chineladas de três de suas mulheres com quem fazia sexo.

      Do Menorah, Rapidinhas, Jornal Eletrônico, 257 –, ipsis litteris

http://menorah.personata.com.br/PSRel/visualizaEmail.asp?cmbsURLTemplate=1,http://menorah.personata.com.br/PSRel/templates/vazio.htm&iidPesquisa=231&iidCliente=115973&idigito=0&tipo=e

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Igreja e igreja

Igreja não é de essência humana (organização), mas de natureza espiritual, ou seja, organismo vivo, o corpo. Ele se move, em comunhão, com articulações perfeitas e bem ajustadas, movido pela Cabeça – Cristo. “Vós sois a luz do mundo”… “Brilhe a vossa luz”.

A Igreja jamais adotou o mimetismo como sua marca diante da sociedade, mas sempre destacou-se por assumir postura da figurada metanóia (dar meia volta e passar a andar na contramão do caminho percorrido até então). É mudança brusca.
É despir-se do homem velho e vestir-se do novo.
É morrer para o mundo (o sistema) e nascer para o Eterno.
É compreender e não ser compreendido…
Igreja é eklesia, isto é tirado para fora (“resgatados da vossa vã maneira de viver”.

É o oposto ao que dissera Edir Macedo, ao relatar que a Universal assumiu a Teologia da Prosperidade, percebida não só em sua declaração à repórter da própria Record, em Miami, mas por sua postura e ainda por tudo quanto tentou mostrar em termos de possessão temporal.

“Buscai primeiro o Reino dos Céus e as demais coisas vos serão acrescentadas”. Coisas?! É isso mesmo! O Reino tem nome, as necessidades ou benesses temporais, não passam de coisas.

A prosperidade de que fala a Bíblia está em pleno acordo com a exortação do Cristo (“O Reino em primeiro”): “Bem aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, Nem se detém no caminho dos pecadores. Nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá”, Sl 1.

Riqueza temporal

Se analisarmos todas as denominações que representam a Igreja do Senhor, vamos perceber que elas detêm um volume considerável de posses, mesmo as identificadas com a essência cristã, outras não tão próximas, algumas totalmente longes e já desligadas, em consequência de dogmas de essência humana, outras em cima do muro…

Talvez seja isso o que mais alimenta a crítica de progressistas, gnósticos e ateus, que assumem postura politizada dentro da visão humanista da Teologia da Libertação, por não conseguirem separar corpo (o Corpo de Cristo, com uma única cabeça, o próprio Cristo) e os monstros que se vêem por aí. Ou percebem algo essencialmente humano, ou que teria de ser totalmente espírito, pois, como afirmavam os gnósticos, a carne é em essência pecado.

Ocorre que algumas igrejas possuem estrutura semelhante a da própria Igreja, a partir da Igreja Primitiva – um Concílio, conforme Atos 15, com proeminência de Tomé, irmão do Senhor. Neste caso, todos os líderes têm efetiva participação, mas não saem dos princípios ditados pela doutrina dos Apóstolos, nomeados por Cristo e, depois destes, os Pais da Igreja até o fechamento do cânon, concluído no século 4.

De lá para cá, como todos os mais esclarecidos conhecem, a Igreja passou por turbulências que alteraram padrões e criaram destinos, acasos, privando-a da providência divina. Mas o enfraquecimento do Corpo ocasionou a Reforma. Na Idade Média, por exemplo, a igreja, por suas mirabolantes formas de angariar fundos, poderia, sem quebra de paradigmas, receber o nome de Igreja Católica (Universal) do Reino de Deus.

Quem e como dirige?

Então, a diferença está na condução, isto é, quem, como, para onde conduz e com que interesse? Quando Jesus foi tentado pelo Diabo, no limiar de seu ministério, foi conduzido pelo Espírito ao deserto. Jesus é a Pedra de Esquina, a Pedra Principal, a Rocha Eterna (1Pd 2.-10), enquanto a Palavra alerta: “Mas veja como cada um edifica sobre Ele”.

A Igreja não tem dono, líder absoluto (sem nenhuma alusão à filosofia do Iluminismo, da quebra do Absolutismo), pois seu dono é Deus e o seu líder é Cristo – o Cabeça (do Corpo). Isso é absoluto. Também não existe unção eclesiástica fora do Corpo (da Igreja) como temos visto por aí, com nomenclaturas das mais diversas e para todos os gostos.

“E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Aarão” (Hb 5.4). Ministérios têm fins específicos e para cada situação no corpo e são bem ajustados no mesmo. Quando em Efésios o apóstolo diz que “Ele mesmo deu uns para (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores), indica um fim específico, demonstrado na preposição para, que demonstra finalidade. Outras estruturas podem ser semelhantes, mas não iguais, pois não existem outras… a Igreja é única.

Quando essa máxima sofre alteração ela deixa de ser igreja e passa a ser uma organização religiosa. Deixa de ser religião, pois Igreja é e sempre será religião – meio de religar o homem a Deus, através de Jesus Cristo, o único intercessor entre Deus e os homens (cf 1Tm 2.5). Religião é “Serviço ou culto a Deus…; crença, devoção, fé, piedade; Tudo que é considerado obrigação moral ou dever sagrado e indeclinável; Filos. Reconhecimento prático de nossa dependência de Deus” (Michaelis).

A Igreja não existe fora de todo esse contexto, estabelecido como corpo, em que seus membros aparecem de forma ordenada, ocupando os espaços e atribuições no próprio Corpo, conforme orientação do Espírito. E isso atinge desde a liderança ao mais simples membro, seja o equivalente a um dedo ou unha, orelha… mas ligado ao Corpo e este à (única) Cabeça. Se os membros forem desordenados e se o corpo possuir mais de uma cabeça deixa de ser corpo para mostrar-se monstro.

Joio misturado do trigo

“O Reino dos Céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo. Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. Deixai crescer ambos juntos até a ceifa e, por ocasião da ceifa direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para queimar, mas o trigo ajuntai-o no meu celeiro”, MT 13.24-25,30.

Embora necessite de uma casa de tesouro, “para que haja mantimento na minha Casa” (cf Ml 3), isto é, ter o seu depósito cheio, para dar sustento à sua missão, tanto no que diz respeito ao suporte às ações espirituais quanto as sociais, a riqueza da Igreja é realçada pelas ações que os homens naturais (os que não são filhos do Reino, mas criaturas de Deus, cf Jo 1.11.12; 1Tm 2.1-6 e 1Ts 1.4) não podem alcançar. O seu preço excede a valores humanos e temporais, conforme se viu no fato de Elimas, o mágico, ao tentar comprar (pagar) o poder do Alto. A Palavra esclarece-nos que não fomos comprados com ouro ou prata, mas com o sangue de Jesus, por meio do qual fomos redimidos de nossa vã maneira de viver.

Hoje, temos de ser mais protestantes que propriamente evangélicos, mais seguidores de Cristo, que cristãos nominais.

A Bíblia alerta para a estupidez de o homem esperar “em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1Co 15.19).

Como membros do Corpo (de Cristo) somos 100% humanos, mas lutamos para alcançarmos um corpo 100% espiritual, por meio daquilo que plantamos aqui (“Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual”, 1Co 15.44).

Ilustração: despertaigreja.com

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A briga entre a Rede Globo e a Record já está rendendo além das fronteiras de seus programas abusivos. Para espetar a Record a Globo vai aproveitar para alfinetar todos os cristãos (evangélicos). Segundo a Folha (Em série, Globo “brinca” com desvio de dízimo, 19/8/2009, Matheus Magente, da Agência Folha, em Salvador), a tevê vai lançar em novembro, um seriado em que um marginal torna-se pastor e desvia dízimos de (sua) igreja. Ao serem indagados sobre o momento tão oportuno, os envolvidos dizem ser mera coincidência. Aí é achar que todo mundo é ignorante.

Trailer

“A Globo deu início, em Salvador, às filmagens do seriado Ó Paí, Ó, que traz, entre os personagens da temporada, um pastor que desvia dízimos de evangélicos em seu benefício. As gravações, iniciadas na semana passada, acontecem em meio a uma guerra com a Record, após extensas reportagens sobre denúncia acatada pela Justiça envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus.

Depois de ter virado evangélico na última temporada, o personagem Queixão, interpretado por Matheus Nachtergaele, decide fundar a Igreja Evangélica do Tremor Divino. O nome faz referência à ameaça de desabamento do cortiço onde os personagens vivem, tema desta segunda temporada.

De acordo com o roteiro assinado por Guel Arraes, João Falcão e Adriana Falcão, o malandro Queixão, que se tornou o pastor Moisés, passa a desviar parte dos dízimos pagos pelos fiéis em benefício próprio”’.

Objetivos claros

Ora, pelo calor das acusações entre as duas emissoras, ficam claros os motivos e os objetivos. Com medo da campanha de evangélicos solidários à Igreja Universal, que já iniciaram boicote à programação global, a declaração da tevê é explicitamente esfarrapada.

Por outro lado, uma terceira via seria a maquiavélica tentativa de desviar a atenção do “Caso Sarney”, que desgasta exaustivamente o governo petista, tirando-o do foco da mídia. O caso Iurd/Record já estava vencido e veio à tona novamente, anos depois… Estranho não?!

Existem outros leques que se ajeitam sob o mesmo teto e, portanto, premiados, como a incômoda questão do crescimento dos evangélicos e a perda de espaço pela religião majoritária. Desacreditada, desgastada e acomodada, a denominação tida como cristã ganha pelo alinhamento, contemplado pela intercessão religiosa de elevá-la de volta à igreja oficial no Brasil. Sob as trevas da obscuridade, que remonta da Idade Média, Lula esteve com o papa para arquitetar o resgate desse retrocesso anti-democrático. Ganha por meio das bases eclesiais, que se confunde aos ideários petistas e que juntos emolduram o apelo pós-moderno. Não é só a Globo que não gosta de perder.

É oportuno lembrar a Globo e a sociedade em geral que a Igreja Universal do Reino de Deus, a Record e o bispo Edir Macedo, não representam o povo cristão e que os cristãos evangélicos não lêem a mesma cartilha. Há um respeito pelos fiéis da Iurd, fiéis ao Senhor, que se traduz em comunhão, mas isso não atinge a organização e restringe-se em termos de organismo vivo – a comunhão do Corpo de Cristo, pois Igreja não é templo, prédios suntuosos, ideia clássica implícita no judaísmo, mas corpo. O historiador hebreu Josefo afirmara que o brilho do ouro empregado no teto do Templo, atraia os peregrinos à distância.

Novamente o ter e o ser em teatro

Vem por aí uma grande perseguição. Temos o prelúdio no atual Governo, que reproduz o que a mente milenar já implantou mundo afora. A situação engrossa quando nas nossas atitudes e ações que não condizem com aquilo que pregamos ou que deveríamos pregar, por assimilarmos tão bem o ter, a moeda de troca lançada a partir do período industrial, da moda, do capitalismo selvagem, da necessidade de consumo, tudo em detrimento ao ser.

Hoje, mais do que nunca, temos de pregar com a nossa vida, mostrar as sementes de virtudes, os prodígios e maravilhas e abandonar a filosofia do Mancebo Rico, que nos domina tanto, e assumir a de Jeremias ou a de João Batista.

Podemos até ter, mas sem deixar que a supremacia do ser dê lugar além do merecido (ou necessário) ao ter. E se algum dia, pudermos ouvir a voz de Deus, e não somente um eco meio diante, convocando-nos a abandonar tudo (vender tudo e distribuir aos pobres) e segui-lo, aí sim estaremos salvos. Caso contrário, vamos continuar apanhando das Globos da vida, dando-lhe ainda Ibope, e depois dizer como o profeta: “Ainda não estamos salvos!”

Se você não é Universal, não seja também Global! Se boicotar a Globo – o que já deveríamos ter feito há muito tempo –, boicote também a Record, por motivos semelhantes: apoio a todos os tipos que evocam a degradação moral.

Enquanto o homem natural (secular em oposição ao sagrado) diz que para ter conhecimento das coisas escondidas precisa de bola de cristal, daqui pra frente os cristãos terão de contar com uma bola de fogo, conforme foi com Moisés no deserto (e não à moda neo), pois as coisas se estreitam em volume, espaço e velocidade cada vez maiores: só nos resta o estouro!
− A Volta de Cristo!
“Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que neles há, se queimarão”, 2Pd 3.10.

Ilustração: inconfidencial.com.br

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Já havia ouvido falar que o Rio mantinha comprometimento com um sistema de proteção espírita. O pacto para proteger a cidade de catástrofes, teve início na administração do ex-prefeito César Maia. Embora a pessoa que me disse sobre o tal pacto, fosse de idoneidade comprovada, eu precisava de algo mais concreto, mais elementos de comprovação. Quando ouvi, há cerca de um ano, percebi que o principal argumento já era fato: a tentativa de mudança das cores da Linha Vermelha, com alteração do nome da via para Linha Laranja, justamente a cor (coral), em homenagem ao “espírito protetor”.

A mesma foi a oficial da Prefeitura, também sinal de interferência na administração. A própria Linha Vermelha passou a contar com campanha de marketing, ao longo da via, com a indicação de mudança de nome/cor. Não pegou. A Linha Vermelha, que liga a Via Dutra, a partir da Baixada (Nova Iguaçu), a Ponte Rio-Niterói e Zona Sul, permanece como Linha Vermelha. Com a nova administração, a cor passou a ser azul, que predomina na bandeira do Estado.

Daí a César o que é de César e a Deus…

César Maia é conhecido como homem muito mistificado (“Que foi vítima de mistificação; iludido, burlado, logrado”, Aurélio). Mostrada certa vez pela mídia, a mesa de trabalho do escritório de César Maia mais parecia uma banca de artigos variados de camelô, que propriamente de um homem, no mínimo, sensato, de tantas imagens, totens, ícones, santos protetores etc.

Na verdade, ele logrou o povo, com uma administração abaixo da média. Deixou como principal marca o escandaloso superfaturamento da Cidade da Música, uma obra orçada em 80 milhões, com custos ampliados de forma mediúnica para 439 milhões, às vésperas da eleição municipal passada, e necessita de mais R$ 150 milhões para ser concluída.

Controle dos fenômenos climáticos

A informação que recebi de um amigo, ainda durante a administração do Maia, confirmou-se na matéria divulgada pela última Veja (29/julho/2009), página 96, Cidades, sob o título Mistérios entre o céu e as Prefeituras, e o subtítulo: As administrações municipais do Rio de Janeiro e São Paulo têm convênios com uma fundação mediúnica a qual elas atribuem o poder de mudar o clima.

A “empresa” espírita leva o nome de Fundação Cacique Cobra Coral e tem como marketing o “poder de interferir nos fenômenos climáticos através de uma entidade espiritual”.

Ao escrever a matéria, Silvia Rogar informa o seguinte: “A possibilidade da existência de mistérios entre o céu e a terra não é algo assim tão distante das convicções de milhões de brasileiros. Mas daí a celebrar convênios oficiais com espíritos vai um longo caminho”.

Temporal alagou ruas e avenidas cariocas em 17 de novembro de 2008 (Foto: aleosp2008.wordpress.com)

Temporal alagou ruas e avenidas cariocas em 17 de novembro de 2008 (Foto: aleosp2008.wordpress.com)

Em São Paulo, o marketing propalado pelo prefeito do Rio chegou através de email, segundo a revista, e a ideia foi abraçada pelo então prefeito José Serra, por meio do vereador Ricardo Teixeira, secretário-Adjunto de Coordenação das Subprefeituras. O atual prefeito Gilberto Kassab renovou o convênio por tempo indeterminado. No Rio, os “serviços do além” também foram prorrogados pelo prefeito Eduardo Paes. As renovações contratuais com o vulto do além, talvez tenham como força o nome usado.

O tal espírito não seria nada menos que o físico e matemático Galileu Galilei, segundo a “incorporadora” espírita, Adelaide Scritori. O cientista já fora penalizado pela Igreja Católica por contrariar a ignorância da mesma sobre fatos científicos. Seria novo castigo?!

O mesmo espírito depois se atualizou ao tempo e passou a ser Abraham Lincoln, tendo como pano de fundo a abolição da escravatura nos Estados Unidos. Porém, o mérito da abolição está mais para ações cristãs (leia-se protestantes), que propriamente ao célebre presidente norte-americano.

Quem sabe nos dois casos e espírito enganou-se com os nomes?! Pode ser, não é mesmo? Ou um erro de cálculo por causa de um mísero século… quem sabe?! Chico Xavier, por exemplo, confessou em entrevista que recebia a visita de um espírito brincalhão, que só aprontava e o fazia errar os cálculos das centenas de rezas, impostas pelos padres, como meio de exorcizá-lo. Ora, pode ser outro que fez carreira na mesma escola do além…!

Espírito sem traços, traços sem espírito

Pra começar, de cacique o espírito não tem sequer traços. Isso fica claro no bico de pena da fisionomia do personagem do além, estranhamente com todas as características humanas. Eu sempre pensei que um espírito dessa estirpe tivesse a aparência musgosa, de um chumaço de fumaça… sei lá, menos de um cara-humano…

Das matas, por onde andou o tal farejador de temporal, Adelaide chega à ciência moderna (depois de passar por seu criador, o cientista Galileu), e dá uma bisbilhotada básica no tempo, por meio de orientações de um professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), e ainda de um pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa assessoria pós-moderna ao pobre e desatualizado espírito indígena, eu diria que funciona como uma luz nas trevas. Ou então uma forma de fazer birra ao espírito, que já não manja nada de chuvas e trovoadas. Pode ser!

Como ganha e o que ganha a exploradora do espírito Adelaide, já que o convênio não tem, em contrapartida, pagamento? Antes devemos saber que isso pode ser algo… vamos dizer, além das normas do além, mesmo porque Lincoln não merecia isso, já que ele não seria adepto à escravatura, conforme argumenta Adelaide.

Segundo a revista, ela administra com o marido, Osmar Santos, uma corretora de imóveis e seguro. E para efetivar seus mirabolantes convênios é cobrado o pedágio-espírita de R$ 10 mil, livre de passagens, estadias e demais despesas de toda a equipe mediúnica. Um dos clientes da empresa é o Rock in Rio.

O pacto para proteger a cidade de catástrofes, teve início na administração do ex-prefeito César Maia (Foto: JB Online)

O pacto para proteger a cidade de catástrofes, teve início na administração do ex-prefeito César Maia (Foto: JB Online)

“Perturbadores dos retos caminhos”

Para conter esses homens públicos, sem nenhum constrangimento de agir de forma tão bárbara, somente homens com as mesmas características do profeta João Batista ou do apóstolo Paulo.

João, da nobre linhagem sacerdotal, tinha direito aos privilégios advindos da função, como sucessor do pai. Mas o que fez? Para não figurar como um simples eco, ele renunciou a tudo para tornar-se uma voz (“que clama no deserto”). E quem foi ele?

João refletiu o verdadeiro caráter de um servo do Senhor – em especial diante de uma situação como a de hoje – como mostra o Evangelho de Marcos: “porque Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo; e guardava-o em segurança e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa vontade o ouvia”.

Herodes, nome que procede de Heros (semi-deus), era o César Maia – e igualmente supersticioso –, Eduardo Paes, Serra ou Kassab, da época, com muito mais influência e poder, obviamente. João não queria nem saber da influência do homem. A ele mais importava obedecer a Deus que a homens (cf At 5.29).

E o apóstolo Paulo, diante de situação semelhante o que faria? É só dar uma olhadela no livro de Atos. Em Pafos havia um sujeito que também prestava assessoria oficial. Barjesus (Elimas) era igualmente um falso profeta judeu, encostado na autoridade local, o procônsul romano Sérgio Paulo (de também dois nomes), embora Lucas o tenha na qualidade de homem equilibrado (“varão prudente”), “significando que ele tem capacidade mental e não é engabelado pelo mágico”.

Porém, como era comum no mundo antigo, “o procônsul tinha atração pela magia e consultava feitiçaria e quiromancia a respeito de questões importantes. Entre os assistentes de Sérgio Paulo está o mágico Barjesus” (ARRINGTON, French e STRONSTAD, Roger Comentário Bíblico Pentecostal, 2003, 1ª Edição, Rio de Janeiro, CPAD).

A Bíblia diz que, embora Sérgio Paulo quisesse ouvir a mensagem verdadeira, propagada pelo apóstolo, o médium-assessor criava-lhe obstáculos. O apóstolo, cheio do Espírito Santo, não esperou para dizer-lhe: “Filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda justiça, não cessará de perturbar os retos caminhos do Senhor?” O apóstolo não para por aí e ordena que o mesmo fique cego por determinado tempo.

O testemunho da ação de poder na vida do homem de Deus, ao honrar o Senhor e repreender o Inimigo, na vida daquele homem, fez com que Sérgio Paulo cresse no Evangelho de Cristo e se convertesse ao cristianismo (Mc 6.20 e At 13.1-12).

Nossa postura

Hoje, além de não esboçarmos tal autoridade e nos alinharmos a homens públicos de caráter duvidoso e crenças espúrias, como os acima, os recebemos em nossas festas e não poucos prestam cultos a essas figuras. Enquanto isso, eles permanecem a praticar atos que ofendem a santidade do Criador e agridem qualquer seguidor de Cristo.

Não podemos fingir cegos, pois temos a obrigação de honrar as autoridades, mas sem jamais submetermos aos caprichos que vão de encontro aos desígnios divinos. Nossos irmãos da Igreja Primitiva foram perseguidos pela autoridade romana justamente porque não se dobravam aos césares e a suas ideias político-administrativas, que se opunham à crença divina.

Já estamos próximos de época semelhante.

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A Folha Online divulgou hoje (domingo) notícia distribuída pela agência da Efe (da Cidade do Vaticano), sobre o anúncio. O papa Bento 16 disse que os restos mortais estão na Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma.

Segundo o líder católico “recentemente uma sonda foi inserida no sarcófago que se conserva sob o altar maior local, e revelou a existência, no interior do sarcófago, de um precioso tecido de linho de cor púrpura laminado em ouro puro e outro de cor azul com fios de linho, assim como de grãos de incenso vermelho e substâncias protéicas e calcárias”.

Foram encontrados ainda “pequenos fragmentos ósseos, que foram submetidos a exames por ‘especialistas que desconheciam de onde provinham, e que deram como resultado pertencer a uma pessoa que viveu entre o primeiro e o segundo século’”, acrescentou o papa.

“Tudo parece confirmar a unânime e incontrastável tradição de que se tratam dos restos mortais do apóstolo Paulo, o que nos enche de profunda emoção”, afirmou o pontífice.

Segundo Bento 16 os restos mortais do apóstolo Paulo estão na na Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma (Foto www.vatican.va)

Segundo Bento 16 os restos mortais do apóstolo Paulo estão na na Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma (Foto http://www.vatican.va)

Possibilidades

Não obstante a importância da descoberta para a história cristã (caso ela seja comprovada) ela é de difícil autenticação científica em função do tempo. Não havia na época, meios favoráveis para tal preservação, pois o apóstolo viveu justamente na pior fase do cristianismo. Ele sofrera perseguição tanto dos judeus quanto dos romanos, embora detivesse as duas cidadanias.

Outro fator que pode ser negativo quanto à comprovação, diz respeito a ausência de referências pessoais de Paulo, para comprovar o achado e também os próprios achados. As preciosidades encontradas no sarcófago, como linho de cor púrpura, laminado de ouro, parece não condizer com o que Paulo pregava: “…não ambicioneis coisas altas , mas acomodai-vos às humildes…” (Rm 12.16).

Porém, caso seja real, é uma grande descoberta que reforça os preceitos cristãos estabelecidos pelo Criador, por meio do apóstolo Paulo. Ele estabelecera as doutrinas da Igreja do Senhor, através das Epístolas pastorais. Por outro lado, nada, além da própria Palavra revelada e da ação do Espírito em cada crente, serve para validar a Palavra. As descobertas arqueológicas ou provas científicas não têm autoridade para isso, conforme afirmamos no livro Pontos Difíceis de Entender/CPAD.

Bento “lembrou os vários escritos de Paulo de Tarso, entre eles as Cartas aos Romanos, nas quais fala do ‘homem novo’” e que o “homem velho é aquele cujo pensamento só está no ter, no possuir, no bem-estar, na influência, na fama…”.

O líder católico critica o homossexualismo quando afirma que “O ‘homem novo’ deve (…) …reconhecer o casamento entre um homem e uma mulher para toda a vida, como ordenamento de Deus e algo restabelecido por Cristo”.

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