Na edição da revista Época (ed. 615 de 1/3/10), que teve como tema de capa o espiritismo com destaque ao falecido médium Chico Xavier, fomos entrevistado, como presidente do Conselho de Comunicação das Assembleias de Deus, quando enfatizamos a posição bíblica, que condena toda e qualquer forma espírita.
A matéria deixou transparecer a busca por audiência do recém-lançado filme de Chico Xavier, visto pela crítica como verdadeiro fiasco. A reportagem, como se vê na matéria, não foi imparcial e buscou conteúdo na tentativa de elevar as obras do médium mineiro.
De esquisito a herói!?
De forma imparcial, outra revista, já fora de circulação, entrevistou Chico Xavier e mostrou, na época, alguns pontos controversos. O menino órfão, criado por sua tia, vivia sob castigos, forma usada para repreensão de suas posturas estranhas e traquinagens. Assustado com a postura do menino, sua tia o levou a um padre. Ela dizia que o menino tinha demônios. Para exorcizar o menino, o religioso receitou a penitência: rezar mil ave-marias com uma pedra na cabeça. Mas, quando o menino passava das novecentas, um espírito brincalhão o fazia errar e, por isso, tinha de voltar à contagem do zero. Daí para os contatos com o mundo dos espíritos foi um pulo.
A revista Época dedicou 9 páginas, sempre com vistas à elevação da doutrina espírita e pouco espaço para a defesa da fé cristã. Embora apropria-se de preceitos cristãos, como assinala a revista, o espiritismo nada tem que ver com o cristianismo, pois a Bíblia o condena desde o Velho Testamento.
Não há como nascer frutos bons e ruins de uma mesma árvore e tampouco uma fonte não tem como jorrar água doce e salgada, ensina a Palavra (cf Tg 3.11-12). Como saber se o espírito brincalhão, como o próprio médium definiu, possuía boas ou más referências?!
Condenação pelo Senhor
Não há como conciliar. O Senhor sempre proibira a consulta a mortos, com pena de morte para quem o fizesse. “Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador… nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos: pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora de diante de ti”, Dt 18.10-12.
O rei Saul foi rejeitado pelo Senhor por consultar uma espírita, após ele mesmo ter expulsado todos os que praticavam qualquer forma de mediunidade (1Sm 28). Saul suicidou-se. Leia ainda Isaías 47.9-13.
No Novo Testamento o próprio Senhor condena o espiritismo quando trata do fato ocorrido entre o Rico e Lázaro. Ele afirma que não há como alguém voltar da morte e manter contato com a família (Lc 16.19-31). Expulsão de demônios – espíritos caídos – de pessoas possuídas (Lc 8.26-39), dentre outras passagens, também indicam condenação.
Por fim, Hebreus 9.27 diz que após a morte segue-se o juízo. Todos os textos bíblicos mostram que não há tratamento, progresso e qualquer tipo de alinhamento entre mortos e vivos.
Até a Igreja Católica Romana, que pratica o sincretismo – o ecumenismo com os espíritas – como se vê na Bahia, com sua doutrina purificadora após a morte, por meio do limbo e purgatório, onde pecadores se livram de pecados remanescentes, condena o espiritismo. Também na matéria a revista Época mostra que o próprio filho do médium chegou a duvidar do pai.
Mesmo com afirmações semelhantes às que ora expomos, o editor pinçou parte da declaração e só inseriu o seguinte: “O pastor Antonio Mesquita, presidente do Conselho de Comunicação da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil diz que os evangélicos condenam o espiritismo. ‘Evitamos falar sobre o assunto para que todos possam viver em paz, mas várias passagens na Bíblia mostram que a comunicação entre os homens e os mortos não é possível”’ (Época, pág. 90, 1º de março de 2010).
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