Feeds:
Posts
Comentários

Archive for the ‘Sem-categoria’ Category

Subsídio – LB 6/CPAD – 12maio24

1- A PALAVRA

Ela expressa o próprio Deus (da Palavra). Também o Deus do Livro ou das “Sagradas Letras” (Palavra revelada). “E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o Nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus”, Ap 19.13.

Ele é o que É, portanto, o próprio SER, o EU SOU, a Semente, o motivo, o Princípio de tudo e de todas as coisas. “Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”, Hb 11.3.

Ainda É o Princípio (o Começo, o Genes da Criação), pois “No Princípio era o Verbo (a Palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, Jo 1.1.

“O Logos é a revelação única que Deus faz de si mesmo” (Comentário Bíblico Pentecostal/CPAD). A mesma obra informa: “Aquele que é Deus agora se faz humano. Este é o significado da encarnação: O Verbo divino (a Palavra divina), o Filho de Deus, agora é divino e humano”.

Deus é a Semente de tudo. “Este é o significado da parábola: A semente é a Palavra de Deus” (Lc 8.11). Paulo, o apóstolo, esclarece a proposta divina em Cristo conforme o texto de 1Coríntios 15. Se plantarmos semente espiritual, colheremos corpo espiritual e não carnal (1Co 15.42-50).

Apóstolo Paulo também enfatiza a existência de corpos da carne, como Adão, almas viventes (existentes), gerados na carne. Entretanto, o último Adão – Cristo – foi gerado pela Palavra no Espírito, “em espírito vivificante” (1Co 15.45).

A- A PALAVRA NA CABEÇA (NA TESTEIRA)

“Ponde pois estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos”, Dt 11.18. Na versão ACF: “… para que estejam por frontais entre os vossos olhos”.

Entre os olhos, lógico que não seria de forma física, colada, pregada, escrita, mas na mente, no cérebro, na maneira pensante de ser.

Essa é a parte do cérebro humano – na direção da testa – onde localiza-se o córtex pré-frontal e que desempenha funções preponderantes para:

1- A formação de metas e objetivos;

2- O planejamento de estratégias;

3- Para a ação em busca de objetivos, alvos;

4- Onde as habilidades cognitivas são selecionadas, para que metas ou planos são executados;

5- A coordenação das habilidades;

6- Aplicação dessas buscas em uma disposição correta;

7- O gerenciamento dos movimentos voluntários, da linguagem e habilidades cognitivas.

A mente é maravilhosa/Pinterest

Portanto o chamado lóbulo frontal se localiza imediatamente atrás da testa. Segundo a fisiologia humana, “os lobos frontais são considerados o centro de controle comportamental e emocional e responsável pela personalidade”.

B- REAFIRMAÇÕES

“Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”, Hb 4.12.

“O caminho de Deus é perfeito; a Palavra do SENHOR é provada; é um escudo para todos os que Nele confiam”, Sl 18.30.

“A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices”, Sl 119.130.

“Lâmpada para os meus pés é tua Palavra e luz, para o meu caminho”, Sl 119.105.

“Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a Palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta”, Mt 13.23 (Grifos meus/iniciais maiúsculas).

2- A ORAÇÃO

A- BASES DA ORAÇÃO ENSINADAS POR JESUS

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;

O pão nosso de cada dia nos dá hoje;

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;

E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre.

Amém’ (Mt 6.9-13).

Oração consiste no contato expontâneo, por meio do diálogo, entre o homem e Deus. Diferente de reza, pois esta segue norma do monólogo e não expressa sentimento expontâneo e pessoal.

Como comunicação (com o Criador), para ser eficaz, deve ser estruturada com

1) Começo (Introdução);

2) Meio (Corpo, Pedido, Estrutura);

3) Fim (Conclusão).

Ela deve ser realizada em Nome de Jesus, conforme o próprio SENHOR ensinara (Jo 14.13-14,6);

Segundo a vontade divina (1Jo 5.14);

Ter o auxílio do Espírito (Rm 8.26).

a- VIGIAR

Deve ser precedida pela vigilância: ‘Vigiai e orai’ (Mt 24.41). Vigiai (do grego gregoreo), indica ‘um imperativo presente e denota uma vigília constante no tempo atual’ (Bíblia de Estudo Pentecostal, comentário de rodapé).

b- ESTRUTURA

Embora a oração possa ser classificada de Súplica (Rogo, Deprecação); Intercessão; Ação (e não ações) de Graças, suas estruturas mantém-se.

Pode ser oração de Súplica, ou de Clamor (krazo, gr). É associado a um grito de guerra.

B- JESUS NOS ENSINA

Primeira parte

ALINHAMENTO ESPIRITUAL

1) ‘Pai

2) Nosso,

3) que está nos Céus,

4) santificado

4) seja o teu Nome’.

a- DEUS É PAI

No tempo de Jesus, a definição de pai tinha abrangência muito maior e de mais importância. Pai era o chefe do clã, como Abraão.

Ele é Meu e Seu e não somente mEU! É desejo Dele que todos sejam salvos para que possa tornar-se Pai de todos, por direito em Cristo (Jo 1.11-12).

b- NOS CÉUS

Ele está acima de todos, incluindo a ideia de domínio, isto é, SENHOR de tudo e de todos.

c- SANTIFICADO

Ele é Santo, pois o seu Caráter, representado naquilo que Ele É ou representa, explícito em Seu Nome, é santo (Is 6.3). Aliás, SENHOR é Aquele que detém o domínio de tudo, e esse é o Seu Nome (Is 42.8).

d- VENHA O TEU REINO

Aqui conclui-se a primeira parte da oração, totalmente de cunho espiritual, com a nossa opinião (doxologia) sobre Ele. Quem Ele é para nós.

Equivale dizer que o Reino divino deve estar dentro de cada crente e cada um dentro do Reino, completando a suprir todas as necessidades espirituais (Buscai primeiro o Reino de Deus… as demais ‘coisas’… Mt 6.33), com

e- SEJA FEITA A TUA VONTADE

TANTO NA TERRA COMO NO CÉU.

Diz respeito ao Domínio tanto temporal e humano – na Terra -; quanto no campo espiritual – nos Céus.

Se o Reino estiver em nós teremos Paz em sua completude: Alegria, Esperança, Amor, Graça (como unção, poder), Saúde e prosperidade, isto é, a Salvação total e completa (de forma holística).

Segunda Parte

f- PROVISÃO HUMANA

5) o pão nosso

6) de cada dia

7) dá-nos hoje

Nossa preocupação deve se ater à provisão diária, sem inquietação (Mt 6.34).

8- Perdoa as nossas dívidas

9) assim como nós perdoamos

10) aos nossos devedores.

O perdão é algo de essência na vida do crente. Não há como ter equilíbrio espiritual sem perdoar. Veja Mateus 5.23-25. O perdão parte de quem foi magoado, atingido, denegrido… (Rm 15.1).

Sem essa de ‘liberar perdão’, pois é algo que diz de alguém que estaria numa fase de reencarnação, preso, à espera dessa “liberação” de perdão para prosseguir em seu karma!

Terceira parte

g- LIVRAMENTO

11) E não nos induzas à tentação

12) mas livra-nos do mal’.

Somos tentados por nossas fraquezas e por artimanhas de cunho espiritual. Não temos nenhuma condição de vencer o Reino das Trevas. Precisamos de livramentos por Ele (Ef 6.13).

Quarta Parte

h- DOXOLOGIA

Glorificação final, a nossa confissão do domínio divino: manifestação da nossa opinião de quem é o SENHOR para nós. Nossa plena confiança Nele!

13) porque teu é o Reino,

14) e o poder,

15) e a Glória,

16) para sempre. Amém!’

A oração não deve ser repetição escrita, pois seria caracterizada reza (monótona repetição).

Deve ser contida das estruturas expostas: Começo, meio e fim, ocasionar enlevo espiritual, exaltação ao SENHOR. Primeiro o espiritual e, somente depois, faz-se o pedido daquilo que é temporal.

I- SEGREDOS

“Se o teu joelho está no chão,

Teu inimigo não consegue ficar de pé” (Fica Tranquilo, Kemilly Santos)

Observe sempre que mais oração, mais poder; menos oração, menos poder!, portanto, ore!

3- O JEJUM

“…Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum”, Mc 9.29. Jejum, na visão bíblica, é a abstinência total de alimento, com o objetivo de consagração.

O jejum deve ser praticado a partir de um propósito. Contudo, não pode ser encarado como um sacrifício, pois não tem o objetivo direto de exaltação a Deus, mas a nossa aproximação a Ele. É o distanciamento da carne, pela consagração, ocasionando o enlevo espiritual, que redunda em libertação, bênçãos, progressos. Este é o propósito principal do jejum, jamais a barganha.

Ao iniciar seu ministério o SENHOR jejuou durante 40 dias, como Moisés, que  por “quarenta dias e quarenta noites: não comeu pão, nem bebeu água…” (Ex 34.28)., pois como “Está escrito nem só de pão viverá o homem,…”, Lc 4.4.

A- INÍCIO E FIM

O jejum dever ter começo, meio e fim. Comece no dia anterior, após a meia-noite. Ore para o seu início e exponha o seu propósito ao SENHOR.

As lutas mais comuns que se instalam são caracterizadas por fraquezas carnais, desejos desequilibrados e paixões desenfreadas. O segredo para vencer a tudo isso está no fortalecimento do outro lado – o espiritual – alcançando o equilíbrio.

Não se entregue. Lute! Em qualquer circunstância precisamos nos consagrar a Deus: Com lutas, para vencê-las; sem lutas, para não tê-las.

Estabeleça o tempo do jejum. Determine um plano de ação. O jejum é uma luta em busca de força para vencer a carne. Portanto, pratique-o uma, três vezes por semana, em todos os domingos…, ou nos primeiro(s) dia(s) do mês, e assim por diante. Formule uma opção e comece devagar.

Se você tem dificuldade para ficar até o almoço sem comer e beber, fique até às 9 horas, se abstendo do café da manhã. Depois vai ampliando o tempo. Não prometa a Deus o que você não conseguirá cumprir.

Ao concluir o tempo, ore novamente e entregue o jejum. Se estiver entre pessoas estranhas ou sem espaço adequado para ajoelhar, ore em pensamento.

B- LIMPEZA DO ORGANISMO

É importante saber que o jejum é recomendado para a desintoxicação, intercalado com água, sucos, vegetais e frutas, do ponto de vista científico.

“O jejum ajuda no funcionamento do intestino e no processo de saída das toxinas das células”, diz o naturopata Antônio Bueno, na revista Marie Claire, página 185, julho/99.

Ele afirma ainda que “O jejum purifica o sangue, qualifica a função das células, potencializa as glândulas em geral, acalma, normaliza distúrbios metabólicos e remove toxinas profundamente localizadas”.

Jejum é abstinência total. Os muçulmanos, por exemplo, quando jejuam, nem mesmo engolem a saliva, mas não há necessidade de ser tão radical.

Se você já tem um estômago educado e come com moderação, terá mais facilidade (leia Provérbios 13.25). Mas não seja radical. O jejum deve ser feito com sabedoria e sem extremos.

Ninguém precisa saber que você está sem comer. Se, de repente, toda a sua família ficar preocupada com você, seu jejum vai servir de escândalo e perderá o propósito.

Mas nada impede de você pedir orientação ao seu pastor, a um obreiro experiente e até mesmo a um médico. Não é necessário dizer o porquê da consagração.

Pessoas que vivem dramas cruciantes, problemas que se arrastam por muito tempo, devem lembrar das considerações do SENHOR, sobre determinadas opressões, notadamente espirituais: “…Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum”, Mc 9.29.

C- EXEMPLOS BÍBLICOS

O líder de Nínive, por decreto, mesmo sem conhecer ao SENHOR conclamou

jejum geral e a grande cidade da época, foi poupada destruição (Jn 3.7).

Os judeus diante da ameaça de destruição completa sob o Império Medo-Persa, de Xerxes, também buscaram o mesmo caminho. Sob a orientação de Ester obtiveram uma tremenda inversão com gloriosa vitória (Et 4.15-16).

Outro caso a demonstrar a mudança de situação operada pelo SENHOR, em resposta ao jejuno, está em 2Crônicas, com o rei Josafá, que em tempos modernos seria o presidente Josafá.

Ele orou: ‘Se alguma desgraça nos atingir, seja o castigo da espada, seja a peste, seja a fome, nós nos colocaremos em tua presença diante deste templo, pois ele leva o teu nome, e clamaremos a ti em nossa angústia, e tu nos ouvirás e nos salvarás’, 2Cr 20.9

Com o jejum o SENHOR agiu. O profeta Jaaziel proclamou: ‘Não tenham medo’.

D- LIVRAMENTO PELA ORAÇÃO E JEJUM

John Wesley fala-nos em seu jornal sobre o poder da oração comentando sobre o dia solene de oração e jejum a que o rei da Inglaterra convocou a nação em razão da ameaça de invasão da França: “O dia de jejum foi um dia glorioso, tal como Londres raramente tinha visto desde a Restauração.

Todas as igrejas da cidade estavam superlotadas. Havia um senso de profunda reverência em cada rosto. Certamente Deus ouviu as orações e deu-nos vitória e segurança contra os inimigos”.

O risco da invasão fora afastada, criando um momento de grande alegria em todo o país.

Também o saudoso missionário Eurico Bergsten, um ícone na supervisão (bispado) e ensino nas ADs no Brasil, falava sobre o mesmo na Finlândia.

Sob a ameaça da invasão iminente da então União Soviética, as igrejas se entregaram à oração e jejum e o livramento foi igualmente posteriormente comemorado.

Read Full Post »

Lição Bíblica 3/CPAD 5maio2024

O Diabo

Inimigo do seguidor de Cristo

TEMPOS SELVAGENS

Apóstolo Paulo fala em Timóteo sobre os ‘dias trabalhosos’ do fim, frase que pode ser traduzida como ‘dias selvagens’ (2Tm 3.1-5). Todas as ações do Inimigo e seus asseclas traduzem isso.

Sua materialização se dá por ação humana: sacrifício de animais (que recentemente o STF homologou, aprovou), de crianças, e ainda atitudes humanas, que vão ao encontro a sua própria natureza, transformando o humano – por suas atitudes -, pior que animais.

Ao ressaltar isso, o homem é animalizado e, por sua vez, o próprio homem acaba humanizando o animal. Isto está previsto na tentativa da ideologia de esquerda, em pauta no Congresso brasileiro.

Trata-se da Mudança do Código Civil, que aborda uma série de questões, “desde o reconhecimento dos animais como seres sencientes até a alteração dos direitos da criança e da definição de família e ataque à nossa liberdade” (CitizenGO).

“Senciente é reconhecer que ele é capaz de sentir, de vivenciar sentimentos como dor, angústia, solidão, amor, alegria, raiva, etc” (Jusbrasil).

OS ATUAIS ISMOS

O Progressismo, Pluralismo, o Ativismo ideológico etc, são expostos ‘publicamente em oposição’ (Leia 2Tessalonicenses 2.4), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, enfrentam com ‘garras’ e dentes afiados os princípios judaico-cristãos, com a notável tentativa de reduzi-los.

Em 2Timóteo 4.14-15, o apóstolo mostra a todos nós essa figura entre a lide cristã, ressaltando-a como causadora “de muitos males”. Forte opositor ao exercício da fé em Cristo.

Opositor, bloqueador, impedidor são traduções do hebraico para Satã. O apóstolo chama a atenção e observa: Estejam prevenidos!

Este mesmo conselho é transmitido pelo apóstolo Pedro por semelhança através de outra construção literária: Resisti ao Diabo (1Pd 5.9), isto é, ‘escore-o e não o deixe avançar, passar’.

A CARNE E SUAS CONCUPISCÊNCIAS

Suas concupiscências são o desejo exacerbado sexual, sensualidade, volúpia, luxúria, libertinagem, erotismo, carnalidade, incontinência, ganância, ambição, cobiça…

Carne (sark ou sarx, gr) diz respeito à natureza do ser humano. Ao caído Adam, o “Terroso”, proveniente da terra (Adão) – o macho e a fêmea.

Refere-se ao tabernáculo humano (o corpo), mas ainda às limitações e fraquezas. Significa também

A- fraqueza e desejos pelo pecado (Gl 5.16-21; 4.23); a

B- natureza humana (Rm 1.3): a

C- natureza do pecado (Rm 6.6; Gl 5.1);

D- os desejos pecaminosos (Tg 1.14; Rm 5.5-6).

Portanto o homem pode ser “sarkinos”, isto é carnal, ou “pneumáticos”, de pneuma (guiado pelo) espírito (Jr 21.8; Ap 3.15-16).

O MUNDO

No sentido da indicação do texto, mundo não é propriamente o cosmo (ordem), aquilo que foi criado pelo SENHOR, mas o sistema que o domina, que o rege. Neste sentido, “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (1Jo 5.19), mas podemos vencê-lo (1Jo 5.4).

1João 2.16 ainda nos mostra que “tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”, que passa “e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

São três coisas existentes no mundo, pelas quais o pecado é gerado:

1- A Concupiscência da Carne;

2- A concupiscência dos Olhos; e

3- A Soberba da Vida.

Percebe-se que no verso 6 de Gênesis 3, essas três questões estão presentes:

1- “E, vendo a mulher que a fruta era boa para se comer” (A Concupiscência da Carne);

A- Pecados Carnais

2- “e agradável aos olhos” (A Concupiscência dos Olhos);

A- Porta de Entrada

3- “e árvore desejável para dar entendimento” (A Soberba da Vida).

A- “sobranceria (falta de modéstia) de algo em relação a outra coisa em plano mais baixo; elevação,… “sentimento de altivez, sobranceria; orgulho”.

B- Prosperidade: A prepotência humana

Durante o seu período de consagração no deserto, o SENHOR Jesus foi “tentado” nas mesmas três áreas, conforme registrado em Mateus:

1- “manda que estas pedras se transformem em pão” (Concupiscência da Carne);

2- “e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles” (Concupiscência dos Olhos);

3- “lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Aos teus anjos dará ordens” (Soberba da Vida) – Mt 4.1-11.

Caso o SENHOR fizesse o que lhe propôs o Diabo, os anjos viriam e Ele seria aplaudido pelos homens. Isto seria vaidade.

Qualquer tentação pela qual possamos passar será numa dessas três áreas:

Concupiscência da Carne;

Concupiscência dos Olhos; e a

Soberba da Vida.

VIGILÂNCIA

Mateus 26.41 não diz-nos para ‘orar e vigiar’ – nesta ordem -, mas “Vigiai e orai”. Podemos orar, mas não vigiar, porque “na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”.

COMO PORTAR-SE?

“Andai em espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”, Gl 5.16. Assim, seremos livres da concupiscência dos olhos, não nos expondo a “coisa má diante dos meus olhos”, Sl 101.3.

PRINCÍPIO DA VITÓRIA

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Veja também João 16.33.

Read Full Post »

O urubu é uma ave que navega com admirável controle aéreo e até completa facilidade de planagem. Não obstante ser ave de rapina como o gavião, a águia, ágios caçadores, não passa de um carniceiro. Sua existência subsiste à base de coisas podres, fétidas, indesejáveis.

Sua família-espécie é grande, mas nem o mocho-diabo, com penas eretas em sua cabeça em forma de chifres, se alinha a tal comportamento, ditado pelas escolhas, práticas e interesses próprios, que lhe dizem respeito.

O ÍMPIO

Assim é o ímpio, que conhece todos os traços da família (cristã), mas dela não mais faz parte. Caminha a sua margem, a sobreviver de alimentos perecíveis. 

Os ímpios “são como a moinha que o vento espalha. Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá”, Sl 1.4-6.

São promissores em suas escolhas e se escondem na caligem do ambiente, como súcia à espreita de alegações de descontentes, que se associam para a crítica a igrejas, pastores e demais líderes. Se identificam com determinadas atitudes, mas “Saíram de nós, mas não eram de nós” (1Jo 2.19).

EXEMPLOS NA HISTÓRIA BÍBLICA

Na historicidade bíblica vemos exemplos desses dois lados distintos. Temos um registro do apóstolo Paulo, homem impecável e de comportamento bem acima do ordinário.

MOISÉS E O POPULACHO

Ainda no Egito, Moisés passou por muitas situações de contrariedades. Entretanto, à medida que avançavam rumo à Terra Prometida o volume de opositores aumentou.

Embora tivesse enfrentamento a inimigos do deserto, os piores e mais implacáveis foram os que estavam entre o povo, muito embora não fossem hebreus. A Bíblia os chama de “populacho”, um povinho, a ralé, pessoa sem pertencimento, quem ou que não é membro de nada, trivial.

Note que Números 11.4-5 trata desses que inflamaram os hebreus contra Moisés e sua missão, justamente o “populacho”, infiltrado entre todos: “E o populacho, que estava no meio deles, veio a ter ardente desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar,…”.

BATENDO LATAS

Mesmo como doutor na Palavra, apóstolo Paulo não foi poupado. Ele alerta o jovem obreiro Timóteo sobre enfrentamentos de pessoas infiltradas no meio cristão, apontando diretamente um deles. Trata-se de Alexandre, o latoeiro, que atualizado seria metalúrgico ou ferreiro (NVI).

Em 2Timóteo 4.14-15, o apóstolo mostra a todos nós essa figura entre a lide cristã, ressaltando-a como causadora “de muitos males”. Forte opositor ao exercício da fé em Cristo. 

Opositor, bloqueador, impedidor são traduções do hebraico para Satã. O apóstolo chama a atenção e observa: Estejam prevenidos! 

Este mesmo conselho é transmitido pelo apóstolo Pedro por semelhança através de outra construção literária: Resisti ao Diabo (1Pd 5.9), isto é, ‘escore-o e não o deixe avançar, passar’.

COM JESUS

Bem, se não somos melhores que o apóstolo Paulo e Moisés, os dois doutores grandemente usados pelo SENHOR em suas duas Alianças, que dirá Jesus, não é mesmo?!

Dentre os 12 discípulos do SENHOR houve uma figura emblemática por sua identificação ímpia. Judas fez parte do colégio dos Apóstolos e até recebeu a unção, para pregar (Lc 9.1).

REAIS MOTIVAÇÕES

Como diz a frase: “Pela placa se conhece o engenheiro” (do meu livro Ilustrações para Enriquecer suas Mensagens/CPAD), a indicar também a necessidade de observar motivações comportamentais, e até o que teria causado tais insatisfações, o start precedente.

Nem tudo está impresso naquilo que se chama atenção. No caso em tela, o pano de fundo vai muito além. A Bíblia dá orientações claras quanto ao tratamento de desvios, tropeços, erros…, de alguém, de seu irmão. Como se deve proceder (Mt 18.15-17).

Atualmente existe uma forte corrente, capitaneada pelo mal, que usa a mídia social como forma de obter destaque, desabafar ranços e até ganhar ibope.

São pessoas que passaram por traumas de extremos religiosos, que os carregou ao radical do racionalismo. Nisto está a exigência de uma nova existência, que vai desde a nova identidade, mormente paranoide (hostilidade) a encontrar um novo nicho.

Atacar o meio conhecido seria uma ótima escolha para a completa aceitação. Junte-se a isso a descaracterização do anterior, e a busca, às vezes sem fim, pela construção de outra persona, a partir do visual. 

Dentro dessa busca está a Necessidade de Autoafirmação unida à Necessidade de Aparecer (NA). Assim fundamenta-se o novo personagem, o protagonista daqueles que alimentam seu instinto, acometidos da patologia de anosmia.

DESCONSTRUÇÃO:

A QUEM INTERESSA?

Dentro dessa mesma linha, nota-se ainda a vertente ideológica de esquerda em sua luta contra princípios cristãos. Muitos se alinham a ela intencionalmente ou não. É essencialmente diabólica, pois busca a desconstrução de três alicerces, que se opõem ao seu sucesso.

Todos os ataques a líderes cristãos, e até a outros reputados como tais, sejam culpados ou não têm um fim específico. Buscam asfaltar um caminho, conforme a mesma intenção do Diabo: destruição da Igreja, embora seja algo impossível (Mt 16.18).

Além da Igreja, outras bases são alvejadas, todas como parte de um mesmo princípio, a minar propostas do comunismo, em essência ateístas: Deus, Igreja, e Família.

Então, o quanto puderem ao menos solapar tais fundamentos, farão bem à causa maior, unindo-se a Satã, o Espírito Opositor, Bloqueador. Mas não se esqueça que “Deus não se deixa escarnecer” (Gl 6.7).

“Afiam a língua como a da serpente; veneno de víbora está em seus lábios” (Sl 140.3), mas “Não dê atenção a todas as palavras que o povo diz…” (Ec 7.21). “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo”  (1Pd 3.16). Tomei da publicação de pastor Eli Martins.

CAPACITAÇÕES

Para tal resistência, o apóstolo dos Gentios ressalta em Efésios 6, as ferramentas capazes de fazer resistir. “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. 

Ele lança para a perenidade dessas ações, quando fala em “trevas deste século”. Também alerta quanto ao que nem sempre aparece à primeira vista, as “hostes espirituais da maldade”.

Por fim, o apóstolo fala em tomar acima de tudo “o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno”. 

As chamas causadas por tais flechas podem tumultuar o ambiente, queimar até na alma, provocar estresse, pressão emocional e o desequilíbrio, derreter bases de resistência, e até levar à morte. 

Todavia, a Fé torna-se a ferramenta por excelência contra tais. Ela diz respeito àquilo que não se vê, que pode não ser visível fisicamente (Hb 11.1). Porém, seu valor sobressai (sobretudo) e vence todas as artimanhas de hostes espirituais.

SENTENÇA DIVINA

Por fim podemos afirmar que ninguém passa impune diante de suas chamas de vaidades. Como diz o ditado: “Quem planta vento, colhe tempestade”. A Lei da Ceifa é tão fatal quanto real. 

“Eis que todos vós, que acendeis fogo, e vos cingis com faíscas, andai entre as labaredas do vosso fogo, e entre as faíscas, que acendestes. Isto vos sobrevirá da minha mão, e em tormentos jazereis”, Is 50.11 (Leia o capítulo todo).

Read Full Post »

Comentário sobre a Lição de Escola Dominical, O Céu – o Destino do Cristão (21/4/24), LB 3/CPAD

Deve ser escrito com inicial maiúscula, pois diz respeito à Morada dos salvos, onde o SENHOR habita, Eternidade, o Paraíso.

Conforme a tradução do hebraico shamayim (céu) pode indicar “altura”. Ainda no hebraico é literalmente “teto”, procedente da raiz hebraica “raqa”, isto é, laminar.

Aos sumérios o céu atmosférico era descrito como “bronze”, em função dos reflexos de sua luminosidade. Daí procede o nosso dito: “Céu de bronze”, aberto em função da presença da luz solar.

Ja “ouranós” (hb) é mais específico e quer dizer (algo) “elevado”. Porém, todas podem indicar a mesma coisa, desde a morada divina (Is 63.15; Ap 3.12), ou ainda Atmosfera, e o Universo.

Na revelação do apóstolo Paulo, diz-se de sua estada no Terceiro Céu, o “lugar celestial”, o Paraíso (2Co 12.2).

Então conta-se debaixo para cima, a começar pelo

1- Céu Atmosférico – a Atmosfera da Terra -, tem altitude de até 100 quilômetros, conforme definida pela linha Kármán, nome dado em homenagem ao físico húngaro Theodore von Kármán.

2- Céu Universal, Cósmico, o Espaço Sideral, conhecido como Infinito. Quanto a sua distância da Terra, temos o exemplo da posição da Nebulosa de Orion. Localiza-se na região de formação estelar visível a olho nu, como uma pequena nebulosidade acima das Três Marias, na constelação de Orion. Está a 1500 anos-luz da Terra.

Bem, um ano-luz equivale a cerca de 9,46 trilhões de quilômetros. Para percorrê-lo até o final, o homem levaria 3 mil anos.

3- Céu Eterno, o Paraíso Celestial.

“E o SENHOR me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino Celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém!”, 2Tm 4.18 (grifos meus). É ainda o Céu dos céus, de onde o SENHOR descerá (1Ts 4.16), “Céus” (Fp 3.20); onde se deve acumular valores (tesouros espirituais) – Mt 6.19.

Read Full Post »

Você precisa permitir que o seu caminho seja restaurado ou preparado pelo SENHOR. Em qualquer circunstância, enquanto existir ou ao passar para o Além, você terá o Guia e Salvador.

“Disse-lhe Jesus: Eu Sou o Caminho, e a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”, João 14.6.

Abandone ao menos por um momento o seu orgulho. ELE irá receber você? para que não mais ande em trevas, mas passe a andar sob a Sua Luz!: “EU SOU a Luz do Mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da Vida” (Jesus Cristo).

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”, Mateus 11.28-30.

Portanto, agora mesmo, receba ELE como teu SENHOR, Deus e Salvador. Peça-Lhe perdão de seus pecados, sabidos ou não, e que ELE escreva o seu nome no Livro da Vida (Apocalipse 20.15), e livre você do pecado, da Morte, do Inferno e da Condenação Eterna.

Ore a ELE, mesmo que seja em pensamento. Caso tenha condições, prostre-se e fale com ELE, que é Deus e em espírito te ouvirá. Você receberá Paz em sua alma e as coisas que te aborrecem desaparecerão. ELE está acima de tudo, de todas as coisas, e de todos! Creia!

ELE sempre te amou, com Amor supremo:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna”, João 3.16, pois “a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu Nome”, João 1.12.

THE WAY

You need to allow your way to be restored or prepared by the LORD. In any circumstance, while existing or passing to the Beyond, you will have the Guide and Savior.

“Jesus said to him: I am the Way, the Truth and the Life; no one comes to the Father except through me”, John 14.6.

Abandon your pride at least for a moment. WILL HE receive you? so that I no longer walk in darkness, but walk in His Light!: “I AM the Light of the World. Whoever follows me will never walk in darkness, but will have the light of life” (Jesus Christ).

“Come to me, all you who are weary and burdened, and I will give you rest. Take my yoke upon you, and learn from me, for I am meek and lowly in heart; and you will find rest for your souls. For my yoke is easy and my burden is light”, Matthew 11.28-30.

Therefore, right now, receive HIM as your LORD, God and Savior. Ask Him for forgiveness of your sins, known or not, and that HE write your name in the Book of Life (Revelation 20.15), and free you from sin, Death, Hell and Eternal Damnation.

Pray to HIM, even if it’s in thought. If you have conditions, prostrate yourself and talk to HIM, who is God and in spirit will hear you. You will receive Peace in your soul and the things that bother you will disappear. HE is above all, all things, and everyone! Believe!

HE has always loved you, with supreme Love:

“For God so loved the world, that he gave his only begotten Son, that whosoever believeth in him should not perish, but have everlasting life”, John 3:16, for “as many as received him, to them gave he power to those who believe in his name to become children of God” (John 1:12).

Read Full Post »

De 13 a 30 de junho de 2011 publicamos no twitter – @pastormesquita – um tópico por dia, no total de 100, sobre a história do Movimento Pentecostal.

Foram 5 tópicos por dia, com exceção do dia 13 e 18, primeiro dia e o do Centenário da AD, quando publicamos 10, sempre iniciado com tralha (#) e com o número de ordem de cada um e, no final, o tag #CentenarioAD.

O tópico de abertura figurou como o número 1. Os tópicos abaixo estão um pouco maiores, pois no twitter o limite de cada postagem é de 140 caracteres. Hoje publicamos todos os tópicos.

O início do avivamento

2 O avivamento varria partes da Europa, em especial no País de Gales. Nos EUA, o mesmo avivamento ocorria em Minnesota, Carolina Norte e Texas.

3 Em 1891 Daniel Awrey falou em outras línguas em Delaware (Ohio-EUA). Sua esposa teve a mesma experiência em 1899, em Beniah (Tennessee).

4 Os registros de batismo no Espírito Santo ocorreram desde os apóstolos e percorreram por toda a História da Igreja, envolvendo homens e mulheres cristãs.

5 Em 1º janeiro de 1901, antes do Avivamento em Los Angeles, a jovem Agnes Ozman recebeu o batismo no Espírito Santo na Escola Bíblica Betel, em Topeka (Kansas, EUA).

6 Depois de estudarem a Palavra sobre o batismo no Espírito Santo e horas em oração, diversos alunos do curso de Teologia experimentaram a glossolalia (falar em outras línguas).

7 Agnes Ozman é considerada a primeira pessoa a receber a experiência. Depois vários outros alunos e o próprio professor do curso, Charles Fox Parham também foram selados.

8 Em 1905, o garçom Willian Seymour, afro-descendente e filho de ex-escravos de Louisiana, que andava à busca de melhores condições, viajou para Houston (Texas), à procura de trabalho e parentes.

9 Após converter-se passou a pregar a Palavra, tempo em que contrair varíola, doença que o deixou com o rosto desfigurado e cego de um olho.

10 Seymour ‘frequentava’ as aulas de Parham, sobre ensino do batismo do Espírito Santo, mas ficava do lado de fora da sala de aula, próximo à entrada, pois era afro-descendente e, portando, impedido de entrar, em função da segregação étnica, existente na época nos EUA. Seymour chega a Los Angeles

11 Em 22 de fevereiro de 1906, Willian Seymour chega a Los Angeles e passa a pregar sobre regeneração, santificação, cura pela fé e batismo no Espírito Santo.

dscf5827.jpg

12 Seymour e um grupo permaneceram em cultos na casa do casal Ruth-Richard Asbery na Rua Bonnie Brae, 214, em Los Angeles (foto-2)

13 Em 9 de abril de 1906, Edward Lee recebe o batismo e depois Jennie Moore, que depois casou-se com Seymour.

14 Em 12 de abril de 1906, às 4h da madrugada, o afro-descendente Willian Seymour recebe o batismo no Espírito Santo.

15 Em 19 de abril de 1906, nasce a então igreja Missão da Fé Apostólica, instalada à Rua Bonnie Brae, 214, na casa do casal Ruth-Richard. A liturgia era composta de leitura bíblica, cânticos e muita oração, praticamente o dia todo.

dscf5847.jpg.webp

16 A casa na Rua Bonnie Brae – hoje transformada em um museu, com muitas peças da época (foto) – fica pequena e a igreja aluga um templo abandonado, onde antes abrigava uma igreja tradicional e que fora transformado em um estábulo, à Rua Azusa, 312 (foto), também em Los Angeles. Depois de muito trabalho para limpar o local, os cultos passaram a ser realizados lá. Alguns utensílios que restaram do local, como caixotes, foram usados como peças de apoio para o culto. Começa a corrida para Los Angeles

17 A ação do Espírito Santo atrai cristãos do mundo todo. Eles seguem para Los Angeles em busca da nova experiência. A atuação do Espírito, conforme Atos 2.1-8: “E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?”, se espalha pelo mundo.

dscf5868.jpg.webp

Gunnar Vingren

18 Gunnar Vingren nascera a 8 de agosto de 1897, na cidade de Ostra Husby, Suécia. Foi jardineiro como seu pai até os 19 anos.

19 De lar cristão, aos 18 anos, Vingren ocupa o lugar de seu pai na Escola Dominical, quando o Senhor fala-lhe claramente que seria missionário.

20 No ano de 1903, Gunnar Vingren, membro da Igreja Batista, viaja para os Estados Unidos e começa a estudar no Seminário Teológico Batista em Chicago.

21 Em 1909, Gunnar Vingren estava cheio de vontade de buscar o batismo no Espírito Santo. Passou a pregar sobre o assunto em sua igreja, mas teve rejeição.

22 Gunnar Vingren muda-se então para South Bend, Indiana. A igreja torna-se pentecostal com 20 batizados no Espírito Santo já no primeiro verão.

Daniel Berg

23 Daniel Högberg, conhecido como Daniel Berg, nasceu a 19 de abril de 1884, em Vargon, Suécia, filho de Fredrika-Gustav Verner Högberg, membros da Igreja Batista.

24 Aos 17 anos, no dia 5 de março de 1902, Daniel Berg de lar genuinamente cristão, muda-se para os Estados Unidos em busca de melhores condições, pois a Suécia passava por crise econômica. Anos após ele volta à Suécia.

25 Em 1909, quando viajou para a Suécia Daniel Berg ouve sobre o batismo no Espírito Santo e quando volta para os EUA, ainda no caminho, recebe o revestimento de poder, outorgado pelo Espírito Santo, por meio do batismo espiritual.

26 Atraído pelo Avivamento de Chicago, o jovem Gunnar Vingren creu e foi batizado no Espírito Santo.

Os dois jovens se encontram

27 Em pleno ano de 1909, em conferência de igrejas batistas em Chicago, os jovens Gunnar e Daniel Berg, também batistas, se conhecem.

28 Daniel Berg e Gunnar Vingren chamados pelo Senhor têm como indicação do Espírito Santo, por meio de um terceiro, o nome ‘Pará’. Sem saber o que propriamente indicava, eles procuram informações sobre a indicação e descobrem que se trata do Estado brasileiro ao norte do país. De Nova Iorque eles conseguem a oferta de US$ 90 e rumam ao Brasil.

29 No ano seguinte, em 1910, no dia 5 de novembro, Daniel Berg e Vingren partem de Nova Iorque no Navio Clement. Durante a viagem na terceira classe, eles falam de Jesus aos passageiros e tripulação; distribuem folhetos e ganham um tripulante para Jesus.

30 No dia 19 de novembro de 1910, Daniel Berg e Gunnar Vingren chegam a Belém, capital do Pará. Estavam totalmente sem bens, quase sem dinheiro, sem conhecerem a língua portuguesa e sem amigos.

31 Nessa época, Belém tinha 250 mil habitantes e uma economia em alta por causa dos reflexos da riqueza do Ciclo da Borracha (cf Judson Canto). Mas a prosperidade dura mais dois anos somente.

32 Em 1910, quando chegaram Gunnar Vingren tinha 23 anos e Daniel Berg, 26. Os dois jovens obreiros solteiros sentam na praça local e oram ao Senhor.

33 Até então Daniel Berg e Gunnar Vingren estavam ligados à Igreja Batista. Eles descobriram um nome conhecido em propaganda em um jornal de Belém. Era o pastor metodista Justus Nelson. Fizeram contato e o pastor acompanhou-os à igreja batista local.

34 Apresentados ao responsável pela igreja, Raimundo Nobre, os missionários passaram a congregar e a morar nas dependências do templo, no porão.

35 Enquanto Gunnar Vingren estudava a língua portuguesa, Daniel Berg trabalhava como caldeireiro e fundidor na Companhia Port of Pará, profissão que aprendera quando trabalhou nos EUA.

36 No dia 8 de junho de 1911, à 1h da madrugada, à Rua Siqueira Mendes, 67, a irmã Celina de Albuquerque recebeu o batismo no Espírito Santo. Foi a primeira cristã brasileira, membro da Igreja Batista, a receber a Promessa gloriosa do Senhor.

37 Amanhece e irmã Maria Nazaré vai à casa de José Batista de Carvalho, à Avenida São Jerônimo, 224, falar do batismo de Celina Albuquerque. 38-41 Os primeiros batismos no Espírito Santo, conforme registros na própria agenda de Gunnar Vingren foram os seguintes:

1) Dia 8 de junho de 1911: Celina Albuquerque, à 1h da madrugada;

2) às 22h do mesmo dia, a irmã Maria Nazaré, também fora batizada;

3) No dia 18, às 16h, Ana Silva;

4) dia 1 de novembro, às 10h, foi a vez de Sâncrita Oliveira;

5) irmão Mitoso, recebe o batismo no dia 26 de janeiro de 1912, às 10h;

6) irmã Clothilde recebe a Promessa no dia 19 de março de 1912, às 19h;

7) Manoel Dubu é batizado no dia 13 de abril do mesmo anos, 4h da madrugada;

8) Benvinda Oliveira recebe o revestimento de poder no dia 17 de abril de 1912, às 15h;

9) às 11h do dia 23 de abril de 1912, foi a vez de Emélia Dubu;

10) Guinóca recebe o batismo no Espírito Santo, um ano depois de Celine Albuquerque, justamente no dia 5 de junho 1912, às 22h.

Separados pela ação do Espírito

42 Dia 10 de junho de 1911, a ação do Espírito Santo já era realidade na Igreja Batista, mas a rejeição iniciara e irmã Celina, que trabalhava na igreja como professora de Escola Dominical, não mais teve oportunidade.

43 No dia 12 de junho de 1911, o dirigente Raimundo Nobre, que ainda estudava para tornar-se evangelista, convocou reunião extraordinária da igreja.

44 Mesmo com minoria, Raimundo Nobre propôs a exclusão da maioria, os adeptos da Boa-Nova do Espírito. Neste mesmo dia, com ousadia, o irmão português e abastado, Manoel Rodrigues, de forma ousada leu Atos 2.39.

45-47 Mas a exclusão fora aprovada pelo pequeno grupo de batistas, que se transformaria hoje em uma das maiores denominações cristãs no mundo, caso aceitassem a atualidade dos dons espirituais. Naquele dia, tiveram de sair os irmãos:

1) Celina e seu marido Henrique de Albuquerque; Maria Nazaré; José Plácido da Costa, sua esposa Piedade Prazeres da Costa; Manoel Maria Rodrigues e esposa Gerusa Rodrigues; Emília Dias Rodrigues; Manoel Dias Rodrigues; João Domingues; Joaquim Silva; Benvinda Silva, Teresa Silva de Jesus e Isabel Silva; José Batista de Carvalho e esposa Maria José de Carvalho; 17) Antônio Mendes Garcia. 

48 Dez dias depois, o pequeno grupo convidou os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren para implantarem a denominação pentecostal.

18 de junho de 1911

49 Foi então que no dia 18 DE JUNHO DE 1911, à Rua Siqueira Mendes, 67, na cidade de Belém, deu-se início ao Movimento Apostólico da Fé, com 17 pessoas, que 7 anos depois, mudaria o nome para Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

50 Cheios do poder do Espírito Santo todos tinham como base de pregação a Salvação, a Cura Divina, o batismo no Espírito Santo e a Volta de Jesus.

51 Após receberam muitas críticas, o jornal A Folha do Norte, que também criticou a igreja, publicou a seguinte declaração de um repórter: “Nunca vi uma reunião tão cheia de fé, fervor, sinceridade e alegria entre os crentes”.

52 Gunnar Vingren tornou-se o pastor da igreja, enquanto Daniel Berg atuava como colportor a vender Bíblias importadas dos Estados Unidos, pois no Brasil não havia Bíblias em português. Ele aproveitava as visitas de casa em casa e testificava das Boas-Novas do Senhor Jesus.

53 Os dois obreiros, Daniel Berg e Gunnar Vingren, além de jovens, eram solteiros.

54 Berg rumou para Bragança, interior do Pará, na rota ferroviária Belém-Bragança, por onde enfrentava os dois maiores inimigos da obra do Senhor: 

1) o analfabetismo e 

2) o catolicismo romano.

55 Os padres, como autoridades reconhecidas por toda parte, muitas vezes, decidiam o que deveria ser feito na cidade e então impunham a perseguição com truculência e sem piedade. Eles também advertiam os moradores quanto à pregação de Daniel Berg e impunham temor quanto à leitura bíblica, pois a Igreja Católica Romana proibia seu manuseio e leitura.

56 Em pouco tempo, vinte igrejas se formaram entre Belém e Bragança. Berg ia de porta em porta, falando de Jesus e orando pelos enfermos.

57 Em dezembro de 1913, Gunnar Vingrem recebe a seguinte profecia, anotada em uma de suas agendas: “Meu filho, te humilha. Tu tens de passar grandes provações. O meu sangue tem poder para te guardar…”.

58 Após incidentes enfrentados em pequenos barcos, os pioneiros compram um grande barco, movido a velas, com ajuda financeira da igreja em Belém – o Barco Boas-Novas.

59 Dentre os sinais da manifestação divina, uma família se converte em pleno velório. Daniel Berg lê a Palavra sobre a ressurreição e pai e filhos, ao lado do corpo da mãe, se convertem e, depois, tornam-se anunciadores do Evangelho de Cristo.

Novos rumos

60 Em 1914, um grupo composto por crentes brancos, ligado à então Igreja de Deus em Cristo, forma a Assembleia de Deus, enquanto aquela passou a ter o domínio total de afro-descendentes, em função da saída dos brancos.

61 No ano de 1914, a mensagem do Evangelho chega ao Ceará por meio da cearense e pioneira Maria de Nazaré, a segunda pessoa a ser batizada no Espírito Santo.

62 No dia 25 de outubro de 1914, chegam ao Brasil outros missionários suecos: o casal Adina-Otto Nelson.

63 Em 1914, Gunnar Vingren e Otto Nelson levam a mensagem ao Estado de Alagoas e no mesmo ano, Manoel Francisco Dubu anuncia o Evangelho no Estado da Paraíba.

64 Em 1915, Cordolino Teixeira Bastos leva o Evangelho da Salvação em Cristo para Roraima e, um ano depois, Adriano Nobre leva a Palavra a Pernambuco.

65 Em 1917, o Evangelho chega ao Amazonas, por meio de Severino Moreno de Araujo e, no ano seguinte, Adriano Nobre prega a Palavra no Rio Grande do Norte.

66 Nos anos seguintes, o Evangelho é anunciado nos seguintes Estados:

– Maranhão em 1921, por Clímaco Bueno Aza;

– Espírito Santo em 1922, por Galdino Sobrinho e sua mulher;

– Rondônia em 1922, pelo missionário Paul John Aenis;

– Rio de Janeiro em1923, por crentes provenientes do Pará;

– São Paulo em 1923, por meio de crentes do Pernambuco;

– Rio Grande do Sul em 1934, pelo missionário Gustav Nordlund;

– Bahia em 1926, através de Joaquina de Souza Carvalho;

– Piauí em 1927, por Raimundo Pereira de Almeida;

– Minas Gerais em 1927, por Clímaco Bueno;

– Sergipe em 1927, por meio de Sargento Armínio;

– Paraná em 1928, por Bruno Skolimowisk;

– Santa Catarina em 1931, André Bernardino da Silva leva a Palavra;

– Acre em 1932, por meio de Manoel Pirabas;

– Goiás em 1936, por Antônio Moreira e outros crentes;

– Mato Grosso em 1944, pregado por Eduardo Pablo Joerck;

– Mato Grosso do Sul em 1944, por Juvenal R. de Andrade (época um único Estado);

– Distrito Federal em 1956, por obreiros de Mudureira.

71 Nos primeiros 4 anos, a igreja em Belém do Pará contava com 384 pessoas batizadas nas águas (membros) e 276 batizadas no Espírito Santo.

72 Após 5 anos no Brasil, Gunnar Vingren resolve ir à Suécia testificar das maravilhas ocorridas no Brasil, quando conhece a enfermeira Frida Strandberg (Frida Vingren). Logo depois, viajem para o Brasil e se casam no Pará.

73 No ano de 1915 chegam ao Brasil os missionários suecos Lina-Samuel Nyström. Ele foi um respeitado ensinador da Palavra e formou dupla com o homem de reconhecida liderança Nels Nelson. Além de grande estatura, os dois passaram a estabelecer a doutrina da Igreja entre os assembleianos. Nyström era contrário à mulher ocupar o púlpito para ensinar, quando então, entrou em choque com o pioneiro Gunnar Vingren, pois sua esposa Frida, pregava, escrevia textos nos jornais, ensinava nas escolas bíblicas e dirigia cultos na ausência do marido, embora não detivesse nenhum título ministerial. No Rio, por exemplo, quando Vingren viajava, ela dirigia os cultos, auxiliada pelo então evangelista, saudoso pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério Madureira, com matriz em Madureira (daí o nome), no Grande Rio. Hoje o ministério e a citada igreja são liderados pelo pastor Abner Ferreira.

74 Em 1917 fora fundado o primeiro jornal pentecostal A Voz da Verdade, que circulou por apenas 3 meses. Deu lugar ao Boa Semente, com circulação iniciada a partir de janeiro de 1919. Igreja recebe o nome de Assembleia de Deus

75 Só então no ano de 1918, a igreja no Brasil passa a denominar-se Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

76 Dia 18 de janeiro de 1919, passa a circular o jornal Boa Semente, o primeiro órgão das Assembleias de Deus no Brasil, editado em Belém do Pará. Saiu de circulação em 1930, quando entra em circulação o atual Mensageiro da Paz.

77 Em 1920, Daniel Berg visita a Suécia quando conhece a jovem Sara com quem se casa em julho do mesmo ano. Em 1921 o casal retorna ao Brasil.

78 No ano de 1921 chega ao Brasil o sueco Nels Nelson, aos 26 anos de idade e solteiro. Considerado notável líder e único estrangeiro a naturalizar-se brasileiro. Seu filho Samuel Nelson mora no Pará e sua filha Ester, no Rio de Janeiro.

79 Em 1921, a igreja Assembleia de Deus passa a contar com o seu primeiro Hinário: o Cantor Pentecostal, composto de 44 hinos e 10 corinhos.

80 No ano de 1922, lançada por Adriano Nobre, a 1ª edição do hinário Harpa Cristã, que contava com 300 hinos. Inicialmente este hinário era confeccionado de forma artesanal.

Pioneiros não param

81 Em 1922 Daniel Berg segue para Vitória (ES) onde implanta a AD e permanece no Espírito Santo até 1924 e, depois, segue para Santos.

82 No ano de 1924, Rio de Janeiro, Gunnar Vingren muda definitivamente para a capital ao país, onde também atua como editor do jornal Mensageiro da Paz.

83 No Rio de Janeiro, quando Gunnar Vingren viajava, sua esposa Frida dirigia os cultos, auxiliada pelo então evangelista, saudoso Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério Madureira. Por determinado tempo da história da AD, Paulo Macalão (Rio) e Cícero Canuto de Lima (São Paulo), constituíram-se em liderança da igreja no Brasil, sempre em comum acordo e respeito mútuo.

84 Dia 5 de maio de 1924, início da AD em Santos, por meio de Hermínia-Vicente Lameira e Manoel Garcês e sua esposa, provenientes de Recife.

85 Em 1927, totalmente pela fé, o casal de missionários-pioneiros Sara-Daniel Berg e seu bandolim, muda-se para São Paulo. Sara confeccionava docinhos enquanto Daniel os vendia na rua. Foi a forma encontrada para a sobrevivência do casal.

86 15 de novembro de 1927, início da AD na capital paulista, com a cooperação do casal de missionários Linnea-Simon Lundgren, provenientes de Santos (SP). Saudoso missionário Simon, deixou uma linda história de sua atividade ministerial no país. Atualmente seu filho, pastor ‘João’ Lundgren figura como o único filho de missionário-pioneiro a presidir igreja. Ele é líder da AD em Caxias do Sul (RS) e tem como vice, o seu genro, o carismático amigo-pastor, Daniel Regis Cavalcante.

87 No dia 4 de março de 1928, três pessoas são batizadas na águas em São Paulo e no mês de abril, a matriz da AD paulista passou para a Avenida Celso Garcia, 1.209. Início da CGADB

88 Nos dias 17 e 18 de fevereiro de 1929, dá-se início à Convenção Geral das Assembleias de Deus com uma reunião preliminar em Natal, no Rio Grande do Norte.

89 De 5 a 10 setembro de 1930, em Natal (RN) ocorre a primeira Convenção Geral das Assembleias de Deus e a transmissão da liderança das ADs no Brasil, dos missionários suecos para os obreiros brasileiros.

90 Ainda em Natal, em 1930, a Convenção Geral decide pela paralisação dos jornais Boa Semente e Som Alegre, que circulavam no Pará e no Rio de Janeiro, respectivamente. Passa a circular como órgão oficial o jornal tablóide Mensageiro da Paz.

91 Junho de 1931, Gunnar Vingren lança no Rio, o hinário Saltério (Psaltério) Pentecostal, com 220 hinos. 

92 Em 1932 ocorre a primeiro dissidência com a formação da Igreja de Cristo no Brasil, que no início teve o nome de Assembleia de Cristo no Brasil, nome mantido até 1937. Eles tinham hinos com ritmo próprio do Nordeste e um dos principais motivos da separação foi sobre interpretação do batismo no Espírito Santo.

93 Dia 15 de agosto 1932, Gunnar Vingren e família despedem-se da igreja no Rio de Janeiro e do Brasil e voltam à Suécia. A obra de suas mãos já estava completada.

94 No dia 29 de junho 1933, 22 anos após o início das Assembleias de Deus no Brasil e no mesmo mês, já doente e bastante debilitado, o pioneiro Gunnar Vingren, fora chamado à Glória, quando já estava na Suécia.

95 No ano de 1937 ocorrem os primeiros passos para a organização da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).

96 Em março de 1940, o Governo Getúlio Vargas exige que todos os órgãos de imprensa sejam registrados. Com a necessidade de registro o jornal Mensageiro da Paz, passou a constituir-se pessoa física e daí nasce a Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

97 Ano de 1946: A CPAD passa a pertencer à Convenção Geral e dá-se início a campanha para aquisição de uma propriedade para a gráfica do Mensageiro da Paz. O jornal inicialmente fora registrado em nome do pastor Silvio Brito, irmão de Zélia de Brito Macalão, esposa do pastor Paulo Leivas Macalão. Leivas era filho do general João Maria Macalão.

98 Em 1956 foi lançada A Seara, primeira revista evangélica do Brasil, idealizada pelos pastores Augusto Costa, que foi chefe da Gráfica da CPAD e do saudoso literato Joanyr de Oliveira.

99 1958 outubro: O casal de missionários Ruth Dorris-João Kolenda Lemos fundam o Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (Ibad), em Pindamonhangaba (SP).

100 Em 1963, Daniel Berg foi hospitalizado na Suécia e, mesmo no hospital, permanecia a evangelizar por meio da distribuição de folhetos e oração. A enfermeira tentou inutilmente impedi-lo, mas acabou desistindo e permitindo sua atuação, pois se sentia melhor com isso. Por fim, partiu para a Glória 1963, aos 79 anos de idade.

Read Full Post »

Quem e por que diz que a Bíblia pode ter sido mudada?

Não podemos dar uma versão nova para fatos eternos” (Escritor judeu).

Fiquei perplexo com tamanha desfaçatez do famoso teólogo Bart D. Ehrman, nomeado “Maior autoridade em Bíblia do mundo”, após a leitura do seu livro O que Jesus Disse? O que Jesus não disse?: quem mudou a Bíblia e por quê?¹. Dono de uma ficha invejável: “Ph D em Teologia, pela Princeton University e dirige o Departamento de Estudos Religiosos da University Of Nort Carolina, Chapel Hill, especialista em Novo Testamento, igreja primitiva, ortodoxia e heresia, manuscritos antigos e na vida de Jesus”, Barth abusa das possibilidades e sob tom condicional, parte da inversão de visão do que é direito para forçar a interpretação inversa.

Ao abandonar a fé cristã e tornar-se declaradamente agnóstico, nesse livro ele pratica um verdadeiro malabarismo para fundamentar suas teses e tentar, a qualquer custo, desmerecer a autenticidade bíblica. Foi então que reuni provas dentro de seu próprio escrito para refutar suas ideias notadamente esdrúxulas.

Seus escritos deixaram às claras o forte desejo de provar o improvável, das probabilidades que se discute nos dias atuais, com a nítida busca pelo sucesso, a partir da revelação do novo. Em um mundo de tendência ateísta não haveria outro caminho melhor de aceitação, senão o de tentar levar a crer que as Escrituras Sagradas (dos judeus) e a Bíblia (dos cristãos), Antigo e Novo Tratamentos, a Bíblia Sagrada não passa de uma farsa.

Muitos já tentaram isso e não é de hoje que homens se levantam com o mesmo propósito. Houve épocas, que pilhas de Bíblias aqueciam labaredas de fogo, numa forte investida para a destruição das Sagradas Letras. A estratégia atual mudou de rumo, mas o objetivo ainda continua sendo o mesmo. Pior: agora a tentativa é a de fazer desacreditar na sua inspiração, pois, a partir daí, não haverá mais valor algum, não mais que folclore, como querem.

Há um esforço descomunal e vigoroso, mas não menos parcial, de desacreditar o texto sagrado, mas nenhum livro na História humana atravessou séculos sem sequer ser alterado, sempre evidenciado em todas as sociedades, como as Sagradas Letras. Isso intriga muita gente, em especial aqueles que procuram “chifre na cabeça de cavalo”, como dizia minha saudosa e querida mãe. Não vão encontrar, senão pelas falácias da teoria (não mais que teoria) da evolução.Essa tentativa busca algo semelhante às teorias evolucionistas, com o intuito de lançar descrédito e vigorar os ataques ao cristianismo.

Argumentos agnósticos

Segundo Bart, após seus primeiros estudos e envolvimento aos círculos eruditos, os primeiros passos foram os questionamentos de suas próprias convicções que “tem de ser revistas à luz do conhecimento acumulado e da experiência de vida”.

Seu primeiro questionamento, a partir do momento em que seus “estudos começaram a” transformá-lo, ele escolhera a “passagem de Marcos 2, quando Jesus é confrontado pelos fariseus porque seus discípulos, ao atravessar um campo de trigo, comeram grãos no Sábado”. Jesus passa então a mostrar aos fariseus o fato semelhante ocorrido entre Davi e seus homens, quando entram no Templo “quando Abiatar era o sumo sacerdote’ e comeram o pão da proposição, que só os sacerdotes podiam comer”. 

Bart continua a afirmar sobre um de seus primeiros trabalhos e base de outros questionamentos, afirmando que Jesus citara 1Samuel 21.1,6, onde “vê-se que Davi não fez nada disso quando Abiatar era o sumo sacerdote, mas, de fato, quando o pai de Abiatar, Ahimelec, o era. Em outras palavras, essa é uma daquelas passagens destacadas para demonstrar que a Bíblia não é infalível; ela contém erros”, afirma o famoso teólogo e escritor.

Porém, esse argumento de Bart, base para dar o suporte ao início de seu agnosticismo, atropela a cultura de época, introduzida ao texto bíblico, quando um nome ou data é alternado por outro – do pai pelo filho, por exemplo, sem absolutamente nenhum prejuízo à ideia principal. A pretensa “falha” também é gritante e pode ser detectada no primeiro esforço de busca pelo sentido da mensagem.

Conforme Bart, a afirmação do Senhor Jesus, conforme Marcos 2.3-28, destoa do texto referência no Antigo Testamento (1Sm 21.1-6), “quando Abiatar era o sumo sacerdote”, porque o sumo sacerdote em exercício era o pai de Abiatar, Aimeleque.

Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que o foco principal do texto não está atento aos fatos narrados, mas sim ao ensino de Jesus, que Bart enuncia: “Jesus quer mostrar aos fariseus que ‘o Sábado foi feito para os humanos, não os humanos para o Sábado”’.

Mesmo assim Bart tenta usar este fato para desacreditar a Bíblia, porém, conforme comentário de rodapé da Bíblia de Genebra² “… foi Aimeleque, pai de Abiatar, que deu a Davi o pão consagrado. Contudo, Abiatar certamente estava vivo e, talvez, presente quando ocorreu o incidente referido. Portanto, ‘no tempo do sumo sacerdote Abiatar’ é frase rigorosamente certa. É provável que Jesus tenha referido a Abiatar porque ele era bem conhecido como um dos defensores de Davi” (o grifo é nosso).

Fatos semelhantes ocorrem com relação a datas e nomes, conforme a questão que tomo envolvendo os reis Roboão e Zedequias. A época do reino dividido de Judá é de 345 anos (931-586), e neste período, os reis de Roboão e Zedequias governaram 382 anos?

Neste caso a dúvida se prende à questão da continuidade dos reinos. Na maioria dos casos, o reinado passava de pai para filho. Acontecia também que filhos passavam a governar paralelamente ao pai, isto é, governavam, mas o pai ainda continuava no trono. Então um entrava na contagem do outro.

Exemplo: O pai poderia estar no ano 30 de seu reinado e o filho no 3 (por ter iniciado três anos antes). Quando o pai morria, o filho passava a contar, não a partir da morte do pai, mas desde quando começara a governador com o pai (ao lado do pai). Se o pai morresse no ano 35, por exemplo, o filho já estaria no ano 38. 

Se é possível complicar, para que simplificar?

Embora reconheça a importância das cartas bíblicas, quando diz: “De fato, havia um espectro extraordinariamente amplo de literatura sendo produzido, disseminado, lido e seguido pelos primeiros cristãos, algo bem distinto de tudo o que o mundo romano pagão havia visto até então” e ainda: “Afirmo que as cartas eram muito importantes para a vida das primeiras comunidades cristãs. Elas eram documentos escritos que orientavam tais comunidades tanto em sua fé como em sua prática”, Bart usa suas próprias informações para lançar o descrédito a partir de suas insinuações, mas, se as cartas são documentos importantes e imprescindíveis à Igreja, por que deixariam que as mesmas fossem tão alteradas como ele tenta mostrar? 

Condições sociais dos cristãos

Um de seus argumentos tenta desmerecer a condição sócio-econômica dos primeiros crentes. Fato interessante que sua crítica textual não leva em conta é que “Os cristãos da Ásia Menor e da Europa preocupavam-se em ser bons cidadãos do Império romano, governo que fora tratado como intruso por muitos dos contemporâneos de Jesus na Palestina. Muitos cristãos da nova geração não eram pobres, mas abastados, mais urbanos que rurais”.³

Outro fato que diz respeito à prosperidade dos cristãos, está na intenção de Lucas levar aos seus leitores, que detém vida de classe média e urbana, com ênfase à cidadania romana de Paulo e a honrosa conduta como cidadão, por seus direitos (At 16.37-40; 22, 26; 18.14-16) e Jesus como cumpridor de seus deveres (Lc 20.25; 23.2).

Lucas fala ainda dos ricos e pobres, ligação dos cristãos com os bens temporais, o que deve ser empregado com o semelhante, e relações pessoais (12.13-43; 14.25-33; 18.22; 14.26). Por outro lado, Lucas fala de si mesmo e identifica-se aos seus leitores e admite não ser testemunha ocular dos fatos narrados, concernentes à vida de Jesus. Na mesma época, a história da Igreja circulava por todo o império por meio de escritos, por ensinadores das doutrinas cristãs em comunidades evangélicas e também por meio de pregadores.

Atos, o endereçamento a Teófilo, que indica ser um líder da época, ainda rico e em condições de fazer cópias do livro e distribuir entre os membros das comunidades cristãs. Embora não houvesse a intenção de reproduzir o texto para os demais, como uma proliferação dos escritos para leitura individual, pois o que se fazia era a leitura nos cultos para os demais, não nos parece viável que um homem com capacidades socioeconômicas avantajadas tenha dificuldade de distribuir cópias legítimas e fiéis aos originais, como “editor” tanto de Atos quando de Lucas. O estilo de Atos, com estilo helenístico, recebe ainda elogios comparáveis aos melhores escritos bíblicos, conforme Josefo, Dionísio de Halicarnasso, conforme William S. Kurtz. ³

Inspiração e fé

Uma das razões que intrigam os críticos – talvez a principal – e que os distanciam de crer na inspiração, levando-os a criar obstáculos para desacreditar a Palavra, como obra inspirada do próprio Deus, por meio da ação do Espírito Santo no homem, são os inúmeros de milagres. A ação sem lógica e explicação humana os deixa intrigados. Como verdadeiros homens e céticos têm suas dúvidas ampliadas e jamais respondidas, pois muitos fatos sobrenaturais e compreendidos somente pela fé, conforme Hebreus (…) e que a razão jamais alcançará.

Todo esse efeito cético constitui atualmente ênfase entre o homem pós-moderno, que recebe forte influência da Filosofia das luzes, movimento filosófico do século 18, com base na confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento (Iluminismo).

Será mesmo que a Bíblia não trata de temas atuais?

Bart ainda não consegue enxergar na Bíblia tratados sobre temas atuais, quando diz: “E se a Bíblia não der uma resposta a toda prova para as questões dos tempos modernos – aborto, direitos das mulheres, direito dos homossexuais, supremacia religiosa, democracia ocidental”. Ora, o que Davi fala de ser conhecido pelo Senhor ainda informe, em Salmos, dentre inúmeros outros textos, como da Lei de Moisés, que trata diretamente do assunto, bem como da questão homossexual, além de Romanos 1. 

As conquistas das mulheres tiveram como base da doutrina cristã. O Dia das Mães fora estabelecido pela igreja cristã nos EUA e o mesmo ocorreu com relação à questão dos direitos das mulheres no trabalho, com a greve para a diminuição da carga-horário, além da licença-maternidade e outras conquistas ocidentais, com base na doutrina cristã, portanto, não vistas no oriente, como o direito de descanso no primeiro dia da semana – o domingo. 

Paulo sempre citara suas cooperadoras em seus textos, Jacó, ainda no VT ouve suas esposas antes de tomar a decisão de sair do domínio do próprio sogro, e Paulo exorta a que os maridos amem suas esposas como se a si mesmos (Ef 5.25-33).

Quanto ao domínio religioso Noé profetizara no capítulo 9.25-27 de Gênesis, o que vemos hoje não só na questão do Ocidente, mas também das religiões, ao falar dos desígnios de seus três filhos, retratando a supremacia religiosa dos semitas (origem das três maiores religiões do mundo), de Jafé, com seus descendentes os indo-europeus, a supremacia sócio-econômica, dentre outras tantas relações bíblicas com a História e a própria atualidade.   

Mito da Caverna

Se a Bíblia fora tão amplamente alterada, como tenta afirmar o teólogo Bart, e que o teria levado a descrer nos escritos sagrados, por que o mesmo não ocorre hoje, quando se tem tantos meios para isso, ao contrário da época em questão?

Atualmente existem inúmeros outros elementos que servem de alavanca para as possíveis e desejadas transformações. Estes meios seriam sem limites, a comparar com os existentes nos tempos primórdios do cristianismo. Leve-se em conta as proporções e intensidade de interesse, quanto a tudo o que diz respeito à proteção e preservação do texto sagrado.

Bart adentra o Mito da Caverna de costas, pois parece-me que jamais quis pôr somente o nariz e depois entrar de costas, para introduzir-se aos poucos, porque essa jamais foi a sua preocupação, conforme analogia de sua própria construção cristã, que não passara de retórica. Embora se diz de raízes cristãs, Bart afirma que sua mãe lia a Bíblia em família certificando-se “de que suas histórias e ensinamentos éticos fossem bem entendidos por nós (sem se prender muito às suas ‘doutrinas’).”.

Ehrmam tenta claramente interpretar fatos da História sob a perspectiva de sua tese, sem ser, sequer, um minuto imparcial. Até mesmo os comentários que daria o start para outro olhar, são usados para a satisfação unilateral. Existem muitas verdades históricas descritas no livro, algumas boas de serem usadas; até mesmo as que ele usa com veemência contra a fé cristã, se usadas no sentido da indicação do texto (ao contrário), são igualmente ótimas. 

Com racionalidade tomo então seus próprios argumentos para rebater suas críticas. O oportuno comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal sobre o assunto, diz: “João termina o livro do Apocalipse com uma advertência sobre a possibilidade de perdermos nossa parte na árvore da vida e na cidade santa. Evitemos uma atitude descuidada para com este livro, ou qualquer parte das Sagradas Escrituras. Outra atitude a evitar é a de optarmos por crer somente em determinadas partes da revelação de Deus e rejeitarmos outras partes que não gostarmos (v19), ou o caso de ensinar nossas próprias ideias como se estas fossem a própria Palavra de Deus (v18). Como ocorreu no princípio da raça (sic) humana na terra, deixar de cumprir plenamente a Palavra de Deus é questão de vida e morte (ver Gn 3.3-4)”. 

Desde o Éden, Satanás manifesta-se contra tudo o que chama Deus ou se adora (2Ts 24). “E não terá respeito aos deuses de seu pai” (Dn 11.37). Satã no hebraico (demônio) tem a raiz no verbo impedir, bloquear. Na tradição judaica Satã é o “outro lado”, explica Nilton Bonder (O holismo rabínico).

Superficialidade cristã

Existem algumas máximas cristãs que apontam para a vida superficial que, por sua ausência, facilmente transformam tal superficialidade em espuma jogada às margens, para depois se dissolver e virar fumaça. A Palavra alerta para o perigo de uma vida cristã superficial e sem engajamento espiritual: “Não havendo sinais (profecia) o povo se corrompe”, e o apóstolo Paulo diz: “… o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza…” (1Ts 1.5). Esse mesmo equipamento necessário e permanente na vida do crente foi predito pelo profeta Joel: “E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça… E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”, 3.30-32. 

Assim a evidência de sinais de prodígios e operação de maravilhas acompanhavam a pregação dos discípulos (Mc 16.17), desde o “Ide” pela Grande Comissão a Igreja: “E disse-lhe: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado… Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!”, Mc 16.15-16,19-20.

E já na introdução do seu livro percebe-se uma das causas de sua pétrea defesa da pretensa obscuridade bíblica. “Nasci e cresci em um tempo e lugar conservadores – a área central dos Estados Unido da América, em meados da década de 1950. Minha criação nada teve de extraordinário. Éramos uma família normal, de cinco membros que iam à igreja sem ser especialmente religiosos. Começando pelo ano em que seu estava na 5ª série, estávamos envolvidos com a igreja episcopal em Lawrence, Arkansas…”.

Uma das travessuras de Bart, “já no ensino médio”, junto ao filho do pastor de sua igreja, envolvia charutos. Hoje ele se junta ao grupo de teólogos que discutiam Teologia batendo seus cachimbos à mesa, na Idade Média. 

Embora sua igreja fosse “socialmente respeitável e socialmente responsável” “… a Bíblia não era abertamente ressaltada”. Ele diz ainda: “Nós realmente não falávamos muito sobre a Bíblia, nem a líamos muito”.

Das informações que vão dar base para a análise de credibilidade e reconhecimento do ponto de vista de independência ou não de sua tese, com conteúdo ou não de possíveis desvios, a partir da formação de seu caráter, e que, portanto, forneceria elementos de influência em opinião futura (visto tratar-se de uma questão religiosa), temos ainda o seguinte: “Lembro-me que sentia uma espécie de vazio interior, que nada parecia capaz de preencher, que não saía muito com meus amigos (nós já tínhamos começado a beber socialmente nas festas), que namorava (começava a entrar no mysterium tremendum do mundo do sexo), que estudava (eu dava duro e tirava boas notas, mas não era nenhum crânio), que trabalhava (eu era vendedor porta a porta de uma firma que comercializava produtos para venezianas)… (…). Eu sempre achava que faltava algo”.  

O que ainda fundamenta o distanciamento da fé cristã, para deixar claro o primeiro ponto, foi a influência de Princeton. O ex-seminário presbiteriano tem história semelhante a do congênere Harvard, fundado pelo pastor John Harvard – o de formar obreiros. Ao contrário disso, embora ainda neles resistem os referenciais cristãos, os dois centros passaram a figurar como formadores de agnósticos, ateístas, materialistas e humanistas.

De tudo o que temos na exposição da incredulidade do teólogo Bart, ressalta aos olhos a exposição espetacular – própria do homem pós-moderno – de suas revelações, que acaba por desvendar as premissas, que, consequentemente, indicam causas e efeitos.

“E uma vez mais, meus amigos evangélicos me avisaram que eu não deveria ir para o Seminário de Princeton, porque, segundo me disseram, eu teria dificuldade em encontrar cristãos ‘verdadeiros’ lá. Afinal de contas, Princeton era um seminário presbiteriano, um solo não exatamente fértil para cristãos ‘renascidos’. Contudo, meus estudos de literatura inglesa, filosofia e história – para não falar do grego – tinham ampliado significativamente meus horizontes. Eu estava apaixonado pelo conhecimento, em todos os seus campos, sacro ou secular. Se aprender a ‘verdade’ significasse não mais me identificar com os cristãos renascidos que eu conhecera no ensino fundamental, que assim fosse. Meu interesse era avançar em minha busca da verdade, onde quer que ela me levasse, na confiança de que toda verdade que eu aprendesse não era menos verdade por ser inesperada ou impossível de enquadrar nos pequenos escaninhos fornecidos por minha experiência evangélica”.

O desequilíbrio, mola propulsora para o registro de extremos, é notório

Como disse meu velho e saudoso pastor, certa feita, ao tecer comentários sobre um colega de seminário, após demonstrar significativas mudanças, protagonizadas pela assimilação da filosofia da Teologia da Libertação: 

           – Ele cresceu na letra e caiu no Espírito!

É sempre bom observar as considerações de pessoas que estão do lado de fora daquilo que ocorre conosco. Dizem que as tais enxergam melhor e, por não estarem envolvidas emocionalmente com o fato, caso, ocorrência, situação ou circunstância, têm melhores juízos que nós mesmos. E é o que notaram os amigos de Bart. Eles já previam o que deveria ocorrer com aquele novel teólogo. Com certeza seus comentários diziam respeito à análise do caráter daquele jovem, talvez pela superficialidade de sua crença e de suas deficiências estruturais de fé, conforme ele mesmo aponta, em sua época do Seminário Moddy (Moddy Bible Institute): “Acho que eu o encarava como uma espécie de acampamento cristão militarizado”. Essa idéia mostra-se débil, desencontrada, e mítica, totalmente destoada da realidade da fé cristã. Ela indica ainda o arquétipo de um futuro de desconstrução, próprio dos que foram impactados pelo Iluminismo, por suas bases inseguras e instáveis. 

Erros e erros

Como o grande descobridor Bart toma Orígenes que teria falado “do ‘grande’ número de diferenças entre os manuscritos dos Evangelhos; mais de cem anos depois, o papa Dâmaso estava tão preocupado com as variedades dos manuscritos latinos que encarregou Jerônimo de produzir uma tradução-padrão; e o próprio Jerônimo teve de comparar numerosas cópias do texto, em latim e grego, para decidir qual texto ele pensava ter sido originalmente redigido pelos autores”.

Temos alguns erros que não dizem respeito à revelação e isso fica claro à medida que acaba sendo corrigidos, sem, contudo, alterar o sentido da mensagem ou desmerecer a própria inspiração. Citamos o caso de 2Samuel 15.7, que lança a dúvida entre 40 e 4 anos: “E aconteceu, pois, ao cabo de quarenta anos, que Absalão disse ao rei: Deixa-me ir pagar em Hebrom o meu voto que votei ao Senhor” (2Sm 15.7).

Algumas versões grafam 40 anos e outras 4 anos. Qual é a correta?

A explicação diz respeito aos manuscritos disponíveis à época de Almeida (século 17). Alguns poucos manuscritos (cópias datadas dos séculos 11, 12 e 14) trazem “quarenta”. Já a maioria dos manuscritos do Antigo Testamento (datados dos séculos 2 a 9) trazem “quatro”. A Revista e Corrigida (RC) baseia-se nos manuscritos disponíveis ao tempo de Almeida; a RA e a NTLH, em manuscritos mais antigos e melhor conservados.4

Revelação a Paulo

Quanto à Revelação do Senhor a Paulo parece que há controvérsia nos registros apresentados em Atos 9, 22 e 26: 

“…indo, então, a Damasco… ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim a aos que iam comigo. E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 12-15).

As dúvidas dizem respeito à participação dos companheiros de Saulo na questão da cegueira, a voz e respectiva mensagem: Eles teriam também caído, também ficaram cegos, ouviram também a voz? A idéia que se tem é que as três passagens em Atos destoam.

Enquanto ia pela estrada de Damasco, por volta do meio-dia, quando o Sol está no seu mais intenso brilho, Paulo viu uma luz do Céu mais radiante que o brilho do Sol. Brilhava ao redor dele e de seus companheiros (At 26.13) “(…) Paulo e seus companheiros foram subjugados pela luz milagrosa e caíram ao chão. Nada é dito sobre os companheiros caindo ao chão em Atos 9.4 e 22.7, nem Paulo diz qualquer coisa aqui sobre de ter ficado cego”. 3

Até aí não há nada contraditório, pois a narração repetida de um fato pode variar de acordo com as circunstâncias. Devemos considerar os objetivos de Paulo e o endereçamento de suas afirmações. É importante notar o seguinte:

1) No primeiro caso, em Atos 9, o livro narra o acontecimento. 

2) Em Atos 22, Paulo fala aos judeus e usa a visão para persuadi-los sobre a realidade do Messias, e, por fim, 

3) em Atos 26, ele anuncia a visão ao rei Agripa.

Às vezes, Paulo fala somente dele – destaca a sua pessoa – e não inclui na história os demais que estavam com ele. Isso é válido, pois o evento diz respeito a ele, tão somente. 

Em Atos 9 ocorre a revelação do Senhor a Saulo; em Atos 22 temos o discurso aos judeus; e em Atos 26, Paulo está perante o rei Agripa.

Aparentes divergências

Atos 9.7 e 22.7 – somente Saulo caiu por terra. 

Atos 26.7 – no discurso a Agripa, Paulo fala que todos caíram. 

Atos 9.7 – todos ficaram mudos, depois de ouvirem a voz, mas sem ver ninguém. 

Atos 22.9 – todos viram a luz, mas não ouviram a voz.

A questão está na divergência da construção gramatical

Atos 9.7 o grego liga-se ao genitivo – “Caso de declinação de certas línguas, que representa, por via de regra, complemento possessivo, limitativo, e algumas vezes circunstancial”.5

Atos 22.9 – tem a ver com o acusativo.

Atos 22.9 – significa ouvir a voz e entender o que se diz, enquanto a outra forma indica ouvir o som da voz, sem entender o que se diz ou o sentido da declaração.

 Carta em resposta

Em 1Coríntios 7 Paulo responde carta aos coríntios, prática comum na época e meio predominante na comunicação. Embora a carta fosse postada pela igreja, sem ter propriamente um remetente em particular, o que seria comum, caso fosse de um intelectual da época, o apóstolo, homem letrado e sábio, um verdadeiro literato, não fez nenhum comentário ao que poderia saltar-lhe aos olhos, quanto a possíveis tropeços gramaticais, ou a menos, pontos mal escritos, dúbios, mal explicados, ruim de entender ou ler etc. 

Mas, ao contrário do que Bart tenta arquitetar para desmerecer o texto bíblico, ao afirmar que as cartas e respectivas cópias eram feitas por homens incapazes, mal letrados, Paulo, em momento algum observa possíveis falhas.

Também para derrubar suas afirmações sobre cartas mal escritas, sem técnicas de construção de texto, é só dar uma olhada em 1Coríntios e perceber que a construção da carta segue uma técnica bastante avançada para a época. O apóstolo constrói uma introdução nos primeiros capítulos, com elogios aos coríntios, até chegar ao momento em que expõe o principal motivo da mesma, e chamar atenção pelas falhas existentes naquela igreja.  

Crítica em cima de 1% de erro sem influência alguma

Em resposta a Bart alguns biblistas e especialistas em História Antiga, falam das inconsequências do autor, quando afirma que os manuscritos nos quais baseamos não são confiáveis. Suas afirmativas são apelativas e Bart não é honesto em suas críticas, mas toma aquilo que lhe interessa e despreza o que está escondido à visão de leigos.

O doutor Paul Meyer, professor de História Antiga da Western Michigan University (EUA) é um dos que discorda de Bart e declara que o próprio tempo e a evolução das descobertas dão-nos uma visão e leitura mais perfeitas de todo o conteúdo bíblico, a partir de novos manuscritos descobertos, sem mudanças substanciais.

Ele analisa, por exemplo, a edição King James, de 1611, que teve como base seis manuscritos. Mas sua edição revisada de 1870 contou com dois mil originais gregos. Além desse crescimento, em termos de elementos que podem confrontar tais oposições, atualmente os estudiosos contam com nada menos que 5.700 peças inteiras ou parciais. São riquezas que podem ser usadas para comparar e chegar ao texto mais perfeito possível, levando em conta a originalidade, segundo doutor Paul, apresentado por John Rabe.

Portanto os críticos textuais utilizam regras mais exigentes e são capazes de chegar mais próximo possível das bases, argumenta o especialista. Ele diz ainda que as 2 mil variações existentes no Novo Testamento afetam somente 1% do seu conteúdo. 

De posse de grande número de manuscritos é possível chegar quase que 100% dos originais e corrigir qualquer erro de tradução que pode ter ocorrido no decorrer da história. Esta informação derruba a força que Bart tenta imprimir em seus argumentos. 

Já o doutor Timothy Paul Jones, do Seminário Batista do Sul dos EUA, também apresentado por Rabe, diz que quando Bart alega que há entre 200 mil e 400 mil variantes entre todos os manuscritos do Novo Testamento deixa a impressão que as somente 138 mil palavras do Novo Testamento são todas erradas. Indica que há muito mais diferenças nos manuscritos do que palavras, e se assim fosse não poderíamos, realmente, confiar no que o Novo Testamento diz. 

Timothy chama a atenção para a desonestidade do famoso teólogo e afirma que Bart não diz que mais de 99% dessas variantes nem mesmo se nota na sua tradução em inglês, pois envolvem somente diferenças de ortografia ou nuances do grego (que se pode detectar facilmente). São erros tão gritantes de tradução que não dariam nem mesmo para ser traduzidos, uma vez que são facilmente perceptíveis e nem mesmo daria para escreva-las novamente, tamanha a notoriedade.

Os outros 1% não tem nenhuma influência nas verdades ensinadas por Jesus no Novo Testamento. As “falhas” apontadas não tocam nem mesmo de longe no conteúdo dos ensinos de Jesus, na historicidade bíblica, nas doutrinas esboçadas no NT e na ortodoxia bíblica. 

O que Bart tenta é forçar as ondas que empurram a espuma para a margem a seguir trajeto contrário, além de ignorar a imensidão do próprio mar e se ater às pequenos blocos de espuma que somem na própria areia, sem jamais ser visto novamente.

Antônio Mesquita é jornalista, graduado em Teologia pelo Ibad; ministro do Evangelho autor dos livros Tira-dúvidas da Língua Portuguesa; Ilustrações para Enriquecer suas Mensagens; Pontos Difíceis de Entender; e Fronteira Final/CPAD; O Mundo das Palavras (Netser); e Manual do Ministério Cristão (Lopes Editora).

Bibliografia

1) O que Jesus Disse? O que Jesus não disse?: quem mudou a Bíblia e por quê?¹/Bart D. Ehrman; tradução Marcos Marcionilo – São Paulo: Prestígio, 2006).

2) Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 1728 p.

3) Comentário Bíblico, Edições Loyola, Vol 3 (Evangelhos e Atos, Cartas, Apocalipse), 3ª edição: setembro de 2001, Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 1999. 

4) Mesquita, Antônio, Pontos Difíceis de Entender/CPAD, 2006.

5) FERREIRA, Ebenézer Soares, Dificuldades Bíblicas e Outros Estudos, da União Brasileira de Escritores – Seção de Campos; Sociedade Brasileira de Romanistas; Academia Evangélica de Letras; The American Schols of Oriental Research – Casa Publicadora Batista (Edição do Autor, Campos , Rio de Janeiro, 1965).

BRUCE,  F.F. Paulo Apóstolo da Graça: Sua vida, Cartas e Teologia. Trad. Hans Udo Fchs.

Read Full Post »


AÇÃO DA TRIUNIDADE 

NO CRENTE

O AMOR (acima de todas as coisas e quaisquer interesses – o ágape) é operado no homem por DEUS, mas através de Jesus Cristo. Ele é Amor em essência, e ama mesmo quando o sujeito amado não lhe desperte nenhum interesse.

A GRAÇA (o favor divino) e a MISERICÓRDIA (emprego de piedade não obstante a ‘miserabilidade de coração’) estão 

em JESUS CRISTO.

A COMUNHÃO (dentro da ideia de fazer ‘companhia’ – o ‘com panis’ -, isto é, ‘comer o pão juntos’, reside na presença e ação do 

ESPÍRITO SANTO, ao habitar no ser humano e interceder pelos filhos de Deus em Cristo (2Co 13.14; Rm 8.26-27). 

ATRIBUIÇÕES JUSTIFICÁVEIS

A PURIFICAÇÃO (‘deixar a alma alva’, limpa) é operada pela Palavra, a partir do SANGUE de Jesus Cristo (1Jo 1.7-9; Hb 9.14).

A SALVAÇÃO está em JESUS CRISTO, o Filho de Deus e Salvador (que seria o seu Nome completo, incluindo o humano Jesus – o Salvador – e o divino Cristo – o Ungido) Mt 16.24-27; Jo 1.12; Rm 8.3-4, 6,8-9; 1Tm 1.15; 2.5; Hb 9). Daí o peixe como símbolo cristão, pois é ICHTHYS (Ictus) no grego, a formar o acróstico: (I)ésús (C)hristós (T)heoú (H)yós (S)ótér (Jesus Cristos de Deus Filho e Salvador.

A SANTIFICAÇÃO é efetivada pela PALAVRA (1Pd 1.22; Jo 17.17), que opera no homem o Novo Nascimento – pela Semente, a própria Palavra, o código divino e não mais o genético humano (Jo 1.1,12-14). O homem é gerado pelos pais humanos e, depois, pode ser Regenerado (gerado de novo) por Deus em Cristo (1Pd 1.3,23; Tt 3.5; Jo 3.6-8; 1Co 15.21-23, 45).

A JUSTIFICAÇÃO é a linguagem dos tribunais e usada  pelo apóstolo Paulo para tratar da Redenção (linguagem do mercado de escravos) de culpa (Rm 3.24). Essa culpa do pecador foi assumida por Jesus Cristo através de Seu ‘sacrifício para a Regeneração’ (linguagem do sistema sacrificial, sacerdotal), que se fez Justiça por ele. Porquanto essa mesma Justiça é oferecida a todos os seres humanos, para que não sejam condenados pelo Supremo Juiz – Deus (Rm 2.2; 2Pd 3.10-13). O homem ao ser Redimido (da escravidão do pecado) torna-se isento de culpa, de condenação, e a ser tratado como justo: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz”, Cl 2.14. É o ‘Recibo da alforria’ endereçado ao senhor da Escravidão – o Diabo (1Pd 1.19). Essa Redenção é operada pela Justiça de Cristo. Portanto é Ele quem nos justifica (Rm 5; Tt 3.5; Gl 2.16-21).

A EXALTAÇÃO e GLORIFICAÇÃO a DEUS se efetiva em Cristo (por Sua obra Expiatória), mas é ação precípua do ESPÍRITO SANTO no homem salvo (Jo 16.13-14). Pr Antônio Mesquita 

Read Full Post »

O PRÉDIO, O TEMPLO E A IGREJA

Com a pandemia ocasionada pelo coronavírus, a questão da necessidade de prédios como templos para o culto, não obstante a praticidade e viabilidade de ‘comer o pão juntos’ (com panis), literalmente ‘companhia’, que remete para a Ceia (do SENHOR)*, não corresponde aos preceitos cristãos, como meio indispensável, à realidade eclesial (*MESQUITA, 2012 – O mundo das palavras, Netser, Campo Grande-MS).

Não há dúvida quanto à facilidade, viabilidade e estrutura ideal de viabilização de centralidade do culto e consequente adoração. 

Especificamente na atual situação da sociedade humana, avolumada pela busca do bem-estar pessoal e hedonismo em forma de utilitarismo, pelo consumo e prosperidade social, especialmente pela mercantilização da fé, protagonizada a partir de Constantino e notabilizada hoje, desde a crise dos EUA, na década de 80, e que tenta macular a Igreja, o inatingível Corpo de Cristo, não existem estruturas ideias para essa revigorização (2Tm 3.1-7). 

Estamos no olho do furacão mostrado pelo apóstolo Paulo: ‘… e atritos constantes entre pessoas que têm a mente corrompida e que são privados da verdade, os quais pensam que a piedade é fonte de lucro.

De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar’, 1Tm 6.5-7.

AINDA HÁ POUCO TEMPO

Caso a igreja voltasse não há tanto tempo, mas desde o mover do Espírito, no fim do século 18 e início do 19, explodindo no 20, em que no Brasil, por exemplo, registrou-se o advento das Assembleias de Deus, por meio de cultos em lares e conduzidos por leigos, poderíamos vislumbrar a realidade desse indicativo de Igreja. 

Ávidos por anunciar a Salvação e consequente libertação experimentada, muitos cristãos, recém convertidos ao SENHOR, não mediam esforços, sem quaisquer interesses vinculados à fé em Cristo, incluindo mulheres convertidas antes dos maridos, e instalavam em seus lares cultos, em que muitos se convertiam também pelos vívidos testemunhos. Os chamados ‘pontos de pregação’ eram validados como congregação da Igreja, e supervisionados pelo pequeno número de ministros da novel denominação da Igreja de Cristo.

Hoje, em função das buscas humanas e dos limites e desgastes éticos entre a sociedade, somente alguns conseguem separar, a partir de si próprio, o trigo do joio, sem serem atraídos pela ‘causa de lucro’. Temos mais de 7 mil exemplos dos que não se corromperam, certamente (cf 1Rs 19.18).

Prédio, por mais vultuoso que seja, é imprescindível para a realidade da religião judaica (atualmente sem templo e sem sacrifícios), e não é sinônimo de Igreja, como se mostra na mente popular, conforme o SENHOR Jesus dissera à mulher samaritana:

‘Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.

Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade’, Jo 4.20-24.

LARES E CULTOS

Até o final do segundo século, não havia templos para cultos – ‘Saudai também à igreja que está em sua casa’, Rm 16.5 (1Co 16.19; Cl 4.15) -, e as reuniões eram realizadas nas casas (oikos, gr), em geral de crentes mais abastados, que podiam oferecer uma sala maior (um cenáculo) e espaços mais acessíveis a um número maior que uma única família. 

Era uma dependência da casa denominada pelos gregos ‘estromenon’ (sala superior) ou no latim ‘coenaculum’, um local de jantar para a família e convidados. Aqui temos, contudo, o princípio da necessidade de um local específico, mais espaçoso. 

CONCLUSÃO

Porquanto a ausência de simplicidade, potencializada pelo avolumar da ação do Mal (cf 2Co 11.3; Ap 12.12) transforma meios salutares em tropeços. A própria humanidade torna-se vigoroso obstáculo por ausência de renúncia e de preferência pela essência (Fp 3.14-21). Os templos somos nós e os prédios devem ser Casas de Oração, de reuniões, de comunhão e de cultos… Por que não seriam?! (Mesquita, Antônio é ministro do Evagelho, jornalista e escritor). 

Read Full Post »

Ao partir para os Céus hoje (8/7/20), o líder da AD em Cuiabá e Estado do Mato Grosso, pastor Sebastião Rodrigues de Souza deixa um legado, uma história ímpar, em uma época de tempos difíceis, trabalhosos (cf 2Tm 3.1).

Jamais arredou o pé de suas convicções quanto a valores dos bons costumes e tradição de princípios bíblicos, como contrariar o divórcio, e sem se intimidar com as críticas.

IDENTIDADE

Por outro lado, sempre apresentou credenciais que fortaleciam a sua irredutível postura. Cuiabá era conhecida por contabilizar milagres entre os crentes em Cristo, sempre identificados por modos conservadores.

Nem só o templo é gigante, como um ginásio, a refletir os escritos do apóstolo Paulo, quando descreve o exercício espiritual, sob o verbo grego ‘gminásio’ (exercitar-se), como na alusão à Olimpíada (cf 1Co 9.24-27).

Algumas de suas características eram ímpares. Além do denominado Grande Templo, era um exímio líder, e notável visionário. Os missionários enviados pela AD em Cuiabá se destacam por países incomuns, como Grécia, Itália, Japão, Espanha e Israel.

RESUMO BIOGRÁFICO

Filho de José Antonio de Souza e Maria Abadia Rodrigues, Sebastião Rodrigues de Souza nasceu em 11 de agosto de 1931, na fazenda de seus avós maternos, próximo à cidade de Pirajuba (MG). Batizou-se aos 17 e permaneceu no mesmo local por mais 10 anos.

Em 1947, conheceu Nilda, da mesma cidade e casaram-se em 1949. No ano de 1958, mudaram-se para Frutal (MG), onde ele foi consagrado ao Diaconato. Já no ano de 1961, foram para Ituiutaba (MG), depois para Capinópolis (MG), onde foi consagrado a presbítero, em 1962. Ao ministério pastoral chegou em 1965.

CARREIRA MINISTERIAL

Com o decisivo apoio da esposa, sua carreira pastoral, ascendeu por meio da liderança de inúmeras igrejas, como nas regiões eclesiásticas de Campinópolis (MG); Ituiutaba (MG); Igarapava-SP; entre os anos de 1966 a 1968; Votuporanga (SP); e, finalmente Cuiabá (MT), pelo período de 45 anos.

De 1993 a 1995 foi presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), e a partir de 1995, foi o vice-presidente.

Seu filho e também vice-líder da AD em Cuiabá, pastor Rubens Siro de Souza foi sepultado no dia 3, também vitimado pela Covid19.

Pastor Sebastião deixa viúva a irmã Nilda, que recebeu ontem (7), alta hospitalar, após contrair também a covid-19, um dia antes da morte do esposo. Deixa ainda os filhos pastor Silas, Silene e Abilio, noras, genros, netos, bisnetos e tataranetos.

RECONHECIMENTO

Pastor Eli Martins (ADB/São Carlos-SP), com o coração entristecido, falou do privilégio de, além de manter estreita amizade com esse reconhecido líder, teve a oportunidade de pastorear a AD/Votuporanga-SP, onde chegou a hospedar a convenção estadual, igreja que anteriormente fora presidida por pastor Sebastião Rodrigues.

Sua vida estendeu-se como paradigma, exemplo de dedicação e identidade cristã desde o século passado até os dias atuais, com suas mudanças e atualizações selvagens.

‘E sucedeu que, terminados os dias do seu ministério, voltou para sua casa’, Lc 1.23.

Read Full Post »

Older Posts »