Mesmo sem nutrir qualquer forma de idolatria por ídolos populares e resistir comentar sobre o famoso cantor afro-norte-americano, Michel Jackson, quebro o meu silêncio. O que me motivou foram fatos revelados ocorridos durante a existência do excêntrico cantor.
Fica a pergunta: Do que adiantou toda a fama se ele jamais desfrutou satisfatoriamente da mesma? Seus fãs, obviamente, nutrem-se das folhas dos louros, mas o homem que queria ficar louro por distúrbios psicológicos, causados por pressões acima de sua capacidade de equilíbrio mental, pouco aproveitou do que produziu. Seu estilo robótico de dança remete para o seu próprio caráter impresso após seu lançamento pelo ambicioso pai.
A gota d’água – o amor ao dinheiro, sucesso, riqueza – transformou-se num turbilhão, que corria incólume na cabeça daquele homem crescido, mas procatatélico. A “raiz de todos os males” (o amor ao dinheiro), como já sentencia o Livro Sagrado, causou-lhe desastres sem reparos.
Michel foi jogado pelo pai na arena para provocar alegria à turba e render-lhe glórias em forma de moedas. Os passos da criança vista pelo pai como a galinha de ovos de ouro, foram interrompidos para transformar-se em uma máquina de fazer dinheiro. Para que isso ocorresse com sucesso e sem entraves, o pai costurou o caminho, ao castrar o garoto. Esse tipo de investimento na criança é uma estratégia notadamente satânica.
Na Terra do Nunca
Sentir enjoos só em pensar no pai Joe Jackson não era nenhum exagero de Michael, pois o pai dele apareceu de luto e revelou-se ao aproveitar a mídia presente para anunciar o seu novo negócio, o lançamento de uma nova gravadora.
Todos criticam a estratégia do metalúrgico e pai de nove filhos, que montou na década de 60 o Jackson Five, com destaque para o caçula Michael, mas quem não faria o mesmo hoje?, quando o ser se deteriora, com o descaramento da grande maioria, e dá lugar ao ter?
A personalidade problemática de Jackson tem ao menos uma explicação: ainda pequenos os filhos recebiam do pai uma cobrança rigorosa, com ensaios exaustivos de até dez horas de duração, castigos físicos e psicológicos.
As marcas desses possíveis traumas de infância, que ficam de exemplo a não ser seguido pelos pais, mostram um homem crescido, mas que não queria ser adulto e tampouco grande. Tanto que Michael usou parte de seu dinheiro para criar um rancho com o nome de Terra do Nunca (Neverland), onde o famoso rei do Pop se sentia Peter Pan (o menino que não envelhece).
Embora tivesse talentos próprios, sem plagiar e ser plagiado, jamais deixou de ser uma criança de imaginário fértil. Ele jamais assimilou a glória humana e sofria a pressão da máquina de fazer dinheiro, tanto de empresários quanto dos próprios fãs, e se enclausurou por longos 12 anos. Tudo isso causava-lhe distúrbios e estes doenças.
Palavras matam especialmente crianças
A maior força de expressão humana, a palavra, teria sido a arma usada por aquele esperto metalúrgico, para a castração do garoto prodígio, transformando-o em uma máquina de fazer dinheiro – um robô dançante e cantante.
“Instrui a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22.6) foi levado a sério pelo pai, mas com o sentido do contexto de seu interesse de ganhar o mundo, mesmo que fosse necessário negociar a alma.
As esquisitices do famoso Jackson apontam para o ponto xis, justamente as palavras matadoras que teriam sido ditas na época certa. Todo o ardor da glória do sol na vida do filho, tinha de secar aquela flor e perecer o seu aspecto e murchar o seu caminho (cf Tg 1.11).
Tiago, sabiamente, diz ainda: “Vede que também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer que a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro, que se gloria de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade… e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno” (3.4-6).
Aproveito para ilustrar com fotos que produzi em Los Angeles, durante o Centenário Pentecostal da Rua Azusa:
Prezado pastor Antonio Mesquita, a paz do Senhor!
Ao refletir sobre o fim da triste vida de Michael Jackson, o rei do pop, podemos tirar várias lições. Uma delas é a enfatizada pelo senhor, sobre a educação recebida dos pais. Com o exemplo de Joe Jackson, lembramo-nos de Efésios 6.4: “Vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” e Colossenses 3.21: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo”.
Mas, sem dúvidas, o texto bíblico que melhor ilustra a vida – ou morte – de Michael é: “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?” (Mc 8.36,37). Talvez, Jesus – que é Deus, e onisciente – pensava em Michael Jackson, ao pronunciar essas palavras.
Convido o senhor a ler meu singelo texto “O que podemos aprender com a morte de Michael Jackson”, em meu blog.
Um abraço!
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Olá meu caro André,
Grato pelo comentário.
Vou ler o seu artigo, que, com certeza, é composto de valores literários.
Forte abrç,
Pr. Mesquita
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